Fapesc financia estudo para prevenir doença na banana

05/12/2008 16:55

Em busca de inovação tecnológica

Em busca de inovação tecnológica

Antes de registrar seis mortes em virtude das chuvas que deixaram cerca de 500 pessoas desalojadas e 300 desabrigadas, o município catarinense de Luís Alves tinha boa parte de sua população dedicada a cultivar bananeiras. Em condições normais, as árvores já sofriam com uma doença que causa o secamento parcial ou mesmo total de suas folhas. Com os alagamentos, o excesso de umidade tanto na atmosfera quanto no solo cria um ambiente propício para o fungo que provoca o mal-de-sigatoka e pode destruir os bananais.

Mas nem tudo são más notícias: a doença vem sendo monitorada por um sistema informatizado que alerta produtores e técnicos do setor quando o risco de propagação do fungo aumenta. Assim eles podem tomar medidas urgentes e evitar serem pegos de surpresa, inclusive por espécies de difícil controle, como a “sigatoka negra” que causou estragos em 2004.

Neste ano R$ 35.180,00 foram investidos no desenvolvimento do sistema pela Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina). Os recursos provem

da Chamada Pública Ciências Agrárias, que contemplou, com um total de R$5,5 milhões, 65 pesquisadores, entre eles Márcio Sonego, da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).

O projeto que ele coordena na Estação Experimental de Urussanga “prevê ações piloto no litoral sul de Santa Catarina e a expansão para as demais regiões produtoras”, nas suas palavras.

SC tem cerca de 30 mil hectares ocupados com bananais comerciais, cultivados em pequenas propriedades rurais no litoral norte, sul e centro. Estima-se que para 5 mil famílias rurais a comercialização de bananas seja a principal fonte de renda. Mais de 60% da produção é vendida para outros Estados e parte é exportada, atestando a boa qualidade da fruta produzida em Santa Catarina.

Ainda é possível melhorar a eficiência do controle do mal-de-sigatoka em bananais catarinenses mediante o sistema de informações espaciais, capaz de reduzir o custo de produção da banana e diminuir as pulverizações de agrotóxicos, minimizando riscos ambientais e à saúde humana.

“O agricultor pode tomar a decisão de adotar defensivos agrícolas da melhor maneira possível e aplicá-los somente quando necessário, gastando menos com mão de obra, horas-máquinas e insumos”, explica Hamilton Justino Vieira, agrônomo do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram).

A página Epagri/Ciram na Internet divulgará online o registro de dados meteorológicos e a previsão do tempo para as áreas bananeiras. “Esses dados vão ser transmitidos de hora em hora, armazenados num banco de dados e poderão ser acessados na Internet”, diz Vieira. “Mediante cadastramento, os bananicultores podem receber as informações via e-mail ou no celular, por torpedos. Se eles estiverem associados em grupos de produtores, o benefício é maior.”

Ele acrescenta: “Com este trabalho, vamos implementar mais estações agro-meteorológicas e fazer uma inovação tecnológica substancial que será uma ferramenta útil para tomada de decisão dos agricultores.” Resultados parciais do projeto foram apresentados na XVIII Reunião Internacional da Associação para a Cooperação nas Pesquisas sobre Banana no Caribe e na América Tropical, ocorrida no Equador, em novembro de 2008. No mesmo mês começou a liberação das últimas parcelas de financiamento a estudos sobre Ciências Agrárias por parte da Fapesc.

Por Heloisa Dallanhol / Programa de Jornalismo Científico da Fapesc

UFSC define atividades nos feriados do final e ano e estabelece horário especial de verão

05/12/2008 16:10

O Gabinete do Reitor está divulgando nesta sexta-feira (5/12) os atos administrativos disciplinando os horários de funcionamento da UFSC nos feriados de final de ano, bem como estabelecendo o tradicional horário de verão.

As atividades foram suspensas nos dias 24, 26 e 31 de dezembro; e no dia 2 de janeiro. O Memorando Circular 013/GR/2008, assinado pelo reitor Alvaro Prata, enviado aos dirigentes das unidades, salienta que a medida foi tomada seguindo diversas Portarias do Ministério de Planejamento e Gestão que orienta as atividades no serviço público federal nos feriados e pontos facultativos.

O horário especial de verão entrará em vigor de 22 de dezembro de 2008 a 20 de fevereiro de 2009. Neste período o funcionamento da UFSC será das 13 às 19 horas de segunda a quinta-feira; e das 7 às 13 horas na sexta-feira. A medida foi tomada através da Portaria número 1593/GR/2008, levando em conta a necessidade de racionalizar o consumo de energia elétrica, água e serviços de telefonia, bem como compatibilizar a jornada de trabalho na UFSC com os demais órgãos de serviço público.

Os documentos assinados pelo reitor estão orientando as chefias para que as horas de trabalho sejam compensadas futuramente de acordo com as necessidades de cada setor. Também exclui dos direitos à jornada especial os setores considerados essenciais para o funcionamento da Universidade.

Congresso Brasileiro de Saúde Mental: autor de lei da Reforma Psiquiátrica defende a aplicação integral do texto

05/12/2008 16:01

O professor e político mineiro Paulo Delgado defendeu, na conferência ´Reforma Psiquiátrica no Brasil`, a conclusão de um processo de mudanças no sistema de saúde mental que integre os pacientes à sociedade e acabe com os manicômios. Segundo ele, “com a reforma o paciente ficará solto e o psiquiatra ficará preso ao conhecimento daquele”. A conferência aconteceu na manhã desta quinta-feira, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, e fez parte da programação do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental.

Autor da lei que instituiu a reforma no Brasil, em 2001 – embora o movimento exista desde a década de 70 -, Delgado acredita que muito ainda deve ser feito para a sua total aplicação. “A lei dá condições para o médico conhecer o paciente, mas faltam espaços para isso”, defende. Segundo ele, o usuário do sistema de saúde mental precisa ser visto como qualquer outro paciente, por isso não seria necessário o seu isolamento em manicômios.

“O SUS (Sistema Único de Saúde) seria um dos sistemas de saúde mais eficientes do mundo, se fosse aplicado na íntegra”, afirmou Paulo. O professor reiterou ainda a importância de princípios do SUS, descritos na Lei Orgânica da Saúde de 1990, como a universalidade (a saúde é um direito de todos) e a eqüidade (o acesso à saúde deve ser adequado às disparidades sociais).

“Está acabando a vida livre, está nascendo a vida de farmácia”. Para o político, as pessoas estão perdendo a autonomia e tudo é motivo para internação, mas ele alertou: “Não podemos com o tratamento acalmar a sociedade, é preciso que as pessoas também se cuidem”.

Reforma

O início do movimento da Reforma Psiquiátrica data dos anos 70. Mesmo contemporânea do “movimento sanitário”, que reivindicou mudanças na gestão da saúde no Brasil, ela possui uma história própria e se insere em um contexto internacional de mudanças pela superação de antigas práticas na saúde mental. A reforma ainda está em processo e compreende um conjunto de transformações, como a aprovação de novas leis e a mudança de postura em instituições hospitalares.

Paulo Delgado

Natural da pequena cidade de Lima Duarte, em Minas Gerais, Paulo representou o estado por 20 anos como deputado federal. Aprovou leis como a da Reforma Psiquiátrica – 10.216 de 2001 – e das Cooperativas Sociais – 9.867 de 1999. Ele é ainda um dos responsáveis pela fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980.

Por Júlio Ettore Suriano / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Alunos do Programa de Pós-Graduação em Odontologia são premiados em congresso no Rio de Janeiro

05/12/2008 15:39

Participantes do mestrado em Radiologia Odontológica na UFSC, Saulo Leonardo Sousa Melo e Anne Caroline Costa Oenning, foram premiados, respectivamente, com o 2º lugar nos trabalhos em forma de painel, e com o 3º lugar nos trabalhos de tema livre. No evento, que ocorreu entre 13 e 15 de novembro, a UFSC foi representada por três alunos do mestrado que apresentaram oito trabalhos.

Saulo apresentou o painel Aspecto radiográfico de raios de sol em um caso de lesão reativa. Integrado ao programa desde 2007, ele conta que o painel foi originado por um caso que acompanhou no mês de agosto durante trabalhos em uma clínica particular em Florianópolis. A paciente, que já concluiu o tratamento, apresentava um tumor na boca, situação bastante rara que pode ser detectada precocemente através de uma tomografia de feixe cônico.

Saulo explica que esse tipo de exame é bastante moderno e possibilitado por um equipamento que, embora seja bastante caro, é um grande aliado para o diagnóstico de lesões ósseas. “Uma máquina assim custa em torno de 500 mil reais, mas compensa. Como foi provado nesse caso, podemos detectar enfermidades desse tipo precocemente e proceder com o tratamento adequado”.

Santa Catarina foi um dos primeiros estados brasileiros a receber o tomógrafo, e em Florianópolis apenas duas máquinas fazem esse tipo de exame, em clínicas particulares. Saulo comenta ainda que equipamentos desse tipo devem demorar a chegar ao sistema público de saúde e às universidades, pois além do alto custo, sua função é muito específica, e geralmente as instituições não priorizam esse tipo de investimento.

Anne Caroline Costa Oenning também é aluna do mestrado há um ano, e participou do congresso apresentando um caso clínico de um paciente portador de uma enfermidade rara denominada Hipofosfatemia Vitamina D resistente. O caso foi trazido à UFSC por uma cirurgiã-dentista do interior do Estado e após análise dos exames no Ambulatório de Patologia Bucal do HU, o paciente recebeu tratamento completo nas dependências do Hospital Universitário.

No trabalho de Anne, apresentado em uma conferência denominada Avaliação Radiográfica e Tomográfica de um caso de hipofosfatemia vitamina D resistente, o público se mostrou bastante interessado, por se tratar de uma patologia rara. Anne explica que o tema mais abordado durante sua apresentação foi a importância da atuação do cirurgião dentista na prevenção de doenças e na manutenção da saúde geral do paciente. Seu trabalho também foi premiado com o terceiro lugar na categoria tema livre. “É uma premiação de grande importância para a UFSC por levar o nome da instituição ao maior congresso de Radiologia Odontológica do País. Além disso, dois dos seis prêmios foram entregues a mestrandos da Universidade. Isso fortalece e aumenta a credibilidade do curso diante da comunidade acadêmica nacional e outras instituições de pesquisa.”

Gabriela Bazzo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

UFSC entrega título de Professor Emérito a quatro doutores

05/12/2008 15:21

O Conselho Universitário da UFSC concede nesta sexta-feira, dia 5, título de “Professor Emérito” aos doutores Leonor Scliar Cabral, Paulo Henrique Blasi, Berend Snoeijer e Nelson Back. A cerimônia será realizada no Auditório Guarapuvu, no Centro de Cultura e Eventos, às 20 horas. A cerimônia poderá ser acompanhada pela internet no site http://www.eventos.ufsc.br/vivo.htm.

Leonor Scliar Cabral pautou sua produção científica no estudo da lingüística, campo onde seu nome é uma referência internacional. Em sua trajetória profissional foi eleita por dois mandatos presidente da Internacional Society of Applied Psycholinguistics, instituição onde atualmente é Presidente de Honra. Também presidiu a União Brasileira de Escritores em Santa Catarina e da Associação Brasileira de Lingüística – Abralin. Possuí dezenas de livros publicados no Brasil e no exterior.

