Relação dos alunos aprovados na pré-candidatura no Projeto ISAC é divulgada

15/12/2008 17:37

A Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (SINTER/UFSC) divulgou na tarde desta segunda-feira, dia 15, a lista com os alunos aprovados na pré-candidatura no Projeto ISAC, coordenado pela Universidade de Coimbra e integrado ao Programa Erasmus Mundus.

Esses alunos estão aptos para a próxima etapa, que é a candidatura completa. O procedimento permanece o mesmo: o aluno obtém os formulários da candidatura completa no site www.uc.pt/isac, preenche, assina e entrega, juntamente com os documentos necessários listados no mesmo site, na SINTER até o dia 29 de dezembro de 2008. Deve-se preencher a candidatura completa para cada instituição escolhida, portanto, cada candidato entregará três candidaturas completas.

GRADUAÇÃO

Engenharias

Aliatir Silveira Filho

Ana Carolina Czapla

André Luis Pesco Alcalde

Daniel Hense

Débora Bez Batti de Sousa

Dênis Takeo Goto

Djema Maria Cristiano

Everton Teixeira

Gabriela Moraes da Silva

Gabriela Vieira

Henrique Augusto Menarin

Ismael Peruzzo Zamoner

Josephine Danielle dos Santos

Lúcio Costa Proença

Luiz Rafael Catoira de Vasconcelos

Mariana Simão de Oliveira

Mauricio Andreis

Paulo Eduardo de Albuquerque Botura

Thiago Boaventura Cunha

Vinicius Braganholo Carpentieri

Ciências Sociais

Ana Rita Mayer

Eduardo Alvares Beskow

Josiane Moraes

Juliana da Silva do Lago

Laura Montenegro Góes

Lia Brioschi Soares

Marina Favrim Gasparini

Educação

Ananda Maria Maciel

Carolina Zarth

Claudionor Alcides Lima Pirola

Fábio Augusto Prado Marques

Onete da Silva Podeleski

Raquel Dotta Corrêa

PÓS-GRADUAÇÃO

Ângela Renata Cordeiro Ortigara

Geraldo Santos Landovsky

Gierri Waltrich

Gustavo Medeiros de Araújo

Sidnei Becker

Alunas de Jornalismo da UFSC são contempladas no II Prêmio Caixa – Unochapecó de Jornalismo Ambiental

15/12/2008 17:16

Esther da Veiga e Marina Bento Veshagem, alunas do curso de Jornalismo da UFSC, foram as primeiras colocadas no II Prêmio Caixa – Unochapecó de Jornalismo Ambiental, com a webreportagem Consumo crescente de água mineral provoca contradições.

O concurso – que tem como objetivo “incentivar jornalistas e estudantes a produzirem materiais para alertar sobre as ações humanas que afetam o meio ambiente e que podem comprometer a qualidade de vida ou mesmo colocá-la em risco” – antes restrito ao oeste catarinense e voltado ao jornalismo impresso, ampliou, neste ano, a participação para os Estados do Sul do Brasil, e focou a produção em reportagens para a web.

Dentre os critérios analisados pela comissão julgadora estavam a “relevância e adequação das informações; adequação do conteúdo ao formato de webjornalismo; utilização dos recursos da web; propriedade e adequação das fontes de informação; capacidades interpretativa e argumentativa; linguagem jornalística e coesão e coerência textual”.

Marina Bento Veshagem e Esther da Veiga foram premiadas com R$ 4.500,00. Em segundo lugar ficou a reportagem Qual o futuro da Praia Brava, de Gabriela Azevedo Forlin, Marina Leonardi Fiamoncini e Stephani Luana Loppnow, da Univali, que ganharam R$ 2.500,00. A reportagem O desafio de preservar sem sucumbir, do jornalista Wagner Gris, diplomado pela Unochapecó, ficou em terceiro lugar e o egresso ganhou R$1.500,00.

Acesse as reportagens:

Consumo crescente de água mineral provoca contradições

Qual o futuro da Praia Brava

O desafio de preservar sem sucumbir

Ex-aluna da Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFSC recebe prêmio do Confea

15/12/2008 16:18

Lia Sá, Cristina César e Marco T. de Melo

<b>Lia Sá, Cristina César e Marco T. de Melo</b>

A engenheira civil e doutora em Construção Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Cristina Guimarães César, foi uma das vencedoras do Prêmio de Inovação e Criatividade Tecnológica, na categoria “Engenharia”, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Cristina apresentou sua tese de doutorado “Desempenho Estrutural de Painéis Pré-Fabricados com Blocos Cerâmicos”, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFSC, sob a orientação do professor Humberto Ramos Roman.

Segundo Cristina, “é uma oportunidade de divulgar o trabalho, que é totalmente aplicável em habitações de interesse social. Essa premiação representa uma contribuição inovadora para melhorar o Brasil e um reconhecimento pelos meus anos de estudo.”

Em sua primeira edição, o prêmio faz parte do projeto 75 anos do Sistema Confea/Crea e Mútua e busca incentivar a cultura da criatividade e da inovação. Foram contempladas duas modalidades de participação: trabalhos de pesquisa e desenvolvimento em dissertações de mestrado, teses de doutorado ou pós-doutorado, e pesquisas de criação, materializados em produtos patenteados ou patenteáveis, apresentados em forma de projeto.

A entrega da medalha foi realizada no dia 3 de dezembro, durante a abertura oficial da World Engineer Convention (WEC 2008), em Brasília, pelo engenheiro civil Marco Túlio de Melo, presidente do Confea, e pela presidente do Crea-DF, engenheira civil Lia Sá.

Universidade divulga os contemplados com o Prêmio Amigo da UFSC

15/12/2008 14:54

Foram divulgados hoje (15/12) os contemplados com o Prêmio Amigo da UFSC. São nove os premiados, distribuídos em três categorias: Técnico-administrativo, Docente e Organização Externa.

Na categoria Técnico-Administrativo foram contemplados Carla Cristina Dutra Búrigo, Elizabete Nunes Duarte e Joi Cletison Alves. Diva Zandomenego, Faruk José Nome Aguilera e Luciano Lazzaris Fernandes foram os premiados na categoria Docente, e para Organização Externa foram escolhidos o Grupo Gaboardi, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e A Associação Amigos do Hospital Universitário (AAHU).

A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada no dia 18/12(quinta), às 19h30, no Auditório do Centro de Cultura e Eventos, e será o ponto alto da solenidade de comemoração dos 48 anos da UFSC.

Dentro da programação também serão homenageados os servidores técnico-administrativos e docentes que se aposentaram em 2008, além de serem empossados os novos diretores e vice-diretores dos Centros de Ensino. Haverá ainda apresentação do Concerto de Natal, com o coral Encantos e Vozes do Amanhã.

Dois clássicos do cinema brasileiro: “A Guerra dos Pelados” e “Lance Maior” serão lançados em Florianópolis

15/12/2008 14:20

Com o desfrutável título de “o cineasta brasileiro com mais roteiros publicados” (com este são dez volumes), Annablume Editora (SP) e Editora Imago (RJ), respectivamente, têm a honra de anunciar o lançamento dos roteiros dos longas-metragens, “A Guerra dos Pelados” (1971) e “Lance Maior” (1968), ambos de Sylvio Back, no próximo dia 16 de dezembro, às 19h30, na Livros & Livros (Rua Jerônimo Coelho, 215, Centro, Florianópolis), com a presença do autor.

A edição de “A Guerra dos Pelados” (capa, Carlos Clémen, 182 pág. R$ 30), além de fotos de cena coloridas e poema assinados pelo cineasta e crítico paulista, Jairo Ferreira (1945-2003), vem recheada com três ensaios debatendo a modernidade do filme, escritos, respectivamente, por Cecília Almeida Salles, da PUC/SP (“Da Guerra do Contestado à “A Guerra dos Pelados”), Márcia Motta, da Universidade Federal Fluminense (“Das imagens que antecipam a compreensão”) e Júlio Cabrera, da Universidade de Brasília (“Recordando sem ira”). Completam os “extras” do livro, dois ensaios e o conto, “Tio Coito”, de autoria do próprio Back.

“A Guerra dos Pelados”, filmado em 1970 e lançado nacionalmente um ano depois (e hoje disponível em DVD na “Cinemateca Sylvio Back”, Versátil, São Paulo), permanece o único longa-metragem a ficcionar no cinema episódios da ciclópica, mas sempre esquecida, quando não omitida e menosprezada pela academia, Guerra do Contestado. Um violento conflito de fronteiras e interesses políticos, eclosão messiânica e demanda bélica pela posse da terra, que ensangüentou o interior de Santa Catarina e do Paraná entre 1912 e 1916. Para Back, o Contestado é o movimento social mais soterrado do inconsciente coletivo nacional da luta do homem do campo no século XX.

LANCE MAIOR

A publicação do roteiro de “Lance Maior” (186 pág. R$ 30) coincide com os quarenta anos do lançamento nacional do filme que, no recente Festival de Brasília, foi alvo de homenagens, inclusive, sendo exibido na noite de encerramento do certame.

Foi no Festival de Brasília de 1968 que o longa-metragem ganhou seus dois primeiros prêmios, o de “melhor atriz” (Irene Stefânia) e o de “melhor cartaz”, feito pelo arquiteto e designer catarinense, Manoel Coelho, hoje radicado em Curitiba, autor, também, da capa deste edição comemorativa do roteiro.

O livro contém ensaio de Rosane Kaminski, da UPPR, sobre o filme, ela que este ano doutorou-se na USP com a tese, “Poética da angústia: história e ficção no cinema de Sylvio Back”, e dois textos de Back, um deles sobre roteiro e outro biografando o fotógrafo do filme, Hélio Silva (“Uma doce luz brasileira”), igualmente responsável pelas fotos de cena, a maioria reproduzida num caderno especial.

Adiante reprodução da orelha do roteiro de “Lance Maior”, assinado pelo editor da Imago, Eduardo Salomão.

“Geralmente, roteiro vem a lume depois de filmado. Um texto, muitas vezes cifrado com termos da carpintaria da filmagem, mas onde ocorre uma recaptura de seu berço literário, acabando por desvelar (ou esconder!) a transmutação dele para outro código. É quando então nos damos conta de estar lendo e lidando com suportes estéticos absolutamente independentes, melhor, interdependentes”.

Cinema é visibilidade, literatura, invisibilidade, nas palavras de Sylvio Back, o autor, com Oscar Milton Volpini e Nelson Padrella, deste volume com o argumento/roteiro completo de “Lance Maior” (1968), recheado de alguns inusitados “extras”, para usar o jargão do DVD. Inclusive, com um caderno de sensíveis imagens em preto-e-branco clicadas pelo fotógrafo do filme, Hélio Silva, uma homenagem póstuma a um mestre da fotografia de cinema do país.

Já é público e notório que a estante de roteiros no Brasil é rarefeita, aliás, na contramão do que ocorre na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, por exemplo. Back, ele próprio, diretor de “Lance Maior”, é um campeão de títulos publicados. Entre livretos e livros de curtas e médias-metragens, como de dez longas, sua biblioteca ascende a mais de uma dezena. E a Imago, orgulhosamente, alinha-se entre seus editores, tendo assinado nos dois últimos anos os roteiros de “Aleluia, Gretchen” e de “Lost Zweig” (este, bilíngüe, português/inglês), ambos auspiciosamente recepcionados pelo público e pela mídia.

Publicando agora o roteiro de “Lance Maior”, longa-metragem rodado em Curitiba (PR) no emblemático 68 e, ao longo dos seus quarenta anos de sobrevida, transformado em filme cult do nosso cinema, estamos conscientes da relevância de disponibilizar aos nossos fiéis leitores mais esta criação da obra de Back, um dos mais premiados cineastas brasileiros.”

Sobre o autor

Sylvio Back é cineasta, poeta, roteirista e escritor. Filho de imigrantes, pai húngaro e mãe alemã, é natural de Blumenau (SC). Ex-jornalista e crítico de cinema, autodidata, iniciou-se na direção cinematográfica em 1962, tendo escrito, dirigido e produzido até hoje 36 filmes, entre curtas, médias e dez longas-metragens, esses, a saber: “Lance Maior” (1968), “A Guerra dos Pelados” (1971), “Aleluia, Gretchen” (1976), “Revolução de 30” (1980), “República Guarani” (1982), “Guerra do Brasil” (1987), “Rádio Auriverde” (1991), “Yndio do Brasil” (1995), “Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro”

(1999) e “Lost Zweig” (2003).

Publicou vinte livros entre poesia, ensaios e os roteiros dos filmes, “Lance Maior”, “Aleluia, Gretchen”, “República Guarani”, “Sete Quedas”, “Vida e Sangue de Polaco”, “O Auto-Retrato de Bakun”, “Guerra do Brasil”, “Rádio Auriverde”, “Yndio do Brasil”, “Zweig: A Morte em Cena”, “Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro” (tetralíngüe), “Lost Zweig” (bilíngüe) e “A Guerra dos Pelados”.

Obra poética: “O caderno erótico de Sylvio Back” (Tipografia do Fundo de Ouro Preto, Minas Gerais, 1986); “Moedas de Luz” (Max Limonad, São Paulo, 1988); “A Vinha do Desejo” (Geração Editorial, SP, 1994); “Yndio do Brasil” (Poemas de Filme) (Nonada, MG, 1995); “boudoir” (7Letras, Rio de Janeiro, 1999); “Eurus” (7Letras, RJ, 2004); “Traduzir é poetar às avessas” (Langston Hughes traduzido) (Memorial da América Latina, SP, 2005), “Eurus” bilíngüe (português-inglês) (Ibis Libris, RJ, 2006); “kinopoems” (@-book) (Cronópios Pocket Books, SP, 2006); e “As mulheres gozam pelo ouvido” (Editora Demônio Negro, SP, 2007).