Paulo Henrique Blasi é uma referência na área de Direito Administrativo. Coordenou por vários anos o curso de Direito da UFSC, onde conquistou o reconhecimento dos acadêmicos por sua maneira marcante de conduzir os estudos e disseminar as idéias. Foi Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil da Seção de Santa Catarina, conselheiro estadual e federal da ordem e fundador do Instituto Catarinense de Direito Administrativo.. Distinguiu-se ainda como advogado e conferencista. Recebeu do município de Florianópolis o titulo de cidadão honorário.

Berend Snoeijer imprime sua competência na área da Engenharia Mecânica, atuando no âmbito de Engenharia de Materiais e metalurgia com ênfase em Instalações e Equipamentos Metalúrgicos. Possui doutorado em Maschinenbau pela Technische Universität Hannover (1973). No exercício do magistério na UFSC merece destaque, entre outras realizações, a atuação como fomentador de uma experiência bem sucedida de implantação e operacionalização do Curso Cooperativo de Engenharia de Materiais.

O engenheiro e professor Nelson Back é destaque na área de modelagem de produtos, através de estudos e pesquisas na área de Engenharia Mecânica, com ênfase na Metodologia de Projeto. Professor permanente da UFSC, atua no Núcleo de Desenvolvimento Integrado de Produtos – NeDIPM e também nas áreas de gerenciamento de projeto de desenvolvimento de produto, gestão de conhecimento e projeto de máquinas agrícolas. Acumula distinções ao longo da carreira, como a medalha.

Por Mara Cloraci/jornalista na Agecom

O grupo de teatro do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) mostra trabalho no I Congresso de Saúde Mental da UFSC

05/12/2008 14:46

Nesta sexta-feira, dia 5 de dezembro, o grupo de teatro, cinema e terapia para usuários do Centro de Apoio Psicossocial apresentou a peça ´Ou ou o que é um louco?`, na Concha Acústica da UFSC. A peça mostra situações que ajudam a desfazer os clichês associados à oposição normalidade e loucura.

O grupo de teatro, cinema e terapia para usuários do CAPS surgiu em 1997 e criou um espaço em que as pessoas diagnosticadas com algum transtorno mental pudessem participar de maneira livre, como um grupo de amigos. O objetivo é integrar os participantes à sociedade, fazendo com que se sintam capazes de criar e interpretar atitudes que refletem suas vidas.

O CAPS é um serviço da Prefeitura Municipal de Florianópolis integrado à rede municipal de saúde e ligado ao SUS. Atende a população a partir de 18 anos, com grave sofrimento psíquico. São pessoas que passaram por internação psiquiátrica ou têm dificuldades graves de socialização. O objetivo do serviço é a reabilitação psicossocial.

O grupo produziu também a peça ´Surtos ou manual de internação involuntária`, e o documentário ´Surtos`, este último produzido com recursos do Proext Cultura 2007, uma iniciativa do Ministério da Cultura e da Petrobrás que apóia projetos culturais de universidades públicas voltados à inclusão social.

A peça ´Ou ou o que é um louco?` tem duração média de 40 minutos, porém o tempo pode variar porque o espetáculo é aberto para improvisações, o que torna cada apresentação diferente e única.

O grupo de teatro do Centro de Apoio Psicossocial ensaia todas às quintas-feiras, às 14h.

Mais informações sobre o I Congresso de Saúde Mental no site: http://www.congressodesaudemental.ufsc.br/

Mais informações sobre o grupo de teatro, cinema e terapia para usuários do CAPS pelo telefone (48) 3228-5074.

Por Luíza Fregapani / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Congresso Brasileiro de Saúde Mental promove oficina sobre trabalho pedagógico-terapêutico

05/12/2008 14:04

José Setemberg faz a sua segunda participação no Congresso Brasileiro de Saúde Mental nesta sexta-feira, 5 de dezembro, às 15h30min. O palestrante, que é usuário do sistema de saúde mental, apresentará a ‘Oficina de Sensibilização: Mosaico de experiências sobre a Tecnologia Social Encontro’. Junto com Larissa Cristina Sena Cardoso, discutirá o que é o Projeto Encontro, uma atividade de extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), desenvolvido pelo Instituto Silvério de Almeida Tundis (ISAT).

As ações do Projeto Encontro começaram em 2002, no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, em Manaus (AM). Através do projeto, hoje é realizado um trabalho pedagógico-terapêutico com os 49 pacientes do Centro, buscando a inserção social dos usuários do sistema de saúde mental através de diversos serviços de apoio, como encontros para a formação de vínculos afetivos, debates para construção de novas propostas para a saúde e educação, oficinas para promoção de mudanças no paradigma da atenção em saúde, oficinas para estimular o processo criativo, entre outros. Atualmente, as atividades também são desenvolvidas na comunidade urbana do Bairro da Chapada, em Manaus, e na área indígena Sateré-Mawé, no município de Maués, com orientações sobre uso de álcool e outras drogas e sobre a exclusão social de pessoas com transtorno mental.

José também ministrou uma oficina no primeiro dia do evento, quarta-feira, 3 de dezembro, com o tema ‘O trabalho Cooperativo de Usuários’, onde abordou as atividades que os usuários de Centros de Atenção Psicossocial podem desempenhar na sociedade.

Além de atuar no controle social, fiscalizando os serviços de saúde, cobrando reformas dos hospitais e denunciando maus tratos, José afirma que os usuários podem colaborar de outra forma, participando do planejamento de políticas públicas, ajudando outros usuários que estão passando por experiências semelhantes às já vividas por eles, orientando as famílias dos pacientes, e também dentro das Universidades: “Nós podemos cooperar não só no controle social, mas também fazendo projetos de pesquisa e participando do planejamento das aulas dos cursos de graduação que envolvam saúde mental, como uma forma de participar da formação de profissionais melhores e mais bem preparados”. Segundo ele, os alunos precisam ter contato com os usuários, saber o que precisam e como se sentem em relação aos tratamentos. “Isso sim é um trabalho cooperativo, não podemos apenas reclamar que os psicólogos, enfermeiros e psiquiatras não nos tratam de maneira adequada”.

Ação e pesquisa

José Setemberg Ferreira Rabelo nasceu e mora em Manaus. Ele vivenciou a precariedade do sistema de atenção em saúde mental após sucessivas internações no único manicômio da cidade, o Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro. Depois de quase dez anos de internação, em 2002 teve contato com o Programa Encontro.

Hoje é terapeuta comunitário e um dos fundadores do Instituto Silvério de Almeida Tundis (ISAT). Também faz parte do grupo de pesquisa “Saúde, Interculturalidade e Inserção Social” (SIIS) e do “Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Enfermagem e Saúde” (NIPES), ambos da Universidade Federal do Amazonas. Neste último, junto com seus parceiros, finalizou, recentemente, uma pesquisa de ‘Análise da Saúde Mental no Estado do Amazonas’ (ASMAM), financiada pelo CNPq. Também exerce, atualmente, a função de Vice-Presidente da Comissão de Saúde Mental do Conselho Estadual de Saúde.

Há três anos Setemberg não é internado, e concorda com essa medida somente em casos realmente necessários, destacando que ela deve ser acompanhada de muitos cuidados: “O paciente precisa ser bem assistido, ter acompanhamento terapêutico individual e periódico, apoio à família, atividades de distração e medicamentos controlados”. É contra internações em que o paciente fica isolado e defende uma reforma no sistema. Ressalta, ainda, que nos manicômios a sensação é de que não se é mais cidadão: “Em muitos hospícios, o tratamento é ‘moral’, mecânico, a base de ordens e gritos, sem explicações e orientações. Não se pode escolher a comida que se quer comer, nem a roupa que se quer vestir. Não se tem liberdade e perde-se a cidadania.”, avalia José Setemberg.

Mais informações sobre o ISAT pelo telefone (92) 3584-4473 ou com José Setemberg (92) 8199-6067

Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Curso pré-vestibular da UFSC é instrumento de inclusão social

05/12/2008 10:56

Cursinho da UFSC já aprovou mais de 900 alunos em cinco anos

Cursinho da UFSC já aprovou mais de 900 alunos em cinco anos

O curso pré-vestibular da UFSC tem apenas cinco anos, mas já se consolidou como um projeto de inclusão social que atende a estudantes sem recursos financeiros para freqüentar cursinhos particulares de preparação para o acesso à universidade. Nesse período, já aprovou mais de 900 alunos, sendo 150 em engenharias e 200 na área de ciências humanas, alcançou um índice de 25% de aprovação em instituições públicas e mudou a vida de pessoas que, graças à universidade ou a programas de inclusão universitária, passaram a ter um novo padrão de renda familiar.

Neste domingo e segunda-feira, em função do Vestibular 2009 na UFSC, o curso realiza seu VI Aulão Solidário, no Centro de Cultura e Eventos, com mais de 900 vagas. As aulas serão das 8h às 12h e a inscrição se dá por meio do site http://www.cursinho.ufsc.br, mas o aluno deverá levar R$ 3,00 por cada dia do aulão e um quilo de alimento, a serem encaminhados às vítimas das enchentes em Santa Catarina. Haverá a participação de 25 professores, que vão abordar questões referentes às disciplinas de matemática, física, química, biologia, geografia, história, gramática, literatura, inglês e espanhol. Além dos alunos do cursinho, são esperados muitos estudantes da rede pública de ensino que vão participar do Vestibular 2009 da Universidade Federal.

Criado em 2003, o pré-vestibular da UFSC nasceu com o objetivo de beneficiar um público que tem dificuldades para entrar em universidades públicas, privadas e programas de inclusão universitária, como o Prouni. A própria resolução que implantou o curso previa a ampliação anual da quantidade de vagas, o que vem sendo seguido à risca. O número de alunos matriculados subiu de 120 para 700, devendo bater em mais de 1.000 no ano de 2009. Uma prova de sua eficiência e qualidade está no fato de que, em 2007, 125 dos 485 matriculados conseguiram aprovação na UFSC, 15 passaram na Udesc, 120 entraram em universidades privadas e 70 foram aprovados na Cefet/SC. Isso significa que 68% tiveram sucesso nos concursos de que participaram.

O coordenador do curso pré-vestibular, Otávio Augusto Auler Rodrigues, informa que foi ali que surgiu a política de ações afirmativas da Universidade, hoje solidificada na instituição. Na seleção, a coordenação leva em conta se o aluno vem de escola pública e tem carência sócio-econômica, utilizando o mesmo sistema que rege a isenção para o vestibular a pessoas com dificuldades para arcar com o pagamento da taxa de inscrição. A maioria dos matriculados é da Capital e municípios próximos, mas no dia 10 deste mês será inaugurado o cursinho de Curitibanos, no meio-oeste do Estado, onde em 2009 a UFSC fará o primeiro vestibular no campus em construção.

Além das atividades presenciais, o curso mantém a modalidade a distância, com aulas transmitidas para dois pólos em Florianópolis: a Associação de Moradores de Canasvieiras e a comunidade do Morro da Caixa (Fundação Casan, no continente), somando 40 alunos. São aulas em tempo real, ministradas de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 22h, com uso de telão multimídia e caixas de som. Para 2009 estão previstas uma parceria com a Secretaria de Estado da Educação e a expansão do cursinho para as cidades de Camboriú, Joaçaba, Jaraguá do Sul, São José e Palhoça. Utilizando auditórios de escolas estaduais, o pré-vestibular da UFSC pode dobrar assim, em pouco tempo, o número de alunos beneficiados.