SERVIÇO:

O QUÊ: Lançamento dos roteiros dos longas-metragens, “A Guerra dos Pelados” (1971) e “Lance Maior” (1968), ambos de Sylvio Back, com a presença do autor.

QUANDO: Dia 16 de dezembro de 2008, terça-feira, às 19h30.

ONDE: Livros & Livros (Rua Jerônimo Coelho, 215), Centro, Florianópolis-SC

QUANTO: Evento aberto ao público

CONTATO: Livraria (48) 3028-6244

A atividade conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Arte (Secarte) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC, em Apoio de Divulgação.

Florianópolis sedia Congresso Internacional da Biosfera Urbana

15/12/2008 11:26

A Associação FloripAmanhã promove até amanhã (16 de dezembro) o 1º Seminário Internacional de Reservas da Biosfera em Ambientes Urbanos, no Hotel Maria do Mar. O objetivo é promover o debate sobre o desenvolvimento sustentável baseado na harmonia entre homem e meio ambiente nas cidades.

O governo de Santa Catarina foi representado na abertura do evento pelo Prof. Diomário Queiroz, presidente da Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina).

O Seminário Internacional reúne participantes ilustres, entre eles Miguel Clusener, coordenador para América Latina e Caribe do Programa Homem e a Biosfera; Sergio Guevara, presidente do IBEROMAB; Clayton Lino, presidente do Conselho Nacional das Reservas de Biosfera de Mata Atlântica; e Ruben Pesci, presidente da Fundação CEPA. Serão apresentados projetos de Reserva da Biosfera Urbana em países da América Latina, na Espanha e na África.

Há mais de 400 lugares no planeta que tem algum tipo de Reserva da Biosfera. A declaração, por parte da UNESCO, de que certa área merece o título, tem sido um instrumento importante para a conservação ambiental a ecossistemas como a Mata Atlântica, na zona costeira brasileira. Na região se situam cinco das nove metrópoles do país, o que compromete a floresta.

Aproveitando a experiência da Reserva da Biosfera da Mata Atântica, Florianópolis foi a primeira cidade a apresentar a UNESCO uma proposta de Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano.

A Ilha de Santa Catarina tem boa parte do seu território coberto por unidades de conservação e áreas de importância ecológica. A urbanização da capital vem crescendo nas últimas décadas e a malha urbana se expande, pressionando os remanescentes naturais.

Em março de 2008 uma comitiva de Florianópolis representou o governo do Estado de Santa Catarina, a Prefeitura Municipal, a UFSC e o Comitê Estadual da RBMA no seminário “De las Reservas de Biosfera al Desarrollo Sustentable, Subtítulo: Experiencias de FLACAM (Foro Latinoamericano de Ciencias Ambientales) en formulación y manejo de reservas en constelación y reservas en ambiente urbano”, em Madri. Seus membros apresentaram o projeto idealizado para a capital. Deste encontro surgiu a diretriz da UNESCO de realizar um Congresso Internacional de reservas de biosfera em ambiente urbano, na sede do projeto piloto.

Seis décadas da Declaração Universal dos Direitos Humanos

15/12/2008 11:07

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Este é o primeiro dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, muito lembrado nas comemorações dos 60 anos da Declaração. Um desses atos foi realizado na manhã do dia 10 no auditório da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Promovido pelo Núcleo de Educação Intercultural e Movimentos Sociais da UFSC, em parceria com a Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares (ACCT), o Instituto Geração Criança (IGC) e outras organizações, do evento participaram também estudantes secundaristas e grupos folclóricos e musicais de comunidades afro-brasileiras e indígenas, que realizaram apresentações artísticas, simbolizando a diversidade cultural dos povos.

Com o lema “iguais na diferença, do respeito surge a paz”, os organizadores montaram um mosaico no saguão da reitoria com peças trazidas de várias comunidades. Cinqüenta mil cartilhas produzidas na Imprensa Universitária estão sendo distribuídas nas escolas da região. Um vídeo foi exibido com animações gráficas alusivas aos 30 artigos da Declaração. O audiovisual foi produzido por artistas de vários países e narrado por alunos da UFSC. Tudo isto faz parte da campanha de conscientização denominada “Investida pela respeito e pela paz”.

Na cerimônia de abertura, o professor Luiz Antonio Ryzewski, coordenador da atividade, disse que a declaração é muito importante por contemplar cada sujeito com direitos que necessitam ser reconhecidos. Considera um dever de todos cumpri-la. “Somos agentes e vigilantes do respeito e da paz”, afirmou.

Paulo Vendelino Kons, presidente da Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares e do Instituto Geração Criança, explicou experimentar um “sentimento de inquietude, ao perceber a distância entre o que foi proclamado há 60 anos na singular carta e a realidade vivenciada em nossas comunidades, no Brasil e no Mundo”. O presidente da ACCT e do IGC também criticou a ditadura dos meios de comunicação que não estão a serviço da cultura da paz. “O respeito à Declaração significa um mundo mais justo e que proporciona às mesmas condições para todos. Quanto mais os direitos humanos forem divulgados e conhecidos, maior será a sua exigibilidade. O conteúdo da Declaração, porém, só terá efeito quando fizer sentido nas nossas vidas”, finalizou Paulo Kons.

Sueli Amália de Andrade, assessora educacional na Secretaria de Educação de Florianópolis, considera que a paz não é somente a ausência de guerra, mas a resignação e o respeito às diferenças. O pró-reitor de Assuntos Estudantis da UFSC, Cláudio Amante, acredita que a data deve ser comemorada todos os dias, como forma de ajudar a cumprir nossos direitos e deveres na sociedade.

Longo caminho percorrido – Para que todos tenham direitos estabelecidos e garantidos por lei, um longo caminho foi percorrido. Há muito tempo os cristãos já pregavam a idéia de que todos os homens são iguais perante a Deus. Filósofos como Platão, Aristóteles e Heráclito propagavam aos quatro cantos o Direito Natural, defendendo a idéia de que os homens já nascem com determinados direitos, inerentes à natureza, simplesmente pelo fato de serem homens. E com o passar dos anos os direitos dos homens continuaram a ser discutidos.

Os racionalistas ampliaram ainda mais a idéia dos direitos ao acreditarem que os homens eram livres por natureza e seus direitos, inatos, não podem ser descartados quando em sociedade. Essas correntes continuaram a evoluir com o passar dos anos e muitos desses pensamentos acabaram virando documentos de verdade, como a Magna Carta, em 1215, que limitava o poder dos monarcas ingleses e teve papel fundamental na criação da Constituição dos EUA, aprovada em 1787.

Porém, o momento mais importante da história dos Direitos Humanos se deu entre os anos de 1945 e 1948. Durante a 2ª Guerra Mundial o homem não soube o que era direito e, se tinha algum, deixou de tê-lo. Com o término da guerra, em 1945, os países uniram-se buscando restabelecer a paz mundial. Para tanto, 192 países assinaram a Carta das Nações Unidas e criaram a Organização das Nações Unidas (ONU), em 24 de outubro desse mesmo ano. O principal objetivo da ONU era, além do restabelecimento da paz, evitar uma nova guerra mundial.

Assim, no dia 10 de dezembro de 1948, durante a realização da Assembléia Geral das Nações Unidas, em Paris, foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que entre outros importantes tópicos destaca:

• o direito à vida e nacionalidade;

• a liberdade de pensamento, consciência e religião;

• o direito ao trabalho e à educação;

• o direito à alimentação e habitação;

• e o direito de fazer parte de um governo.

Mais informações:

* Luiz Antônio Ryzewski, telefones (48) 9985-8270 e 3721-8702, e-mail luiz.antonio@grad.ufsc.br ou violencianao@yahoo.com.br

* Paulo Vendelino Kons – Presidente da Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares (ACCT) e do Instituto Geração Criança (IGC), fones (47) 9997-9581 e 3251-1863, e-mail acct@pmbrusque.com.br e acct.regionais@gmail.com

Conselho Superior analisa perspectivas e define metas para CT&I

15/12/2008 10:39

O Conselho Superior da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) faz sua última reunião do ano na próxima quarta-feira, dia 17, das 9h às 12h, no auditório do Celta, em Florianópolis.

Segundo seu presidente, Amtônio Diomário de Queiroz, será apresentado o relatório do desempenho da fundação em 2008 e haverá um debate sobre perspectivas, planos, programas e metas para o novo ano.

O ex-reitor da UFSC adianta que o ano foi bom para a ciência, a tecnologia e a inovação do Estado. Acredita que 2009 somente será melhor caso houver a regulamentação da Lei da Inovação Catarinense, que garantiria, por exemplo, o cumprimento da Constituição Estadual, fazendo valer a destinação de, pelo menos, 2% da arrecadação líquida de impostos para o setor.

O Conselho Superior é formado por representantes de entidades científicas, institutos, fundações e universidades. O reitor da UFSC tem assento naquela instância.

Mais informações com Diomário de Queiroz pelos fones 3215-1210, 3215-1212 e 9963-2200.

Especial Enchentes: Trauma da tragédia atinge adultos e crianças

15/12/2008 10:21

Fotos: Juliana Kroeger

Fotos: Juliana Kroeger

Já faz 19 dias que as chuvas arrasaram seu bairro, na Pedra de Amolar, nas encostas do Morro do Baú, mas Carla Laís Schmitt, 15 anos, ainda não consegue dormir. Separada da mãe, que preferiu ficar mais perto de casa, com o tio, e do pai, que está viajando, ela se encontra fora de perigo, abrigada por amigos no centro de Ilhota, o município mais atingido pelas cheias em Santa Catarina, mas tem sinais visíveis de trauma psicológico. Quando a chuva reinicia, a cada minuto ela apóia a palma da mão aberta sobre o assoalho pra sentir se há umidade. Por experiência, sabe que depois de a água entrar em casa é questão de poucos minutos pra tudo ficar submerso. “Tenho medo de dormir”, revela.

Enquanto seleciona cabisbaixa produtos de higiene pessoal entre as toneladas de donativos do Centro de Recolhimento e Triagem da Defesa Civil, as cenas do dia da tragédia passam como em um filme pelos olhos tristonhos dessa menina de descendência alemã. Eram 21h30min de domingo, quando ouviu um estrondo de origem ignorada. Na escuridão total, ela e o irmão deixaram a casa com água pelo pescoço e se refugiaram na propriedade de amigos. No caminho, bateram-se em rochas e feriram-se no roseiral. Ela fala das manchas roxas que ainda lhe cobrem as costas e as pernas. Pela manhã, retornaram à residência dos pais e o que viram? “O morro tinha desabado sobre nossa casa e a dos vizinhos. Nunca vi uma coisa dessas, nem em filme”.

Ser professora em outra cidade – Seu drama pessoal é apenas engate para lembrar o drama de pessoas próximas, todas enredadas em histórias tão ou mais trágicas do que a sua, porque marcadas pela morte. Foram 15 perdas, entre amigos e parentes soterrados ou levados pela correnteza. É o avô que morreu com o neto nos braços, a mulher grávida atingida por uma viga, dois amigos lançados contra o morro, três famílias inteiras soterradas, a colega de aula que bateu a cabeça contra uma rocha… Sem experiência com outras enchentes, Carla quer esquecer o que houve e reconstruir a vida. Sonha em concluir o ensino médio e estudar para ser professora, mas bem longe de Ilhota.

Pouco distante dali, no abrigo de Baú Baixo, Altino Richartz, 59 anos, agricultor, também vaga de um lado para outro como Carla. Seus olhos estão vidrados de pavor. Trazem a marca de quem sofreu a violência de perder, no mesmo dia, oito membros da família. Faz questão de discriminar todos eles, com precisão e objetividade. Em sua propriedade, morreram a mulher e a filha, de 27 anos, ao lado de quem permaneceu por nove horas aguardando socorro. Ela teve a perna presa sob a laje e conseguiu pedir ajuda pelo celular, mas faleceu a caminho do hospital. O irmão, o filho e a mulher foram soterrados em outra casa e o genro, mais uma filha e o neto, em uma terceira. Perdeu a casa e o terreno no Braço do Baú e não tem idéia por onde vai recomeçar a vida. “Ronca trovoada fico todo arrepiado”, diz esse homem de poucas palavras e olhar assustado.

Richart predominam na lista de desabrigados – Afixada na entrada desse alojamento, uma lista estampa os nomes de 285 desabrigados de Ilhota. Pelo menos um terço deles pertence à família Richart ou Richartz e outras variações de grafia para os integrantes do mesmo tronco. Deste total, 150 fazem refeições no local e retornam para casa à noite e 70 estão alojados em tempo integral porque suas residências estão interditadas pela defesa civil. A maioria retornou ao trabalho na segunda-feira passada, dia 8, segundo Márcio Fábio, enfermeiro do Programa de Saúde Familiar, que coordena o abrigo. Uma turma de voluntários paulistas promove atividades de entretenimento para as 32 crianças, que estão de férias com o encerramento forçado do ano letivo, mas não há suporte psicológico para os adultos. Os parentes e amigos demonstram preocupação e respeito com Altino, cuja dor acreditam ter uma dimensão maior do que a deles. Com o aparecimento de um surto de diarréia e o registro de 38 de casos, a equipe da Vigilância Sanitária do município veio ao abrigo repassar orientações sobre a utilização da água e a higiene pessoal.

O trauma da tragédia não está restrito aos que perderam familiares ou foram diretamente atingidos. As crianças parecem ser as mais sensíveis. No bairro da Velha, paramos para fotografar a paisagem desfigurada de um morro muito íngreme, onde quatro grandes casas de alvenaria desabaram em dois dias. Encontramos Rita de Cássia Reis, 38 anos, moradora de um prédio em frente, caminhando pela calçada. Ela conta que a filha, de 12 anos, ficou muito traumatizada com tudo que viu e olhava a janela a cada cinco minutos com medo de outras casas caírem. Para protegê-la, preferiu que perdesse o ano letivo e mandou-a para São Paulo, onde está fazendo terapia. “Assim ela fica longe desse cenário e dessas lembranças horríveis”.