“O Ministério da Educação considera, em seus relatórios, que a UFSC mantém o pré-vestibular social que mais aprova no Brasil”, diz Otávio Rodrigues. A aprovação de 25% dos candidatos não fica muito a dever aos cursinhos privados, cujo índice é de 35% no caso do vestibular da Universidade Federal. O coordenador cita como diferenciais do curso a experiência dos professores com o vestibular, o fato de dispor de material didático próprio e a possibilidade de oferecer os mesmos recursos disponibilizados pelos congêneres privados. Além disso, há o empréstimo de livros exigidos no vestibular, aulas de aprofundamento aos sábados e simulados com questões discursivas. “A grande diferença do curso é a gratuidade, aliada ao fato de ocorrer na UFSC, o que, para o aluno, já faz uma grande diferença”, ressalta Rodrigues.

Mais informações podem ser obtidas no site www.prevestibular.ufsc.br e nos fones (48) 3721-8319 e 8834-0706 (celular do coordenador).

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

NETI forma primeira turma de leitura e escrita para adultos

05/12/2008 09:48

NETI: fazendo amizades

NETI: fazendo amizades

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC (NETI) forma, no dia 9 de dezembro, às 17h, no Templo Ecumênico, a sua primeira turma do curso de ´Leitura e Escrita para adultos`. Segundo a professora Ângela Maria Alvarez, que coordena o Núcleo, a finalidade é possibilitar a aprendizagem de idosos e adultos por meio de uma perspectiva pedagógica que considera a participação dos adultos e idosos.

O grupo de docentes é assessorado pelas professoras do Centro de Educação Maria Hermínia Laffin, do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSC, e Leyli Abdala, servidora do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI). Os alunos são estimulados a estudar outros conteúdos, ampliando, assim, seus conhecimentos. O primeiro grupo de formandos é composto de 45 alunos em quatro turmas. Uma delas funciona no Conselho Comunitário do Rio Tavares. As aulas são ministradas por monitores do núcleo apoiadas por bolsistas do

curso de Pedagogia e conta com o apoio da Fepese.

Ângela salienta que a metodologia aplicada vem atraindo estudantes de várias regiões da Ilha. Nair de Pádua Fiúza, moradora dos Ingleses, por exemplo, diz que veio participar do curso “para melhorar minha vida e a saúde”. Nair adiantou que conseguiu fazer amizades, passou a conhecer coisas que não sabia e teve contato com professores atenciosos.

Já João Afonso da Rocha, pescador aposentado, disse que estudou somente até a terceira série do primário, pois para ser pescador não precisava muita escola. No entanto, Rocha sentiu a necessidade de estudar, uma vez que tem viajado com grupos de terceira idade com outra cultura. “Aqui fiz amigos, adquiri conhecimento e não pretendo parar”, completou. Francisca do Nascimento é natural de São João Batista e mudou-se para Vargem Grande, em função da morte do marido. Sofrendo de profunda depressão, buscou no NETI alguma atividade para preencher o tempo. Assim aproveitou o curso para alfabetizar-se, pois não teve oportunidade de estudar muito na infância. Ela, que vai fazer o curso de monitor do Núcleo, se diz agradecida

pela acolhida que teve.

Margarida Luíza V. Nascimento mora na Trindade, mas veio de Três Riachos. “Meu pai me tirou da escola para trabalhar na roça. Depois casei e só agora com os filhos grandes tive condições de voltar aos estudos. Tentei aprender em outros cursos de alfabetização de adultos, mas não consegui escrever nas apostilas”. Margarida está liderando um grupo para que a universidade abra curso de primeiro e segundo grau para adultos. “Há muita gente na minha condição que não está podendo estudar nos cursos oferecidos pelo governo, mas que pretende tirar o segundo grau”.

Por José Antônio de Souza/jornalista na Agecom

Foto:Jones João Bastos

Livro publicado pela UFSC “organiza a casa” na construção civil

05/12/2008 09:24

Engenheiros, gestores, técnicos, profissionais em segurança e saúde do trabalhador e outros profissionais ligados à indústria da construção têm agora à disposição a segunda edição revista e ampliada do livro Aplicando 5S na construção civil – Senso de Utilidade, Organização, Limpeza, Segurança, Autodisciplina, de Edinaldo Favareto Gonzalez, publicado pela Editora da UFSC – EdUFSC.

O 5S, concebido originalmente no Japão, tem como principal função “organizar a casa”. Segundo Favareto, que nasceu na paranaense Maringá, é formado pela UEM e mestre pela UFSC, onde cursou Engenharia de Segurança do Trabalho, a facilidade de implantação, aliada a um retorno imediato, faz com que o programa seja uma ferramenta bastante difundida em escritórios, fábricas, estabelecimentos comerciais, locais públicos, bem como em canteiro de obras, mantendo sempre a idéia dos 5 sensos, com objetivo de deixar o ambiente livre de materiais inúteis, organizado, limpo e seguro.

A obra mostra, passo a passo, a implantação do Programa 5S e como realizar sua manutenção. Exibe as vantagens para as empresas que fazem a opção pelo sistema. No que se refere à prevenção de acidentes de trabalho, apresenta o melhor perfil para o coordenador do programa, ferramentas de qualidade que podem auxiliar na implantação e dicas gerais. “Trata-se de uma ferramenta importante para organizar e gerenciar melhor o canteiro de obras”, diz o autor.

Favareto, segundo o pesquisador e Chefe de Serviço Técnico da Fundacentro de Santa Catarina, Artur Carlos da Silva Moreira, propõe uma metodologia simples, de aplicação comprovadamente efetiva e de fácil adaptação a outras empresas e regiões.

Aplicando 5S na construção civil (edição revista e ampliada)

Edinaldo Favareto Gonzalez

EdUFSC; R$ 14,00, 74 págs.

Fones do autor: 48 – 3225-3382; 8404-4510; e-mail: edinaldofg@yahoo.com.br

Reflexos e caminhos do mundo do trabalho diante das novas tecnologias

05/12/2008 09:13

Da Chave de Fenda ao Laptop – Tecnologia Digital e Novas Qualificações: Desafios à Educação, mostra que é possível instaurar processos de formação humana que concorram para a superação da forma capital de relações sociais. Este é o sexto livro do professor Lucídio Bianchetti e integra a Coleção Dimensões do Trabalho da Rede Inter-Universitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (Unitrabalho), sendo publicado em co-edição com a Editora da UFSC (EdUFSC) e Editora Vozes. A segunda edição, revista e atualizada, vai ser lançada na próxima quarta-feira, dia 10, às 19h30min, na Barca dos Livros, Lagoa da Conceição, rua Senador Ivo d´Aquino.

“As novas tecnologias que agregam à matéria, além de energia e massa, informação, e trazem uma mudança qualitativa fundamental nas possibilidades de dilatar o tempo livre e os processos de formação humana, desgraçadamente continuam subordinadas à forma capital de relações sociais”, diz o professor Gaudêncio Frigotto, da Universidade Federal Fluminense.

No livro, Bianchetti constata que há duas verdadeiras barreiras dificultando que todos os países e todas as pessoas tenham acesso, possam desfrutar dos benefícios que as novas tecnologias da inteligência já criadas poderiam disponibilizar. As primeiras referem-se à nova divisão internacional do trabalho em que, devido a investimentos e outros fatores, há países que produzem tecnologia e outros que são “incluídos” no mundo globalizado, na condição de consumidores.

Por outro lado existe um baixo nível de instrução e de educação no conjunto da população causado pela necessidade da luta renhida pela subsistência e pelo pouco investimento público em educação, fatores que dificultam a absorção e utilização de novas tecnologias. “Esse conjunto de fatores nos permite entender o atraso, o subdesenvolvimento, a inserção tardia e dependente do Brasil no cenário mundial, resultando na exclusão individual e coletiva. A existência de ilhas de excelência e de automação, evidenciam muito mais as carências do conjunto da população do que as virtudes de indivíduos ou grupos”.

No entanto, Bianchetti reconhece que negar hoje essas tecnologias seria o equivalente a negar a história. “Aos pesquisadores cabe a constatação de que a resistência existe, seja pela dificuldade de as pessoas trabalharem a adesão, a passagem de uma tecnologia(analógica) à outra (digital), seja pela forma como estão sendo compulsoriamente levadas a encarar a mudança num curtíssimo espaço de tempo.

Lucídio explica que, através do livro, desenvolve um relato e uma análise do processo e dos resultados das transformações tecnológicas, organizacionais e gerenciais de uma empresa de telecomunicações. A determinação de, num curto espaço de tempo, os trabalhadores terem que se adaptar aos novos e crescentes desafios da reestruturação produtiva, nos seus aspectos tecnológicos e organizacionais, fornecem, segundo o autor, um excelente mirante para compreender as batalhas a serem enfrentadas por pessoas, grupos, instituições, países e até blocos para ingressar ou se manter no conjunto dos incluídos.

Em síntese, o pesquisador da UFSC empreende uma profunda análise “das novas tecnologias de informação e comunicação e seu papel estratégico no redimensionamento das categorias de espaço e tempo”. Ele focaliza, neste sentido, “as relações entre informação e conhecimento, alertando para a facilidade com que são apreendidas como equivalentes”, criticando, finalmente, o “conceito de sociedade do conhecimento”, vulgarizado nos dias de hoje.

O que mais chama a atenção do autor “é a que a tendência delineada para o futuro, a médio prazo, não é a transformação de especialistas em generalistas, mas sim a supressão dessas duas categorias, dando lugar a uma outra categoria de especialistas:’a dos especialistas em informática, uma vez que tudo será feito a partir de softwares”.

Bianchetti, que pesquisou durantes anos os novos reflexos das novas tecnologias, sobretudo na área das telecomunicações, a nova realidade exige uma mudança radical no mundo do trabalho: “Desde o trabalhador Centralizado até aquele que fica na mais remota ponta da operadora, ambos deverão ter, como pré-requisito, o domínio de informática”. Ou seja, repetindo palavras de um analista de sistemas por ele entrevistado, “não há mais telecomunicações sem informática”.

O livro é um exaustivo estudo sobre as mudanças das novas tecnologias nos processos de formação humana. Professor e pesquisador do Centro de Ciências da Educação da UFSC, onde coordena o Programa de Pós-Graduação em Educação, Lucídio constrói uma ponte da pedagogia com as ciências tecnológicas. Aponta, principalmente, as implicações da informática na vida do trabalhador. O desafio, segundo o educador, não é combater a tecnologia, mas sim, instaurar processos que superem os estragos da máquina sobre a humanidade. Para fazer tal análise, teoriza também sobre a humanidade. Para fazer tal análise, teoriza também sobre as relações entre informação e conhecimento.

Da chave de fenda ao laptop já começou a despertar atenção nacional, fazendo sucesso, por exemplo por exemplo, no 25º Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpoc), em Caxambu do Sul (MG). O seu conteúdo também foi apresentado pelo autor em setembro, em Londres, durante a Conferências Mundial sobre Trabalho, Emprego e Novas Tecnologias. Suas obras têm tido excelente aceitação do público. A Unitrabalho, considerando a expectativa criada e a qualidade da obra, espera realizar a segunda edição já em maio de 2002.

Lucídio, doutor em História e Filosofia da Educação, é professor adjunto no Centro de Ciências da Educação da UFSC. Gaúcho de Passo Fundo, além de dezenas de artigos publicados em revistas e coletâneas, é autor, co-autor, organizador e co-organizador de vários livros, os quais destacam-se Angústia no vestibular; Trama & Texto. Leitura Crítica. Escrita Criativa, volumes I e II; Interdisciplinaridade. Para além da filosofia do sujeito (5ª edição); e Um olhar sobre a diferença. Interação, trabalho e cidadania (4ª edição). O auge da produção, Lucídio já encaminhou os originais de um novo livro à EdUFSC.