“Por que vou morrer soterrada?” – No domingo, logo depois do desabamento da primeira residência, que parecia a mais segura, Rita e a filha acompanhavam da sacada a chuva caindo sobre o morro desprotegido e gritavam para as outras famílias que saíssem da área. Nesse dia, a rua foi interditada e a família de Caroline teve que passar a noite fora de casa. Sem conseguir compreender os momentos de pavor que vivia, entre a iminência do morro atravessar o outro lado da rua e engolir tudo em frente e do rio que passa aos fundos transbordar, perguntou à mãe: “O que eu fiz pra Deus; por que vou morrer soterrada?”. A mãe conta que pediu ajuda à defesa civil, mas ouviu que não havia mais nenhum caminhão disponível. “Não tinha o que fazer, estávamos entregues à própria sorte”. Funcionária das Casas Bahia, em Brusque, Rita já comunicou ao marido, que trabalha no bairro, sua decisão: a família não vai permanecer no local, porque da janela do seu apartamento o cenário a faz reviver o terror das cheias. “Até caixão arrancado pelas águas do cemitério aos fundos nós vimos descendo pela rua”.

Difícil medir o tamanho do trauma para o pequeno Júnior Ramos, de 11 anos, que perdeu o amigo de infância da mesma idade, filho do empregado do pai, dono de uma pequena fábrica de lajotas. Seu cenário não é menos desolador: na entrada da rua, no Bairro da Velha, em Blumenau, acumulam-se os entulhos que vieram sendo arrastados desde o alto do morro, formando um enorme aterro sanitário. Em meio aos escombros cobertos de lama, se reconhecem pertences pessoais, bonecas, vasos sanitários e até um computador. Nessa área, 11 casas desabaram e tudo que restou delas foi parar na boca da rua. Em cima é só lama e aterramento de todo tipo de vida…

“Ainda não conseguimos dormir em casa” – Essas casas abrigavam pelo menos seis pequenas empresas de latoaria e facção que empregavam em torno de 70 pessoas. Cinco moradores morreram, entre eles o pequeno Cassiano Lazarino, amigo de Júnior, que morava nos fundos da empresa de seu pai, na casa dos empregados. A família estava em casa orando pelas vítimas das cheias quando ouviram o primeiro estrondo e o pedido de ajuda do empregado Vildomar Lazarino. O patrão, Amarildo Ramos, conseguiu retirar o funcionário e sua mulher, que foi empurrada contra o barranco e fraturou a bacia, mas não encontrou o menino antes da construção desabar. Cassiano só foi localizado no dia seguinte, pelos bombeiros, preso embaixo da geladeira e soterrado pela lama. Quem conta é a mãe de Júnior, Sandra Ramos. “Ainda não conseguimos dormir em casa. Já tentamos, mas quando ouvimos o barulho da chuva tudo vem à tona. Meu filho se culpa por não ter salvado o amigo. Ouve barulho de casas desabando e diz que se estivessem brincando juntos isso não teria acontecido…” O corpo da criança foi levado para o Paraná, de onde é a família, mas a mãe, hospitalizada, não pôde comparecer ao enterro na quarta-feira, 10.

Apesar do prejuízo de R$ 300 mil com a perda do galpão da fábrica, de equipamentos e estoque, Amarildo diz que a grande perda foi a vida dos amigos e dos empregados. Abraça a companheira e diz que vai reconstruir tudo. “Não sou nascido aqui, mas como minha esposa, que é blumenauense, aprendi a ter fibra e força de vontade. Não vamos nos abater, nem perder a auto-estima”. Essa gente que sobrevive das cheias parece ser mesmo feita de outro barro. Comove quando chora e também quando sorri. Emociona quando se entrega à tristeza e quando exibe firmeza e quer dar a volta por cima.

Por Raquel Wandelli/ professora de Jornalismo, editora do jornal-laboratório Fato&Versão e pesquisadora do Programa Hipermídia Aplicada da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); jornalista do Ministério da Previdência e doutoranda em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E-mail: raquelwandelli@gmail.com

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Fotos: Juliana Kroeger

Fotos: Juliana Kroeger

A roseira insiste em continuar de pé, mesmo que dela só reste um semblante coberto de lama, a bem dizer fantasmagórico… Branca de Neve e a maioria dos sete anões, soterrados até o pescoço, resistem também de pé, como se marcando o território povoado pela simbologia infantil dos contos de fadas. Ao seu lado, a esfinge da bruxa má com a maçã envenenada compõe o sinistro cenário que espreita uma seqüência de horrores abatendo-se sobre esse mundo em família. Em volta, uma legião de estátuas de anjos e deuses greco-romanos ainda guarda a morada visivelmente abandonada às pressas pelos habitantes, que parecem não ter tido tempo de erguer seus caprichosos pertences.

Assim como o quintal, cercado pelo exército como área vermelha, a construção de madeira revela uma habitação humilde e pequena que estampa a dignidade e o cuidado próprios da cultura dos imigrantes alemães. Em frente ao muro, uma parede de entulhos de concreto, terra, restos de vegetação e árvores caídas margeiam toda extensão da rua, produzindo uma visão assustadora que contrasta com a cena doméstica pueril. A porta principal, escancarada pela força da lama, deixa entrever e imaginar a vida privada dessa família de agricultores da zona rural de Ilhota, cujo paradeiro os vizinhos desconhecem.

Como uma bomba – Um mundo suspenso de porta-retratos, quadros e lembranças afetivas foi impiedosamente invadido pelas águas e pelo barranco: os quartos, de uma organização impecável, desceram pelo menos um metro do nível do chão, enquanto o assoalho da sala sofreu aclives e declives acentuados, como se uma bomba tivesse explodido por baixo da casa. O sofá de tecido florido foi virado de pernas pra cima e a lama barrou o acesso aos fundos da casa, que perigosamente recosta na soleira do Morro do Baú, condenado pela Defesa Civil. Mais uma chuva de grande volume, outra parte do gigante de barro que habita a montanha pode descer e varrer do mapa os vestígios do que era o bairro mais próspero de Ilhota, o Braço do Baú.

Tudo aos arredores da “casa dos sete anões” concorre para justificar a expressão “cenário de guerra” que os próprios moradores, inclusive as crianças, gostam de repetir com o horror e o susto ainda estampado nos olhos, mas de mangas arregaçadas para o trabalho de reconstrução. Inconformados com a proibição do exército e da defesa civil de terem acesso às suas casas, empresas e lavouras, decidiram não mais esperar pelo sinal verde das autoridades, prometido sempre para o dia seguinte. Com uma fome irrefreável de fazer a vida retomar o seu curso, homens e mulheres ameaçaram na quarta, 10, rebelar-se e mobilizar sua gente recolhida nos abrigos para forçar a entrada na zona de perigo do Morro do Baú. Alegando que o rigor estava se restringindo aos moradores porque forasteiros e profissionais de mídia tinham acesso fácil, conseguiram flexibilizar um pouco a barreira para começar a pôr em ordem suas empresas, supermercados e fábricas situados nos dois quilômetros do primeiro patamar da área interditada.

E foi assim que nossa pequena equipe – formada por Dauro Veras, free-lancer a serviço do jornal Valor Econômico, de São Paulo, a fotógrafa e repórter Juliana Kroeger, correspondente da Caros Amigos, formada em Jornalismo pela Unisul e mestranda em História, o aluno da sexta fase de Jornalismo da Estácio de Sá, Vicente Figueiredo – e eu testemunhamos o primeiro dia do reencontro de alguns habitantes com a realidade de suas vidas após 19 dias do bombardeio de lama e chuva.

Pé descalço para poupar chinelo – Acompanhados por uma chuvinha fina e intermitente e pelo dono de confecção de toalhas profissionais Nelson Richarts, conseguimos ultrapassar por duas horas a barreira militar da zona vermelha com nossas galochas, câmaras fotográficas e olhar de perplexidade. Os relatos que trazemos a partir de hoje reverenciam a fibra e o espírito comunitário inigualável dessa gente que sobreviveu à tragédia. As histórias que se seguem são dedicadas especialmente a esse humilde empresário-guia que, com o pé descalço sobre a lama para poupar o chinelo de dedo, lavou nossas galochas para que prosseguíssemos com mais conforto a missão jornalística rumo aos abrigos de Baú Baixo e, no dia seguinte, em direção aos bairros destruídos de Blumenau. Ele próprio nos deu, com seu exemplo de humildade e obstinação, a certeza que queríamos: essa gente que planta contos de fada no quintal só precisa de um pouco de apoio dos governos e do sistema financeiro, outro tanto de autonomia de organização para que, por seus próprios méritos, em pouco tempo consiga reconstruir a paz, à beira da montanha ou em outro lugar.

Por Raquel Wandelli/ professora de Jornalismo, editora do jornal-laboratório Fato&Versão e pesquisadora do Programa Hipermídia Aplicada da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); jornalista do Ministério da Previdência e doutoranda em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E-mail: raquelwandelli@gmail.com

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Trauma da tragédia atinge adultos e crianças

Bolsas de estudos para alunos carentes da bacia carbonífera

12/12/2008 10:40

A partir de hoje (11) Instituições de Ensino e Pesquisa sediadas na região da bacia carbonífera catarinense podem concorrer a 69 bolsas de estudo voltadas à valorização do carvão mineral para alunos carentes de nível médio, técnico ou superior. Para viabilizar o auxílio, um total de R$ 264 mil será repassado via chamada pública pela Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina).

As bolsas variam de R$200 a R$400 por mês e elas serão concedidas a estudantes oriundos de famílias cujas rendas familiares não excedam a um salário mínimo e meio per capita e que preencham outros requisitos da Chamada Pública 006/2008. Por exemplo, cada aluno deverá dispor de 20 horas semanais para executar ou acompanhar as atividades de pesquisa a serem realizadas na bacia carbonífera de SC. Os universitários ou de nível técnico devem estar matriculados em cursos de desenvolvimento tecnológico, inovação e sustentabilidade do setor carbonífero catarinense ou áreas afins.

Até 2 de abril de 2009, a Fapesc receberá propostas de Instituições de Ensino Médio, Técnico e Superior, de direito público e privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como de utilidade pública estadual, com fins estatutários de ensino ou pesquisa e preferencialmente com atuação ligada ao carvão mineral.

A divulgação dos resultados dos projetos aprovados quanto ao mérito sairá no Diário Oficial do Estado e na homepage da Fapesc em 11 de maio de 2009. Se houver recursos administrativos, ambos os veículos apresentarão os resultados finais uma semana depois. A liberação dos recursos está prevista para 21 de maio do mesmo ano.

Informações adicionais no //www.fapesc.sc.gov.br/arquivos/11122008CP-006-2008-bolsa.pdf

Por Heloisa Dallanhol/Fapesc

Fórum internacional na UFSC discute situação dos transplantes

12/12/2008 10:10

Nos próximos dias 18 e 19 de dezembro acontece no Auditório da Reitoria da UFSC o “I Fórum Internacional de Coordenadores de Transplantes do Brasil”. O evento, organizado pela SC Transplantes, e que tem sua abertura marcada para às 15h30min, contará com as presenças de especialistas como Agenor Spallini Ferraz, de São Paulo; Ben-Hur Ferraz Neto (HIAE), de São Paulo; Carmen Segovia Gómez, da Organización Nacional de Trasplantes (O.N.T), da Espanha; Eliana Barbosa de Almeida (CNCDO), do Ceará; Inês Alvarez, do Instituto Nacional de Donación y Trasplantes (INDT), do Uruguai; Janine Schirmer (UNIFESP), de São Paulo; José Luis Rojas, da Corporación de Trasplante, do Chile; Juan Galán Torres, do Hospital Universitário La Fé, de Valência-Espanha; Luiz Augusto Pereira (CNCDO), de São Paulo; Martin Torres, do Instituto Nacional Central Coordinador Único de Ablación e Implante (INCUCAI), da Argentina; Raul Mizraji (INDT), do Uruguai; Selma Loch, de Florianópolis e Valter Duro Garcia, da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.

Fazem parte da programação palestras sobre a “Situação dos Transplantes no Brasil frente ao Cenário Internacional”; “O modelo espanhol de coordenação de transplantes e sua tradução para a Ibero América e outras partes da Europa” e ainda “O Estado da Arte das más notícias e da entrevista familiar para a doação de órgãos e tecidos”.

A SC Transplantes – Central de Captação, Notificação e Distribuição de Órgãos e Tecidos de Santa Catarina – foi criada pelo Decreto Estadual nº 553, de 21 de setembro de 1999, e atualmente é uma gerência da Superintendência de Serviços Especiais e Regulação da Secretaria de Saúde de Santa Catarina, estado onde são realizados transplantes de córnea, esclera, coração,válvula cardíaca, fígado, rim, pâncreas, conjugado rim/pâncreas, medula óssea autólogo e tecido ósteo-condro-fásico-ligamentoso.

Para a realização do evento, a SC Transplantes contou com vários colaboradores: Universidade Federal de Santa Catarina, Associação Amigos do Hospital Universitário, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, SUS, Secretaria de Estado da Saúde e do Governo do Estado de Santa Catarina.

Interessados podem inscrever-se através do site:http://sctransplantes.saude.sc.gov.br

Por Celita Campos/jornalista na Agecom

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UFSC recebe coordenação da Rede Guarani-Serra Geral

12/12/2008 10:03

Aqüífero: megaprojeto

Aqüífero: megaprojeto

No dia 16, terça-feira, das 15h30min às 16h30min, o reitor da UFSC em exercício, Carlos Alberto Justo da Silva, (o Paraná), participa de reunião com a equipe de coordenação do Projeto Aqüífero Guarani-Serra Geral, que deve ser contemplando por mais R$ 7 milhões através de emenda coletiva apresentada pelo Fórum Parlamentar Catarinense. O megaprojeto visa a preservar e utilizar de forma sustentável a rede Guarani-Serra Geral, que abriga um dos principais reservatórios subterrâneos de água doce do mundo.