OUTRAS PALAVRAS

“Creio que o seu trabalho se constitui numa importante contribuição para a nossa reflexão coletiva, que mistura tantas áreas, desafia a muitos e assusta alguns, mais especialmente nós mesmos, os “educadores” (Nelson Pretto, diretor da Faculdade de Educação da UFBA, na contracapa do livro).

“É um livro que se soma à recente literatura nacional e internacional sobre a temática das transformações no campo do trabalho e os desafios que estão sendo postos à educação” (Professor Celso João Ferretti, da PUC/SP e FCC/SP).

“Na área de informática e telecomunicações o tempo ruge” (Frase de um engenheiro da empresa pesquisada).

“É difícil deixar de concluir que não dá para chamar alguém de qualificado, tendo ele como suporte desta qualificação um monitoramento à distância. Certamente é um eufemismo afirmar que este generalista preconizado é alguém qualificado” (Lucídio Bianchetti, em Da chave de fenda ao laptop).

Três denúncias

Em Da chave de fenda ao laptop, Lucídio Bianchetti expõe três pensamentos em tom de denúncia:

“A estratégia ativa dos empresários, com a anuência dos governantes, tem sido a de continuar enquadrando a escola e de exigir dela aquilo que afirmam ser a sua função no novo contexto produtivo e organizacional deste início de século: formar o trabalhador com a qualificação de transferibilidade, de adaptabilidade às mudanças estratégicas racionalizadoras desencadeadas pelas novas formas de acumulação do capital”.

“O uso mercantil da informação, ou indo mais direto, a sua transformação em mercadoria, redimensiona toda a relação com o estoque de informações, com o possuidor – tanto humano como mecânico – e com os meios, provocando e conformando transformações no processo de produção e circulação. Podemos afirmar que a informação apresenta a dupla face de constituir-se como esfera produtora de mercadorias, mas também de entrar na esfera da circulação, ela própria, enquanto mercadoria”.

Por fim cabe realçar que, com o potencial disponibilizado pelas novas tecnologias de informação e comunicação, tanto as instituições formais de ensino quanto os trabalhadores deverão estar alerta às atividades e funções de intermediação. Todas as atividades e funções que são passíveis de terem os seus conhecimentos e procedimentos objetivados nos softwares já estão ou serão submetidas ao processo de “desintermediação”, cujo resultado prático é a eliminação de postos de trabalho”.

Segue entrevista com o autor:

Como um pedagogo conseguiu entender tanto de tecnologia? Como a

educação chegou tão perto das chamadas ciências exatas? Como foi, enfim, possível esta ponte humanizadora?

A tua questão faz muito sentido, especialmente se levarmos em conta as relações que predominaram entre as ciências e os campos do conhecimento no decorrer da história e particularmente no período de supremacia do paradigma taylorista-fordista, materializando-se nas primeira e Segunda revoluções industriais. Isto em termos de mundo da produção. Se falarmos do mundo do conhecimento, do mundo acadêmico, o paradigma em supremacia é o do positivismo funcionalista. Ambos se complementam, fecham.

Nesse período da história partiu-se para a exacerbação do especialismo e da fragmentação do processo de trabalho e dos campos do conhecimento. Priorizou-se a parte em detrimento do todo. As relações entre o mundo do trabalho e da educação mantinham uma estreita aproximação, embora não num patamar de igualdade de influências. Pode-se falar de dependência, de funcionamento a reboque do campo da educação ao mundo do trabalho. No livro O que é Taylorismo, Luzia M. Rago e Eduardo Moreira afirmam que “embora originariamente a organização ´científica´ do trabalho tivesse se limitado à esfera da produção e visasse incidir especificamente sobre a classe operária, paulatinamente o taylorismo invade outros espaços do social, penetrando nos mais ocultos recantos…” (p.96).

Dentre estes “recantos” podemos destacar enfaticamente a universidade, onde os campos de conhecimento e no próprio interior destes, caminhou-se para uma especialização, uma fragmentação sem precedentes na história. Uma das decorrências dessa superespecialização, foi a perda da visão de totalidade, de conjunto.

E assim, cada esfera – no caso da esfera da produção e da educação – passava a preocupar-se com seu pequeno feudo, parecendo nada ter a ver uma com a outra. E caminhou-se tanto para a escavação de poços lado a lado até que alguns autores como é o caso de George Gusdorf, Jean Piaget, Cristóvam Buarque, Hilton Japiassú e Enio Candiotti, no âmbito da academia, passaram a reivindicar a necessidade de, além da abertura de poços, ser necessário escavar galerias; passaram a falar na necessidade de uma visão interdisciplinar, para conseguir dar conta da complexidade que caracteriza o estágio científico e tecnológico da nossa época. Em outras palavras: nenhuma ciência, nenhuma disciplina, sozinhas, seriam capazes de dar conta de explicar qualquer fenômeno.

De outra parte assessores e gurus dos industriais e empresários em geral, com destaque para Peter Drucker, Peter Senge, Alvin Toffler, só para ficar nos mais ilustres, passaram a ´pregar´ que o período da história na qual do trabalhador se exigia apenas a execução de uma parcela de uma tarefa, estava ficando para trás. Era necessário pensar na formação de um trabalhador que fosse capaz de planejar, executar e avaliar. É óbvio que aqui não estou entrando na análise do que está determinando isto, pois o espaço é pouco para falar do quanto está em pauta a manutenção do modo de produção capitalista nesta jogada. É como diz David Harvey, no livro A condição pós-moderna: esta é uma mudança na aparência! No essencial, o modo de produção capitalista continua com sua lógica inalterada em termos de ser exploratório e excludente.

E assim, o tempo da especialização, da fragmentação, tanto no interior da academia quanto no interior da empresa, passaram a ser questionados na raiz. E tudo isto representou um grande desafio – e ainda representa – seja para a academia, seja para os donos das empresas e principalmente para os estudantes e trabalhadores. Ocorre que não se muda um paradigma, uma cultura profundamente arraigada, predominante por mais de um século, de uma hora para a outra. Nestas tentativas alguns sobrevivem e muitos são excluídos seja do mercado de trabalho, seja da academia e, no final, do próprio aproveitamento de tudo aquilo de bom que a humanidade no seu conjunto pode produzir. Continuamos a conviver com o descalabro representado pela produção coletiva apropriada e aproveitada por uma pequena minoria.

Ora, dar-se conta desta manifestação história no mundo da educação e da produção, não é algo que decorra de inspiração ou transplante. É necessário esforço, pesquisa, decisão e uma postura de tentar ser coetâneo ao tempo em que se está vivendo. Procurei fazer este esforço e no princípio da década de 90 do século passado, quando optei por fazer o meu doutorado, decidi que não o faria postando-me e olhando o mundo do interior da escola. Meio intuitivamente percebia um descompasso cada vez maior entre o mundo da educação e o mundo da produção. E o contencioso estava instaurado: os educadores acusavam os empresários de só se preocuparem com lucros; estes acusavam aqueles de estarem complemente desconectados do mundo no qual viviam. E assim cada um encastelado no seu posto acusava o outro. O resultado era: estudantes que se formavam com uma formação defasada e trabalhadores que ou eram despedidos ou sequer conseguiam empregos.

Durante anos desenrolou-se um diálogo de surdos, cada segmento com acusações pesadas ao outro e todos perdendo.Tendo isto presente é que procurei buscar espaço para desenvolver minha pesquisa de doutorado. Meu orientador deu-me integral apoio. Minha opção foi pelo setor de telecomunicações por intuir que ali estaria a possibilidade de encontrar o que havia de mais avançado e especialmente por localizar aí na junção entre o computador e o telefone a representação das agregações e potencializações das novas tecnologias, em progresso cada vez mais acelerado. Tinha presente a lição do velho K. Marx quando afirmava que se alguém quiser entender o mais atrasado deve pesquisar o mais adiantado. Por isso, dizia ele, fui pesquisar em Londres, pois esta me proporcionava a torre mais alta e privilegiada para observar o modo de produção capitalista. A TELESC, e particularmente o Centro de Gerência Integrada de Redes (CGIR) foi visualizada por mim como a minha Londres.

Evidentemente aí havia ainda obstáculos de não pouca monta para superar: ser liberado pela minha universidade para pesquisar numa empresa e ser aceito pela empresa para lá desenvolver meus estudos doutorais. Foi assim que se concretizou aquele famoso diálogo com os meus colegas de departamento e com o Gerente do CGIR. Ao comunicar meus colegas de academia que iria pesquisar numa empresa perguntaram-me: “O que é que você vai fazer lá?” E o gerente do CGIR, ao saber da minha formação perguntou-me: “Mas o que é que um Pedagogo vem fazer aqui?”.

É muito interessante pois não se passaram ainda oito anos deste diálogo e no entanto, acredito, que hoje a ninguém – nem na academia nem na empresa – ocorreria levantar novamente esta questão. Não que as relações entre ambas estejam fluídas e que da parte de todos haja a compreensão de que o muito que fizermos nessa direção, ainda será pouquíssimo para ajudar os atuais estudantes e trabalhadores a garantirem a sua entrada e permanência no chamado mercado de trabalho. Mas com certeza hoje há uma maior e mais abrangente compreensão de que há a necessidade de o mundo da produção e o mundo da educação se aproximarem mais, fertilizarem-se mutuamente, sem que um seja colocado a reboque do outro. É preciso, é imprescindível que se preserve a autonomia, que cada um faça a sua parte, mas com certeza isto não será conseguido se cada um virar as costas para o outro, continuando a cuidar do seu feudo ou a cavar o seu poço. O que é preciso entender é que a tecnologia não é um mal em si: tudo está na dependência dos interesses de quem a utiliza e de quem se apropria dos resultados da sua aplicação. Aqui não há espaço para neutralidade.

Com certeza a questão levantada por Sílvia Velho, no livro Universidade-empresa. Desvelando mitos, onde a autora pergunta: “Empresários e pesquisadores: desconhecidos ou inimigos ontem, hoje parceiros”? continua repercutindo, pois ainda há muitos entreves para serem superados na direção dos benefícios coletivos que advém da produção coletiva.

Quanto a parte da tua questão que se refere ao como um pedagogo pode vir a entender de tecnologia, no que me diz respeito só há uma resposta: pesquisa, pesquisa, pesquisa (lendo, observando e entrevistando!).

O que significa o trabalhador passar da tecnologia analógica à digital?. As novas tecnologias causaram desemprego? Por quê? Como enfrentar a tragédia?

Esta é uma questão muito interessante. Na sua resposta reside o desafio central a ser enfrentado por trabalhadores, empresários, estudantes, professores e governantes nos dias de hoje, pois da compreensão e da adesão – de forma não acrítica! – a este novo paradigma está a possibilidade de ser um excluído ou integrado digital ou de ser um analfabeto ou alfabetizado científico.

Atuar com ou em tecnologia analógica supõe que o trabalhador ou estudante ou quem quer que seja, utilize os sentidos (visão, tato, olfato…) como mediação para executar uma tarefa ou função. O trabalhador faz um trabalho sobre o concreto, utilizando os seus sentidos. Em telecomunicações por exemplo, ao concertar um equipamento o trabalhador segue circuitos para verificar onde se localiza o defeito. Ele abre o equipamento, verifica, testa, recoloca em funcionamento e este pode se dar num intervalo de 0 a 100 ou, em outras palavras, funcionar precariamente até o bom funcionamento. Os equipamentos geralmente são grandes são passíves de serem desmontados para verificação nas suas partes constitutivas.