Além do Governo do Estado e do Governo Federal, envolve, entre outras universidades, a UFSC, a Uniplac e a Unoeste. Também integram a iniciativa a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado (Fapesc), a Fundação José Arthur Boiteux (UFSC) e fundações congêneres do Paraná e Rio Grande do Sul. Na reunião com a reitoria da UFSC deve ser definido um maior engajamento institucional e ampliada a participação da comunidade científica.

O reitor da UFSC, Alvaro Prata, tem citado o projeto como um dos mais relevantes do País, considerando as características de ser interdisciplinar, multiinstitucional e estratégico para o futuro do Estado e do Brasil. A sede do megaprojeto deve ser decidida no mesmo encontro. As opções são a Fapesc ou a própria UFSC.

Conselho Universitário da UFSC se reúne hoje (16/12)

12/12/2008 09:49

Conselho Universitário da UFSC se reúne nesta terça, 16 de dezembro, às 9h, na Sala Professor Ayrton Roberto de Oliveira, na Reitoria.

As pautas para serem apreciadas são: recredenciamento da Fundação Boiteux;proposta de Calendário Escolar para os cursos de graduação, referente ao primeiro e segundo períodos letivos de 2009; programa de Serviço Voluntário do Hospital Universitário da UFSC e indicação de representante do CUn no Comitê do Programa de Incubadoras da UFSC

Por Alita Diana/jornalista da Agecom

com informações do CUn

tel: 3721-9522

Mais informações acesse:

site do CUn.

Para acompanhar acesse o link Transmissão ao Vivo

Vigilante da UFSC exibe presépio de Natal no Campus

11/12/2008 11:41

Foto:Jones João Bastos

Foto:Jones João Bastos

Barba-de-velho, folhas verdes e uma natalina dose de criatividade. Com esses materiais, Hélio Acelino dos Santos, de 64 anos, vigilante do quadro do Departamento de Segurança Física e Patrimonial da UFSC, admitido em 2 de agosto de 1976, recria o nascimento de Cristo e reforça o espírito do Natal no Campus Universitário.

O trabalho já tem o reconhecimento da comunidade universitária, o que pode ser conferido com o número de visitantes que contemplam a obra em frente ao prédio do Departamento, próximo à Prefeitura Universitária.

UFSC comemora 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

10/12/2008 12:45

Foi no dia 10 de dezembro de 1948 que os países membros da Organização das Nações Unidos assinaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Contendo 30 artigos principalmente em defesa da liberdade e da paz, a declaração representa um ideal a ser atingido pelos povos do planeta. Para celebrar a data o Mover – Núcleo de Educação Intercultural e Movimentos Sociais da UFSC – promoveu um evento na manhã desta quarta-feira (10/12) no auditório da Reitoria.

Com o lema “iguais na diferença, do respeito surge a paz”, os organizadores reuniram estudantes secundaristas e grupos folclóricos e musicais de comunidades afro-brasileiras e indígenas, para apresentações artísticas simbolizando a diversidade cultural dos povos. Um mosaico foi montado no saguão da reitoria com peças trazidas de várias comunidades. Cartilhas foram distribuídas e um vídeo foi exibido com animações gráficas alusivas aos 30 artigos da Declaração. O audiovisual foi produzido por artistas de vários países e narrado por alunos da UFSC. Tudo isto faz parte da campanha de conscientização denominada “Investida pela respeito e pela paz”.

Na cerimônia de abertura, o professor Luiz Antonio Ryzewski, organizador do evento, disse que a declaração é muito importante por contemplar cada sujeito com direitos que necessitam ser reconhecidos. Considera um dever de todos cumpri-la: “somos agentes e vigilantes do respeito e da paz”.

Paulo Vedelino Kons, presidente da Associação Catarinense dos Conselhos Tutelares, disse que temos um sentimento de inquietude sobre o que foi proclamado há 60 anos na singular carta: “ainda estamos distantes, nossa liberdade é violentada diariamente através da ditadura dos meios de comunicação que não estão a serviço da cultura da paz”.

Sueli Amália de Andrade, assessora educacional na Secretaria de Educação de Florianópolis, considera que a paz não é a ausência de guerra, mas a resignação e o respeito às diferenças.

O Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, Cláudio Amante, acredita que a data deve ser comemorada todos os dias, como forma de ajudar a cumprir nossos direitos e deveres na sociedade.

Mais informações com o professor Luiz Anotnio Ryzewski, telefones 99858270, 3721-8702; luiz.Antonio@grad.ufsc.br ou violencianao@yahoo.com.br

Por Paulo Fernando Liedtke/Agecom

Gincana do conhecimento mobiliza o bairro do Pantanal

10/12/2008 12:25

Certificado pela participação

Certificado pela participação

Cerca de 120 idosos participaram, recentemente, do encerramento das atividades dos grupos de terceira idade do bairro do Pantanal, em Florianópolis. Este ano a programação contou com uma gincana cultural, envolvendo também os moradores do bairro. A partir dos grupos, sete equipes foram montadas e responderam perguntas relacionadas aos assuntos apresentados por palestrantes durante o semestre como direito do idoso, processo de envelhecimento, doenças sexualmente transmissíveis, lazer, saneamento básico, atividades físicas, empreendedorismo, entre outras.

As equipes União, Confiança, Respeito, Solidariedade, Perseverança, Humildade e Sabedoria se reuniram no auditório do teatro da Igrejinha, da UFSC. Essa é a primeira atividade de gincana realizada com os idosos do Pantanal. Os grupos realizam seus encontros no Conselho Comunitário do bairro e são coordenados pela psicóloga Maria Madalena Vieira. Os trabalhos contam agora com a colaboração de uma equipe multidisciplinar formada por docentes dos Centros de Ciências da Saúde, Ciências Jurídicas, Ciências Agrárias e de Desportos, através do projeto vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC.

Coral do NETI encerrou o evento

Coral do NETI encerrou o evento

O encerramento da programação contou com a participação do coral do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI) e do jornalista Mário Mota. Marcando o fim das atividades de 2008, cada participante recebeu um certificado. Para o próximo ano já está sendo preparada uma programação com novos temas.

Outras informações podem ser obtidas com Maria Madalena Vieira, 9963.9090.

Por José Antônio de Souza/jornalista na Agecom

Fotos: Nilson José da Silva

Hidroponia se expande no Brasil

10/12/2008 10:16

Com pouca literatura disponível, cursos superiores focados no plantio tradicional e um mercado ainda restrito, especialmente no sul do País, os encontros periódicos de hidroponia são o principal instrumento de reciclagem e atualização de que dispõem muitos produtores pelo Brasil afora. “É aonde o setor vai avançando”, diz o professor Jorge Barcelos, coordenador do 3º Encontro Brasileiro de Hidroponia, realizado em novembro em Florianópolis. O evento trouxe ao Estado produtores, consultores, pesquisadores e empresas fornecedoras de insumos e equipamentos para discutir aspectos como a produtividade, comercialização, redução de custos e manejo de pragas no cultivo hidropônico. A organização ficou sob a responsabilidade da Projecter Consultoria, Idéias e Projetos (www.projecter.com.br, fone (48) 4052-9052).