A aprendizagem, a qualificação, para trabalhar com tecnologia analógica depende de muito treinamento, de longa prática e permanência num setor. A aprendizagem vem com o tempo e com a experiência.

O paradigma digital (onde as mensagens, sons, números… são transformados em DÍGITOS – 0 e 1; tem ou não tem; funciona ou não funciona) é complemente diferente. O que passa-se a exigir do trabalhador é a capacidade de abstração, pois os novos equipamentos são cada vez menores e montados em blocos, impossibilitando ou dificultando a sua abertura par a observação interna. A ação no equipamento pode ser dada a distância, virtualmente, através de um lap top. O telework torna-se possível. A maior parte dos consertos se dão por simulação. É neste contexto que ganha sentido a afirmação de Arthur Clarke, aquele do “2001, uma odisséia no espaço”, quando afirma que estamos vivendo uma época que se caracteriza pela “ implosão do tamanho e pela explosão da complexidade”.

A experiência e a permanência num posto de trabalho perdem a importância, uma vez que as mudanças são freqüentes. Se na analógica seguia-se linearmente circuitos, aqui a metáfora é a rede, a complexidade e não é mais possível depender de muito tempo para aprender. Por isso é possível despedir pessoas, trocar sem grandes prejuízos. A principal qualificação que se exige é a pessoa estar aberta para o novo, ter capacidade de abstração…

A grande dificuldade que vejo nisto tudo não é o fato de ter surgido uma nova tecnologia, mas sim o fato de isto estar acontecendo num curto espaço de tempo, impedindo ou dificultando que as pessoas façam o exercício da perda do velho e da necessária adesão ao novo. Os autores são unânimes em afirmar que estamos vivendo um tempo que experimenta um violento redimensionamento das categorias de espaço e tempo. O aqui-agora tornou-se o right now, o on line e nem todos estão preparados para enfrentar isto. Eric Hobsbawm, aquele do livro “A era dos extremos. O curto século XX”, afirma que a nossa época se caracteriza por mudanças tão rápidas que “ o mapa e o território já não coincidem”. Isto é, quando terminamos de desenhar o mapa, o território já não é mais o mesmo.

Por entrevistas, por experiências e por observações, posso afirmar que a solução para muitas pessoas em termos de deixar uma tecnologia e aderir a outra vai acontecer por ´decurso de aposentadoria´. Isto é, há pessoas que simplesmente não estão conseguindo assimilar esta nova forma de produzir a existência e o conhecimento, dadas a sua experiência, a sua formação em outra tecnologia, em outra época. E tudo isto causa muito sofrimento. Não é por nada que pululam livros sobre o stress e as doenças do trabalho e por outro lado, livros sobre motivação…

Por fim é preciso reafirmar que o problema não é tecnológico. O velho Marx já criticava os ludditas, aqueles que destruíam equipamentos que o problema não era o equipamento, mas sim a relação exploratória que fazia com que uns se apropriassem do esforço e dos furtos do trabalho dos outros. A tecnologia deveria ou poderia ser redentora, liberando as pessoas do trabalho sujo, degradante, desde que a relação fosse outra. É da essência do capitalismo explorar. Então quando se faz uma questão sobre tecnologia, é preciso que se situe época, lugar, quem se beneficia e quem é excluído. E isto tanto faz se é analógico ou digital… Que se reforce então que o problema do desemprego não é da tecnologia, mas sim da relação predominante que coloca o lucro acima das necessidades de TODOS os homens e mulheres. Hoje há tecnologia disponível para a inclusão de TODOS. Isto não está ocorrendo por questões outras e não pela tecnologia.

Informações e entrevistas com Lucídio Bianchetti:

Fones 48 – 3721-9245, 3333- 1024 e 9107-5959; e-mail: lucidio@brasilnet.net

Outras informações com o coordenador da Coleção Dimensões do Trabalho, professor Antonio David Catanani, da Unitrabalho, e organizador do livro sobre o Fórum Mundial realizado em Porto Alegre: 51 – 9954-1425; 331-14076; 331-17552. E-mail: adcattani@uol.com.br

Da chave de fenda ao laptop – Tecnologia digital e novas qualificações: desafios à educação

Lucídio Bianchetti

Editora da UFSC, Editora Vozes e Unitrabalho, 2001

256 págs.; R$ 26,00

Por Moacir Loth/jornalista na Agecom

Encontro de capoeira na UFSC reúne crianças e adolescentes de projetos sociais

04/12/2008 12:33

O I Encontro Infantil de Capoeira será realizado no dia 5 de dezembro, das 9 às 17 horas, na Reitoria da UFSC e na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria. O encontro reunirá cerca de 300 crianças da Grande Florianópolis que são vinculadas a algum projeto social.

Capoeira: saberes e experiências A programação acontecerá durante o dia inteiro, com danças infantis de hip hop, chorinho, jongo, rodas de capoeira e apresentação do bloco Africatarina, da Armação. Criado em 2004, o bloco é formado por crianças e adolescentes alunos de programas no Sul da Ilha, além de pais, professores e membros da comunidade.

O encerramento do encontro será marcado por um show de chorinho com o músico Wagner Segura e uma palestra sobre a história da música popular de Florianópolis com João Ponte, Presidente do Clube de Choro de Florianópolis.

O objetivo do evento é a troca de saberes e experiências entre educadores e educandos de projetos sociais de Florianópolis que desenvolvem atividades relacionadas a capoeira, música, dança, cinema e promovem palestras arte-educativas.

O encontro é realizado pelo Novo Horizonte Circularte, um projeto social que oferece aulas de teatro e capoeira a crianças e adolescentes carentes. Esse projeto é fruto de uma parceria entre o grupo de arte-educadores ‘Movimento Circularte’ e a ‘Sociedade Recreativa Esportiva e Cultural Novo Horizonte’.

O Novo Horizonte Circularte foi uma das instituições selecionadas no Edital Capoeira Viva, idealizado pelo Ministério da Cultura e promovido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), com patrocínio da Petrobras.

Através desse edital, pessoas físicas, associações, fundações e outras instituições sem fins lucrativos que desenvolvam trabalhos de incentivo à capoeira recebem recursos financeiros para realizarem as atividades. Em 2008, um total de R$1,2 milhão foi dividido entre os 122 programas selecionados.

Mais informações com Camila Aschermann pelo telefone (48) 8404 7625 ou e-mail ping7pong@hotmail.com

Programação

9h: Abertura

9h20min: Intervenção – Caras e Bocas

9h30min: Contando a história da capoeira

10h: Maculelê ecológico

10h30min: Exposição mestres de capoeira

11h: Oficinas de capoeira

12h: Almoço

13h: Hip hop

13h30min: Puxada de rede

14h: Agora a capoeira é patrimônio cultural

14h30min: Oficinas de capoeira

15h30min: Grupo Africatarina

16h: Lanche

16h30min: Encerramento com roda de capoeira

17h: Florianópolis conta a historia do choro e Chorinho com Wagner Segura

Saiba mais:

Bloco Africatarina

Criado em 2004, o bloco é formado por uma bateria de 70 crianças e adolescentes; pela ala da comunidade com 300 foliões entre pais, professores das escolas parceiras e simpatizantes das ações sociais do grupo; pela harmonia, composta por 12 membros e colaboradores do grupo Africatarina; e pela ala das Ritinhas, com 8 crianças pequenas no abre-alas. O bloco foi idealizado com a meta de mostrar na arena carnavalesca os resultados dos cursos anuais oferecidos pelos projetos do Grupo Africatarina de Arte e Arte-Educação, que desenvolve atividades no Sul de Florianópolis.

Wagner Segura

Wagner Segura é músico, arranjador e compositor e participa ativamente da divulgação do chorinho em Florianópolis. Já integrou os conjuntos de choro “Vibrações” e “Nosso Choro” e gravou um CD solo independente chamado “Um Toque Seguro”.

Toca diversos instrumentos como violão, bandolim e cavaquinho. Produziu discos de todos os sambas-enredo da Embaixada Copa Lord, fez a trilha sonora dos filmes sobre Victor Meireles e Cruz e Souza e participou como músico e arranjador da gravação de discos de cantores como Zininho, Neide Mariarrosa, Jorge Coelho, Maria Helena, Brasil e Argentina (Deuri e convidados); Vida e Sonhos (Deuri), Anita Hoepcke, Paulinho Vidal, Bom Partido, Bar Fala Mané, Ed Júnior, Acordioníssimo (Irene Pavoni), Jorge Gibbon, Januário, Elias Marujo e outros.

Por Tifany Ródio/bolsista de Jornalismo na Agecom

Foto:Divulgação

UFSC entrega título de Professor Emérito a quatro doutores

04/12/2008 10:42

O Conselho Universitário da UFSC concede amanhã, dia 5, título de “Professor Emérito” aos doutores Leonor Scliar Cabral, Paulo Henrique Blasi, Berend Snoeijer e Nelson Back. A cerimônia será realizada no Auditório Guarapuvu, no Centro de Cultura e Eventos, às 20 horas.

Leonor Scliar Cabral pautou sua produção científica no estudo da lingüística, campo onde seu nome é uma referência internacional. Em sua trajetória profissional foi eleita por dois mandatos presidente da Internacional Society of Applied Psycholinguistics, instituição onde atualmente é Presidente de Honra. Também presidiu a União Brasileira de Escritores em Santa Catarina e da Associação Brasileira de Lingüística – Abralin. Possuí dezenas de livros publicados no Brasil e no exterior.

Paulo Henrique Blasi é uma referência na área de Direito Administrativo. Coordenou por vários anos o curso de Direito da UFSC, onde conquistou o reconhecimento dos acadêmicos por sua maneira marcante de conduzir os estudos e disseminar as idéias. Foi Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil da Seção de Santa Catarina, conselheiro estadual e federal da ordem e fundador do Instituto Catarinense de Direito Administrativo.. Distinguiu-se ainda como advogado e conferencista. Recebeu do município de Florianópolis o titulo de cidadão honorário.

Berend Snoeijer imprime sua competência na área da Engenharia Mecânica, atuando no âmbito de Engenharia de Materiais e metalurgia com ênfase em Instalações e Equipamentos Metalúrgicos. Possui doutorado em Maschinenbau pela Technische Universität Hannover (1973). No exercício do magistério na UFSC merece destaque, entre outras realizações, a atuação como fomentador de uma experiência bem sucedida de implantação e operacionalização do Curso Cooperativo de Engenharia de Materiais.

O engenheiro e professor Nelson Back é destaque na área de modelagem de produtos, através de estudos e pesquisas na área de Engenharia Mecânica, com ênfase na Metodologia de Projeto. Professor permanente da UFSC, atua no Núcleo de Desenvolvimento Integrado de Produtos – NeDIPM e também nas áreas de gerenciamento de projeto de desenvolvimento de produto, gestão de conhecimento e projeto de máquinas agrícolas. Acumula distinções ao longo da carreira, como a medalha.

Por Mara Cloraci/jornalista na Agecom

Moacyr Scliar fala na UFSC sobre as obras que marcaram a saúde mental ao longo da história

04/12/2008 09:34

O escritor, historiador, psiquiatra e autor de vários romances com as temáticas saúde e saúde mental, Moacyr Scliar, estará nesta sexta-feira, 5/12, no I Congresso Brasileiro de Saúde Mental. Ele ministra a palestra ´Abordagem Histórico-Literária em Saúde Mental: as obras que marcaram a saúde mental ao longo da história`, a partir de 14, no auditório Garapuvu. O congresso está sendo realizado desde quarta-feira, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. A palestra é dirigida somente aos participantes do congresso.

Formado em 1963 pela UFRGS, Moacyr Scliar especializou-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Iniciou os trabalhos nessa área em 1969. Em 1970, freqüentou curso de pós-graduação em medicina em Israel. Posteriormente, tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Já foi professor na faculdade de medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Atualmente é um dos mais conhecidos escritores brasileiros da atualidade

Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti (1988 e 1993), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989) e o Casa de las Americas (1989).

Suas obras freqüentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a vida de classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas para doze idiomas.

Número um da psiquiatria em Cuba

Outro destaque do último dia do congresso é Raul Gil Sánchez, que vai falar sobre as redes e serviços de saúde mental em Cuba. Membro do Centro Comunitário de Saúde Mental de Havana, Cuba, Sánchez é considerado o número um da psiquiatria em Cuba. Ele fala a partir de 10h30min, no auditório Garapuvu.

Na sexta-feira o congresso reserva ainda espaço para discussões sobre arte e inclusão social, perspectivas em psicologia social e psiquiatria cultural, antropologia cultural e saúde mental, pesquisa qualitativa em saúde e o fenômeno das drogas. Volta também a debate a reforma psiquiátrica, no simpósio ´Análise e Perspectivas de 30 anos da reforma psiquiátrica`.

Mais informações: http://www.pauloamarante.net

Mais informações com o coordenador do projeto de pesquisa, o professor Walter Ferreira de Oliveira, (48) 9608 5271 / e-mail: walter@ccs.ufsc.br

Guilherme Machado – Esferamix – gulherme@esferamix.com.br 7811 5695

Vestibular UFSC/2009: portões fecham às 14h45min

04/12/2008 08:16

Com fechamento de portões às 14h45min (e não às 15h, como nos anos anteriores), a UFSC realiza a partir desse domingo (7/12) seu Vestibular 2009. Candidatos devem também estar atentos para a proibição de alguns itens, como relógio, boné, óculos escuros e eletrônicos. Durante as provas o candidato não pode usar calculadora, telefone celular, MP3, MP4, MP5-player, ipod ou qualquer tipo de aparelho do gênero. No caso de optar por levar algum destes itens ao local de prova, o estudante deverá deixá-los à frente da sala, conforme orientações dos fiscais. Para acompanhamento do horário, todas as salas contam com um relógio na parede.

As provas serão realizadas entre 15h e 19h, em 10 cidades catarinenses: Florianópolis, Blumenau, Camboriú, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Lages e Tubarão. Este ano a UFSC oferece 4.571 vagas em 70 cursos, incluindo as habilitações. Estão inscritos 30.870 candidatos.

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) recomenda que os inscritos cheguem com pelo menos 30 minutos de antecedência, para localizar com tranqüilidade os setores em que farão o vestibular. O campus universitário da Trindade, em Florianópolis, concentra a maior parte dos candidatos de outras cidades e estados, e a Comissão orienta que os estudantes verifiquem nos dias anteriores seu local de prova, já que a universidade é bastante extensa.

No caso de Itajaí e Blumenau, mesmo com a situação de emergência, os acessos aos locais de provas estão liberados e as instalações encontram-se em perfeitas condições, conforme constatação feita in loco pela Coperve. A Reitoria e os responsáveis pela organização do concurso têm recebido orientação e apoio da Defesa Civil Estadual e dos municípios envolvidos. A UFSC conta também com a parceria das prefeituras e universidades da região.

Estão disponíveis no site do concurso arquivos com mapas de localização de todos os setores onde serão aplicadas as provas. Além disso, a partir de sábado (6/12) a Coperve terá quiosques no campus universitário, para prestar informações.

Os candidatos devem também ficar atentos aos documentos que precisam ser apresentados: original do documento de Identidade, cujo número foi informado no Requerimento de Inscrição, e a Confirmação de Inscrição, com foto 5×7 datada do ano de 2008.

A prova deverá ser feita com caneta esferográfica de tinta preta ou azul, preferencialmente fabricada em material transparente. O candidato poderá levar uma caneta reserva, água e um pequeno lanche, evitando produtos com embalagens plásticas barulhentas.

Gabaritos e abstenções

O índice de abstenções será divulgado diariamente pela Coperve, a partir de 20h, no auditório da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). Assim como aconteceu no ano passado, o gabarito de todas as provas será divulgado apenas no dia seguinte à finalização do concurso – portanto, na quarta-feira, dia 10/12, a partir de 9h. As respostas serão disponibilizadas no site http://www.vestibular2009.ufsc.br

Mais informações no site http://www.vestibular2009.ufsc.br e também junto à Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), pelo fone (48) 3721-9200 .

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais

Mudança nos critérios de aprovação

Uma das alterações deste ano é a elevação do ponto de corte – a pontuação mínima que o candidato deve atingir.

Foram elevadas as notas de Redação (de 3 para 4) e da prova de Língua Portuguesa (também de 3 para 4). Além disso, os candidatos deverão completar 24 pontos (ao invés de 20) no conjunto das demais disciplinas.

Cursos mais concorridos

Com 42,96 candidatos por vaga, o Curso de Medicina continua liderando o ranking de inscrições no vestibular da UFSC. Complementam a lista dos 10 cursos mais procurados Arquitetura e Urbanismo (14,31 candidatos por vaga), Direito diurno (13,42), Jornalismo (11,75), Engenharia Civil (11,61), Engenharia Química (11,06), Engenharia Mecânica (10,71), Direito noturno (10,47), Oceanografia (9,90) e Relações Internacionais (9,85). Este último é um curso novo, que entra pela primeira vez no vestibular, enquanto Oceanografia foi uma das novidades do Vestibular 2008.

Provas

Primeira prova (7/12)

– Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Língua Estrangeira (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas).

– Redação;

– Uma questão discursiva interdisciplinar envolvendo o programa de duas ou mais disciplinas do vestibular, exceto Língua Estrangeira e Redação.

Segunda prova (8/12)

– Biologia (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Geografia (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Matemática (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Uma questão discursiva interdisciplinar envolvendo o programa de duas ou mais disciplinas do vestibular, exceto Língua Estrangeira e Redação.

Terceira prova (9/12)

– Física (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– História (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Química (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Uma questão discursiva interdisciplinar envolvendo o programa de duas ou mais disciplinas do vestibular, exceto Língua Estrangeira e Redação.

Vestibular UFSC/2009: orientações para veículos de comunicação

03/12/2008 16:50

Serão realizadas a partir de domingo (7/12) as provas do Vestibular UFSC/2009. O concurso acontece no domingo, na segunda e na terça, em dez cidades catarinenses, sempre no período da tarde (15h às 19h).

A partir das 14h de domingo estará funcionando na Agência de Comunicação da UFSC, localizada atrás do Centro de Cultura e Eventos, uma central de atendimento aos veículos de comunicação.

Para que o trabalho seja facilitado, A Agecom relaciona orientações que têm o objetivo de garantir a tranqüilidade dos candidatos e do concurso, para que o vestibular possa acontecer dentro de padrões de lisura e correção.

Vestibular UFSC/2009 – Procedimentos nos dias de prova

1. As informações relativas ao andamento das provas e abstenções serão repassadas ao final de cada dia, em entrevista concedida pelo presidente da Coperve, professor Julio Szeremeta, às 20h, no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). As informações serão também disponibilizadas no site da UFSC e enviadas para os veículos de comunicação

2. Nos dias de provas não será permitido fotografar ou gravar imagens dentro das salas de aula que sediam o vestibular. O contato com os candidatos só poderá ser feito após os mesmos deixarem o local da prova.

3. Assim como aconteceu no ano passado, os gabaritos serão divulgados somente no final de todas as provas, na manhã de quarta-feira, dia 10/12, a partir de 9h, no site http://www.vestibular2009.ufsc.br

4. No caso de emissoras de TV que pretendam realizar transmissões ao vivo, o local sugerido é a praça da Reitoria da UFSC, a fim de que se possa guardar uma distância razoável dos locais de prova.

Congresso de Saúde mental discute projeto ´Loucos Pela Diversidade`

03/12/2008 16:31

O I Congresso Brasileiro de Saúde Mental recebe nesta quinta-feira um dos maiores nomes brasileiros na área. Paulo Amarante é psiquiatra, doutor em saúde pública, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), no Rio de Janeiro. É autor e organizador de diversas obras, entre elas ´Loucos pela vida – A trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil`, ´O Homem e a serpente – Outras histórias para a loucura e a psiquiatria`; ´Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica, Archivos de Saúde Mental` e ´Atenção Psicossocial e Ensaios: subjetividade, saúde mental, sociedade`.

O pesquisador participará do evento em diversas atividades, entre elas a apresentação do projeto ´Loucos pela Diversidade`, que acontece nesta quinta, 4/12, às 10h, na sala Goiabeira do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. O projeto, coordenado por Amarante, é destinado a pessoas com sofrimento psíquico e fruto de uma parceira entre o Ministério da Saúde e o Ministério de Cultura, por meio da Fiocruz. Conta também com o apoio de pesquisadores e instituições da área.

O ´Loucos por Diversidade` tem como principal objetivo instituir uma agenda nacional voltada para os temas da cultura e da loucura, incluindo a arte e outras manifestações culturais na elaboração de políticas para o campo as saúde mental. De acordo com Amarante, é um importante passo na luta anti-manicomial e na forma de discutir novas formas de assistência e tratamento a esses pacientes. A iniciativa foca a importância de conviver com as diferenças e expressar o sofrimento psíquico através da arte e da cultura, propondo experiências diversas por meio de oficinas.

Paulo Amarante também estará na quinta-feira, das 8h30 às 10h, participando da mesa-redonda Epistemologia, Diálogos e Saberes, no Auditório Garapuvu, e às 14h vai coordenar o Simpósio Fórum Internacional de Saúde Mental e Direitos Humanos: a Reforma Psiquiátrica na América Latina. Na sexta-feira, Amarante coordena o Simpósio Análise e Perspectivas de 30 anos da Reforma Psiquiátrica, a partir de 15h30min.

Mais informações: http://www.pauloamarante.net

Mais informações com o coordenador do projeto de pesquisa, o professor Walter Ferreira de Oliveira, (48) 9608 5271 / e-mail: walter@ccs.ufsc.br

Guilherme Machado – Esferamix – gulherme@esferamix.com.br 7811 5695

Por Gabriela Bazzo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Campanha ´Investida pelo respeito e pela paz`

03/12/2008 16:00

Em continuação aos 18 anos do Estatuto da Criança e Adolescente, onde direitos e deveres são reafirmados, estamos promovendo a campanha ´Investida pelo respeito e pela paz`, que terá início no período do dia 20/11, Semana da Consciência Negra no ano em que fazem 120 anos da Abolição da Escravatura e culminando com a comemoração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos no dia 10 de dezembro. O lema escolhido foi “DO RESPEITO SURGE A PAZ!”.

Objetivo: Provocar ações de debate, reflexão e conscientização que ajude na melhoria das relações entre as pessoas reafirmando o compromisso de cada um com um coletivo mais respeitoso, sensibilizando-os a se tornarem também “vigilantes do respeito” e “agentes da paz”!

Como? A Comissão Organizadora está produzindo materiais pedagógicos como um Caderno de Sugestões de Atividades para a Sala de Aula, um vídeo com animações sobre os 30 artigos da DUDH produzidos pela Anistia Internacional e narração nossa local, um CD com músicas sobre a questão, a ser trabalhado em grupos e 50 mil cópias-folder da Declaração Universal dos Direitos Humanos para que os estudantes possam trabalhar em sala e levar para suas famílias (Outras 50 mil para ser usado após por outras escolas)

Vários eventos já têm acontecido desde o dia 20/11 na semana da Consciência Negra, mas a abertura oficial se dará no “1º Festival das Escolas Abertas de Florianópolis” no dia 06/11 que acontecerá na Escola Bás. Luiz Cândido da Luz (Vargem do Bom Jesus – Flopis).

A culminância será no dia 10/12/08 Comemoração 60 anos da Declaração DDHH, das 10h às 12h no Auditório da Reitoria da UFSC. Se o tempo estiver bom no dia, o “Mosaico pelo Respeito e pela Paz” será montado bem em frente ao prédio da Reitoria, lugar chamado de Praça da Cidadania da UFSC.

Este MOSAICO PELO RESPEITO E PELA PAZ consistirá de uma agrupamento de peças colocadas lado a lado formando um painel para fotografarmos.As peças (pinturas e cartazes) serão produzidas nas Escolas, Entidades e público em geral (cada peça terá tamanho máximo A3 ((30cm x 40cm aproximadamente)) para indivíduos e A1 para instituições), que permanecerá das 9h às 13h deste dia para registros visuais e Comemoração. TODA A COMUNIDADE É CONVIDADA A PARTICIPAR. As peças serão “registradas” no verso com “Certificado de Participação” e cada autor/escola levará sua peça de volta, num gesto simbólico da paz compartilhada. O evento contará também com apresentações culturais numa cerimônia no Auditório da Reitoria da UFSC.

Dentre as apresentações estão o grupo de street-dance Milenium de Itajaí, campeão nacional de dança e outras surpresas musicais famosas que estarão prestigiando. O INGRESSO PARA O EVENTO MUSICAL SERÁ TRAZER UM “LADRILHO” ou uma peça de arte PARA compor a foto do Mosaico (que a pessoa poderá retirar de volta já à tarde, depois da 13h). ((Isso porque só cabem 200 pessoas no Auditório)). O MOSAICO SERÁ MONTADO À PARTIR DAS 9h do dia 10/12.

Fonte: Comissão Organizadora da INVESTIDA PELO RESPEITO E PELA PAZ

Sob iniciativa da UFSC/MOVER – Núcleo de Educação Intercultural e Movimentos Sociais, da ACCT – Associação Catarinense de Conselhos Tutelares, do Instituto Geração Criança através do Coletivo de Aprendizado sobre Protagonismo Juvenil CAPROC, da Secretaria de Educação de Florianópolis, do CCEA e diversas Escolas, assim como outras entidades e grupos.

A coordenação desta Comissão está sendo coordenada por Luiz Antonio Ryzewski (9985-8270)

e-mail: luiz.antonio@grad.ufsc.br / violencianao@yahoo.com.br

tel Núcleo MOVER/UFSC 3721-8702

Engenharia Mecânica da UFSC lança livro

03/12/2008 15:54

Nesta sexta-feira, dia 5, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe uma importante contribuição para o resgate de sua memória, com o lançamento do livro “Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC – Histórias e Contribuições”. A publicação relata a trajetória do EMC, desde a implantação da Escola de Engenharia Industrial em Florianópolis, em 1962, até a atual excelência alcançada pela UFSC na área. O lançamento será realizado às 18h30min, no auditório Goiabeira do Centro de Cultura e Eventos da UFSC

O livro revela que muitas pessoas, instituições e empresas contribuíram para tornar realidade o sucesso sonhado pelos idealizadores do curso e da própria UFSC. Mas não foi uma tarefa fácil. O primeiro curso de Engenharia implantado em Santa Catarina tinha uma série de motivos para não prosperar, entre elas a distância que o separava de pólos industriais e a dificuldade de encontrar professores qualificados.

Esses obstáculos foram superados com a consolidação de parcerias entre o Departamento e o setor produtivo, aliada a uma política agressiva de formação de docentes – atualmente 95% dos professores do EMC são doutores. Assim, desde meados da década de 1970 a UFSC figura como instituição de excelência em Engenharia Mecânica no Brasil. Ao longo de oito capítulos, a publicação busca registrar de forma cronológica os fatos e as pessoas que construíram essa história, diretamente ligada à evolução da própria UFSC e do ensino superior brasileiro.

Integração

A idéia de produzir o livro surgiu no aniversário de 45 anos do Curso de Engenharia Mecânica, em 2007. Para legitimar o conteúdo, foi formada uma Comissão Editorial, composta por professores e servidores do EMC, aposentados e ativos. “Nunca tivemos a pretensão de fazer uma obra definitiva, mas sim de reconstruir parte de nossa história, criando um referencial para ampliá-la”, afirma o professor do EMC Lourival Boehs, que presidiu a Comissão Editorial.

Além de contribuir para o resgate da história da Universidade, a produção do livro permitiu a integração entre os Departamentos de Engenharia Mecânica e Jornalismo da UFSC. Produzido pelo Núcleo de Projetos Editoriais (NPE) do Departamento de Jornalismo, o trabalho envolveu 13 estudantes em um trabalho de reportagem com cerca de cem fontes, além de pesquisas documentais e iconográficas.

O maior desafio enfrentado decorre da natureza da própria instituição: ao contrário de uma empresa, onde o dono tem o poder de recortar a narrativa que lhe interessa, nesse caso, desde o início do processo, todos os envolvidos foram convidados a relatar suas versões e a validar o documento consolidado na intranet, depois referendado pela Comissão Editorial. “Desenvolvemos um novo modelo para a recuperação e construção da memória das instituições. Ele permite uma narrativa coletiva, participativa e referendada publicamente por todos os envolvidos interessados, sendo muito útil para viabilizar uma história mais democrática em instituições como as universidades”, afirma o professor do Departamento de Jornalismo Carlos Locatelli, que coordenou a produção.

O livro “Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC – Histórias e Contribuições” foi patrocinado por Feesc, Fapesc, Fapeu, Caixa Econômica Federal, BRDE e Embraco. O lançamento do livro ocorre às 18h30h desta sexta-feira, dia 5, no auditório Goiabeira do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

Mais informações com professor Lourival, fone 48 3234-3579.

Especial Pesquisa: UFSC acompanha desinstitucionalização do Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina

03/12/2008 13:29

Um grupo de pesquisa da UFSC está documentando e analisando o processo de desinstitucionalização do Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina. Assim como outros hospitais direcionados ao cuidado da saúde mental, a antiga Colônia Santana terá que promover uma transformação no estilo de tratamento ― especialmente em relação aos pacientes em situação asilar, que deverão ser reintegrados à sociedade. É a chamada desinstitucionalização, que desafia profissionais em todo o país, já que 2012 foi estipulado pelo Ministério da Saúde como prazo máximo para redução de leitos em hospitais psiquiátricos

O processo faz parte da Política Nacional de Saúde Mental. A exemplo de outros países, o Ministério da Saúde, a partir da Coordenação de Saúde Mental, vem promovendo uma reforma do modelo assistencial nessa área. No caso do Centro de Convivência Santana (CCS) do IPq, que abriga os pacientes em condição asilar, acredita-se haver um número significativo com condições de participar de um projeto de desinstitucionalização.

A pesquisa da UFSC tem como objetivo colaborar e dar suporte a esse processo. O trabalho está sendo realizado pelo Grupo de Pesquisas em Políticas de Saúde/Saúde Mental, ligado ao Programa de Pós Graduação em Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde. O estudo será possível graças a uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, o Colegiado de Políticas Públicas de Saúde Mental e o Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina, entre outras instituições.

De acordo com o coordenador do projeto de pesquisa, o professor Walter Ferreira de Oliveira, a desinstitucionalização é um processo amplo e complexo. “A desinstitucionalização busca uma mudança de olhar, quer quebrar o estigma de que as pessoas com problemas mentais são perigosas, improdutivas e incapazes”, explica o professor. A expectativa do grupo é de que o acompanhamento e a documentação das atividades no IPq possam também subsidiar outros hospitais nessa trajetória.

No Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina a fase atual é de levantamento dos internos em condições de serem desinstitucionalizados, a partir da verificação de graus de dependência e da situação psicológica e social das pessoas em condição asilar. Fases posteriores do processo de desinstitucionalização incluem a localização dos municípios de onde os pacientes são oriundos, o mapeamento da rede de serviços de saúde mental existente nestas cidades, o levantamento de familiares e de outros atores relevantes para a vida destas pessoas.

A expectativa é de que o projeto contribua com a construção de conhecimento sobre problemas sociais complexos, subsidiando outras instituições e órgãos governamentais e não-governamentais, bem como a comunidade acadêmica em tomadas de decisões importantes para o bem-estar das populações menos assistidas. “As idéias, sentimentos e representações dos membros da Comissão de Desinstitucionalização e outros sujeitos poderão dar origem a novos rumos na pesquisa e enriquecer o processo desinstitucionalização”, destaca o professor. Ele ressalta que diante da complexidade do processo é preciso buscar o máximo de segurança sobre as decisões a serem tomadas.

Na manhã de sexta-feira (5/12), dentro da programação do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental, o médico César Paulo Simionato, da Prefeitura Municipal de Florianópolis e do Serviço de Saúde Pública do Hospital Universitário da UFSC, e o coordenador da pesquisa, professor Walter Ferreira de Oliveira, apresentam informações sobre o trabalho.

Mais informações com o coordenador do projeto de pesquisa, o professor Walter Ferreira de Oliveira, (48) 9608 5271 / e-mail: walter@ccs.ufsc.br

Saiba Mais:

Oficinas para atenção à saúde mental

Acupuntura na atenção à saúde mental é o tema da oficina que será realizada na manhã dessa quinta-feira, a partir de 10h, no Horto Botânico da UFSC. O ministrante será o professor Li Shih Minh, professor do Departamento de Clínica Médica do Hospital Universitário da UFSC.

Na sexta, também a partir de 10h, o tema da oficina será plantas medicinais na atenção à saúde mental, com o médico César Paulo Simionato, da Prefeitura Municipal de Florianópolis e do Serviço de Saúde Pública do Hospital Universitário da UFSC. Simionato vai apresentar também como está o projeto de pesquisa com o Grupo de Trabalho de desinstitucionalização do Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina e com o Colegiado de Políticas Públicas de Saúde Mental do Estado de Santa Catarina.

As oficinas serão realizadas no Horto de Plantas Medicinais do Hospital Universitário.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Leia Mais:

– Congresso Brasileiro de Saúde Mental inicia nesta quarta-feira

– Baile de Máscaras na programação social do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental

– Congresso Brasileiro de Saúde Mental terá shows de bandas formadas por usuários de Centros de Atenção Psicossocial

Mário Feijó lança Filhos da enxurrada com direito a sarau literário

03/12/2008 13:21

Artista plástico, poeta administrador de empresas, editor de livros e funcionário aposentado da UFSC, o manezinho Mário Feijó, que adotou a gauchesca Capão da Canoa para morar, lançou ontem à noite(3) na Biblioteca Universitária, com direito a sarau literário, livro Filhos da enxurrada, publicado pela Editora Secco.

Mário e "Os filhos..."

Mário e "Os filhos..."

Membro da Academia de Letras e Artes de Porto Alegre desde fevereiro de 2008, Feijó sempre esteve envolvido com a arte de escrever. Publicou em 2007 a obra poética Permita-se e em outubro de 2008 Os filhos da chuva, ambos pela Editora Secco, o último com 20 ilustrações de 11 alunas suas de desenho artístico. Recentemente foi classificado em um concurso nacional de poesia, promovido pela Abraci, com julgamento final no dia 8 de dezembro na Academia Brasileira de Letras.

Feijó tem pós-graduação em Administração de Cooperativas pela UNISINOS-RS. Na UFSC, trabalhou de 1979 a 1999, quando aposentou-se. De 1992 a 1999 foi editor da Revista de Ciências Humanas, onde editou 30 números. Foi editor e revisor de livros. Escreve no site www.recantodasletras.com desde julho de 2007, ultrapassando a marca de 41.000 leituras.

Publica na revista eletrônica mensal Caderno Literário desde março 2008. Foi Presidente da Associação dos Artistas Plásticos de Capão da Canoa e dá aulas como orientador em cursos de desenho artístico em Capão da Canoa pelo terceiro ano consecutivo, agora executando oficinas de arte. Voluntário na Casa de Cultura Érico Veríssimo é vice-presidente do Departamento de Escritores do Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

Contatos pelo e-mail marfeijo@hotmail.com.

Foto:Tifany Ródio/bolsista de Jornalismo na Agecom

Baile de Máscaras na programação social do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental

03/12/2008 11:44

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

O I Congresso Brasileiro de Saúde Mental está sendo realizado na UFSC. Iniciou nesta quarta-feira, dia 3 e se encerra nesta sexta, dia 5 de dezembro, com previsão de 2.500 inscrições.

A programação social inclui um Baile de Máscaras nesta quinta, dia 4, no Bar Hi-Fi, (ex-Bar Mecenas), à rua Lauro Linhares nº 770, Trindade. O bar estará aberto a partir das 21h e as bandas têm previsão de início às 22h30min.Serão quatro bandas: Quarteto de samba, que fará a abertura; Sambas da Vida, banda de hip-hop, além das bandas Black Confusion e Harmonia Enloquece, que também se apresentarão na abertura do Congresso, hoje(quarta)à noite.

Ao adquirir o ingresso, por R$10, a pessoa recebe a máscara para usar no baile. A venda está sendo efetivada no estande da Associação Amealoucamente, no andar superior do Centro de Cultura e Eventos, ao lado do estande do Hospital de Custódia.

As máscaras foram confeccionadas pelos usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Ponta do Coral, localizado no bairro da Agronômica, Florianópolis.

A Associação Amealoucamente é uma forma de organização dos usuários, técnicos e familiares na luta pela defesa dos usuários dos serviços de saúde mental e de seus familiares.

O CAPS é um serviço da Prefeitura Municipal de Florianópolis integrado à rede municipal de saúde, ligado ao SUS. Atende uma faixa de população a partir de 18 anos com grave sofrimento psíquico. São pessoas que passaram por internação psiquiátrica ou têm dificuldades graves de socialização. O objetivo do serviço é a reabilitação psicossocial.

A Amealoucamente reivindica serviços de saúde mental de qualidade com acessibilidade como garantia ao transporte público e acesso do usuário aos serviços. Uma reunião semanal é realizada às terças-feiras, às 11h e há uma assembléia mensal com todos os participantes.

A sede é no próprio CAPS, à rua Rui Barbosa, nº 713, próximo ao Hospital Infantil.

O CAPS, em parceria com a Amealoucamente, realiza oficinas expressivas — onde a ênfase e dada no processo de criação, sem preocupação com o produto final — e oficinas produtivas.

Os produtos das oficinas produtivas estão à venda, até sexta-feira, no estande da Amealoucamente: mosaicos; bijuterias; velas e cerâmicas. O que for vendido retorna aos participantes das oficinas.

Informações sobre o CAPS e a AMEA

(48) 3228-5074 com Patricia ou Lindolfo

Por Alita Diana/jornalista da Agecom

Saiba mais sobre o Congresso

Congresso Brasileiro de Saúde Mental inicia nesta quarta-feira

Atlas geográfico para deficientes visuais

03/12/2008 10:44

Maquetes: linguagem cartográfica tátil

Maquetes: linguagem cartográfica tátil

Há 20 anos os órgãos educacionais e sociais das cidades vêm buscando a inserção do deficiente visual na integração social, uma acessibilidade que se dá através das leis nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelecem normas e critérios para as pessoas portadoras de deficiência. Em Santa Catarina estes trabalhos tiveram início em 2001, quando a Fundação Catarinense de Educação Especial solicitou à UFSC cartografias para o ensino em mapas e maquetes para os deficientes visuais. A pesquisa cresceu rápido e hoje já existe o Atlas Geográfico Escolar para Deficientes Visuais, inédito no Brasil, e que já despertou o interesse do Ministério da Educação (MEC).

“Mãos, cérebro e paisagem: tríade do conhecimento para deficientes visuais através de maquetes geográficas táteis” é o título do projeto de extensão coordenado pela professora Rosemy da Silva Nascimento, doutora com Dedicação Exclusiva e professora Adjunto III do Departamento de Geociências da UFSC, que conta com o apoio dos bolsistas Gabriel Lima, aluno de Geografia, Robson Felipe Parucci dos Santos, acadêmico em Design, e o voluntário Leonildo Lepre Filho, do curso de Geografia, todos da UFSC. O estudo tem por objetivo apresentar uma metodologia de ensino e aprendizagem da paisagem através da construção de maquetes geográficas com informações táteis, conforme os preceitos da Geografia e Cartografia voltados ao ensino-aprendizagem para deficientes visuais e baixa-visão que faz parte do Projeto “Maquete Geográfica Visual e Tátil”, desenvolvido no Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (Labtate), da UFSC.

A pesquisa dos mapas táteis e a das maquetes táteis busca diversas experiências da educação para deficientes visuais, que utiliza-se de vários materiais para construir uma linguagem cartográfica tátil. A equipe acredita que tanto o uso dos mapas quanto o das maquetes possibilitarão apresentar um mundo totalmente novo para o deficiente visual, uma vez que a representação tridimensional possibilitará auxiliar as representações bidimensionais dos mapas, com as maquetes se aproximando da realidade.

Ao iniciar a pesquisa, o grupo aceitou o desafio de transformar informações visuais cartográficas (fonemas da linguagem cartográfica) em cores, formas e relevos em informações táteis para ensinar sobre paisagens aos cegos, já que muitos deles nunca tiveram contato com representações que possibilitassem essa compreensão e muitos têm medo ou são inibidos a aventurar-se nessa experimentação.

Mas, antes antes de planejar a construção das maquetes geográficas táteis, houve a curiosidade em saber como as pessoas não deficientes visuais iriam desenhar mapas de memória. Conforme Rosemy, nessa fase a pesquisa envolveu 127 alunos dos cursos de Geografia e Filosofia da UFSC, que demonstraram que todos os desenhos realizados de Florianópolis, do Estado de Santa Catarina, do Brasil e do Mapa-Múndi generalizam a forma. Assim a opção foi em generalizar com poucas curvas e elevações e ampliando para o tamanho em que os deficientes conseguissem tatear ao alcance das mãos.

As respostas de como alcançar o desejo dos deficientes visuais foram obtidas através de entrevistas com quatro colaboradores deficientes visuais da Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC), para que fizessem a descrição oral dos lugares que haviam sido desenhados pelos alunos. Para um deles, 37 anos, cego de nascença, a Ilha de Florianópolis era redonda e com água ao redor e seria um labirinto. O Estado de Santa Catarina seria um pouco maior do que Florianópolis. O Brasil teria a forma de um triângulo com a ponta para baixo e o mundo uma bola.

A equipe da UFSC idealizou então um equipamento urbano que o deficiente pudesse encontrar e correlacionar como um objeto que poderia ser considerado o seu passo. Assim, a metodologia “Do meu passo para o espaço”, fez nascer o brinquedo do fusquinha, um carro que mede em média 4 metros, diminui para a 10 cm, depois 6 cm, 3 cm e 1,5 cm até se transformar em uma rua, ponte, praça etc. A maquete do centro de Florianópolis começa com as pontes que ligam Ilha/Continente.

Mais informações estão disponibilizadas nos endereços: www.labtate.ufsc.br e www.cartografiaescolar.ufsc.br

Por Celita Campos/jornalista na Agecom

Fotos: Jones João Bastos

CHARGE DA SEMANA

03/12/2008 09:47

CHARGE DA SEMANA – Pós-dilúvio: a hora da reconstrução

Por Jorge Luíz Wagner Behr/Agecom

Congresso de saúde mental abre espaço para discussão de desastres naturais e conseqüências para a qualidade de vida

03/12/2008 08:25

Saúde mental e trabalho; políticas da saúde; desinstitucionalização da saúde mental; desafios e propostas das organizações dos usuários e familiares no Brasil; crianças e adolescentes em situação de rua; financiamento da reforma psiquiátrica e serviços substitutos de saúde mental estão entre os temas que serão abordados no I Congresso de Saúde Mental, que inicia nesta terça-feira na UFSC. Os organizadores chegaram a avaliar a possibilidade de transferência do evento, mas mantiveram sua realização levando em conta que o encontro é fruto de um desdobramento histórico dos movimentos em defesa da reforma psiquiátrica e dos movimentos de luta antimanicomial.

“Há cerca de três décadas estes setores vêm denunciando a violência institucional na assistência psiquiátrica e ajudando a construir um novo cenário social e assistencial em saúde mental”, considera o presidente da comissão organizadora do congresso e professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC, Walter Ferreira.

Mas, levando em conta a situação dramática de Santa Catarina, a comissão organizadora abriu espaço para o tema. Na quarta-feira, a partir de 12h30min, na Sala Petúnia, Centro de Cultura e Eventos, será realizada palestra com a professora Maria Lúcia Herrmann, do Grupo de Estudos de Desastres Naturais da UFSC, abordando o tema ´Desastres ambientais: reflexões sobre seu desencadeamento e conseqüências para a qualidade de vida`.

Na sexta-feira, o professor Lino Peres, representante da UFSC no Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo de Florianópolis, coordenará um debate sobre `O planejamento da vida nas cidades através dos planos diretores: para onde estamos indo e que qualidade de vida nos espera?`. O debate será realizado a partir de 15h30min, na Sala Girassol do Centro de Cultura e Eventos. A atividade será aberta a interessados na situação atual de desastres ambientais e no Plano Diretor Participativo.

o presidente da comissão organizadora do congresso alerta que o evento foge do entendimento tradicional da loucura. “O encontro traz a visão da saúde mental como de todos nós. A grande mensagem é que saúde mental não é coisa de louco, extravasa para várias situações de nossas famílias”, informa o professor.

Ele também contextualiza a importância do encontro lembrando que o Brasil passa por momentos de transição nesse campo, com necessidade de definição, integração e operacionalização de novos serviços para substituição do modelo assistencial de tratamento da saúde mental, hoje centrado nos hospitais e institutos psiquiátricos. Segundo ele, a expectativa atual é de que redes de atenção se formem e que pacientes e famílias recebam apoio mais integral.

“Precisamos mudar a lógica de atenção”, defende o professor, lembrando que o congresso será também uma oportunidade de aproximação entre profissionais e ex-usuários do sistema de saúde. Exemplos são as apresentações do grupo de Hip Hop Black Confusion, formado por usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), de Porto Alegre, e da banda Harmonia Enlouquece, criada no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro.

Mais informações:

Site do evento: www.congressodesaudemental.ufsc.br/ /

Presidente da comissão organizadora: professor Walter Ferreira, fone (48) 9608 5271 / (48) 3721 9388 / e-mail: walter@ccs.ufsc.br