A hidroponia é definida como uma técnica alternativa de cultivo em ambiente protegido, na qual o solo é substituído pelas soluções nutritivas, onde estão contidos todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. Existem vários sistemas de cultivo – que contemplam também forragem e plantas ornamentais e frutíferas –, que se diferem quanto à forma de sustentação da planta (meio líquido e substrato), ao aproveitamento da solução nutritiva e ao modelo de fornecimento dessa solução. Na maior parte dos casos, as plantas ficam suspensas, sendo alimentadas por nutrientes na medida certa, de forma a permitir seu correto desenvolvimento.

Atividade ainda pouco expressiva no sul do Brasil, onde há água em abundância e poucos técnicos ou agrônomos com conhecimento sobre a atividade, a hidroponia ganha cada vez mais espaço em outras regiões do país. Trata-se de um cultivo que se impõe pelo caráter familiar do negócio, baixo consumo de água, pequeno impacto sobre o meio ambiente, maior durabilidade em relação ao produto convencional, maior resistência da planta a pragas e doenças, uniformidade da produção e a possibilidade de fornecer à planta todos os elementos de que necessita para se desenvolver num ciclo curto, limpo e rentável.

No encontro de Florianópolis, havia gente de todos os Estados e até de países vizinhos, cada um dando seu testemunho sobre conquistas e percalços, resultados e técnicas refinadas ou empíricas que aplicam no dia-a-dia. Há produtores no país fornecendo 3.000 maços de alface por dia a restaurantes e empresas com cozinha industrial. Por outro lado, o setor não é organizado, o que reduz o seu poder de barganha e a tabulação de dados e estatísticas mais precisas sobre a sua participação do bolo do agronegócio.

Para fornecer subsídios aos produtores e interessados em entrar na atividade, o Centro de Ciências Agrárias da UFSC realiza três cursos por anos – em março, junho e novembro – e mantém uma horta hidropônica no bairro Itacorubi, na capital catarinense. Assim como o professor Barcelos, o consultor Pedro Furlani, um dos grandes especialistas em hidroponia no País, destaca as vantagens do segmento, entre os quais o fato de não poluir as águas subterrâneas, a resistência das plantas às intempéries e o alto valor nutricional do produto.

Novas fronteiras – Presente no congresso, o agrônomo e produtor gaúcho Carlos D’Agos-tini qualifica a hidroponia como a “horticultura moderna” e diz que ela vai instituir a “agricultura urbana” no Brasil, pelo tipo de mercado que atende e pela possibilidade de trabalhar com áreas diminutas – vantagens logísticas que não contemplam outras atividades ligadas à produção de alimentos. Estabelecido em Rio Branco, no Acre, ele já vendeu 7,5 milhões de maços de alface, abriu uma central de distribuição em Manaus, trabalha com funcionários formados ou cursando a faculdade e com um sistema informatizado de planilhas que agiliza seu processo de produção e vendas.

Depois de vencer numa região pouco habituada ao consumo de verduras e hortaliças, D’Agostini acumulou conhecimento suficiente para dizer que a hidroponia reúne “pelo menos 17 vantagens” em relação aos sistemas convencional e orgânico (ver parte delas no quadro). Como ele, Weber Antonio Velho e Adauto Venério, há 13 anos no ramo, abriram fronteiras em Porto Velho, Rondônia, onde as doenças da população relacionadas a amebas caíram na mesma proporção da troca das hortaliças convencionais pelas hidropônicas. A demanda é tão grande que o investimento inicial – cerca de R$ 60 mil, em média – pode ser recuperado em poucos meses.

Outro produtor presente no encontro foi Márcio Silva, de Criciúma, que cultiva alface, rúcula e agrião para distribuir em restaurantes da cidade. Um dos poucos produtores entre Florianópolis e a divisa com o Rio Grande do Sul, ele chegou a desistir do negócio, pelas dificuldades técnicas e de mercado encontradas, mas voltou seis meses depois e hoje custa a dar conta da demanda na área que atende.

Mesmo que o preço seja maior que o das verduras plantadas na terra – na proporção de R$ 1,25 para R$ 1,00, em média –, os produtores e especialistas ressaltam que há muitas vantagens nutricionais e ambientais na hidroponia. “Ecologicamente, mata a pau”, brinca o agrônomo D’Agostini, para quem o consumo de água é dez vezes maior no cultivo tradicional. “É um trabalho mais limpo, que não mexe com a terra e, por isso, atrai mais os jovens de hoje”, emenda o consultor Pedro Furlani, do Instituto Agronômico de Campinas (SP). “Imune a intempéries, o sistema faculta o preparo da solução mais equilibrada para a planta e o uso do resto da propriedade para outras culturas ou atividades mais perenes”, completa.

No interior da Ilha – Há quatro anos, decidido a trabalhar por conta própria, o engenheiro agrônomo Mário Antenor Coelho Jr. comprou uma área em Ratones, interior da Ilha de Santa Catarina, para implantar uma horta hidropônica. Inicialmente com um sócio, depois sozinho e com apenas um funcionário, ele precisou se recuperar dos prejuízos de um vendaval, em 2005, e enfrentar o pouco interesse do mercado, mas com persistência foi consolidando seu negócio, que hoje abastece 14 restaurantes, lanchonetes e supermercados de Florianópolis. Sua produção é pequena – cerca de seis mil pés de alface e três mil de rúcula –, mas deve ser dobrada em 2009, com a construção de novas estufas e a contratação de mais dois ajudantes.

“Adoro o que faço”, garante o agrônomo, ressaltando que “o sabor das plantas hidropônicas não tem comparação” e que as folhas de rúcula e alface que cultiva “são mais tenras que as outras”. Quem o visita, em Ratones, sai impressionado com a coloração das verduras e com as bancadas bem organizadas, com plantas em vários estágios de crescimento. Há problemas a superar, como a falta de assistência técnica e de financiamentos, a queda da demanda fora da alta temporada e a pouca informação da população sobre os produtos hidropônicos. “Os orgânicos têm marketing e apoio, e no BNDES a hidroponia nem aparece no catálogo das linhas de crédito”, denuncia ele.

Após participar do 3º Congresso Brasileiro de Hidroponia, o produtor Delmar Zimmer, que veio de Fortaleza, foi visitar e trocar experiências com Mário Coelho no interior da Ilha. Ele mudou-se há 13 anos de Novo Hamburgo (RS) para o Nordeste e hoje comercializa entre 90 mil 100 mil plantas por mês. Tem mil metros quadrados de estufas e praticamente ensinou os cearenses a comer verduras, graças à qualidade de suas plantas e aos temperos que levou do Sul. Uma grande vantagem da hidroponia? “Poder trabalhar durante 365 dias por ano, mesmo na chuva e no calor de Fortaleza”, diz ele.

Diferenciais da hidroponia

O produto é uma planta viva (é vendida com a raiz)

A planta é colhida no mesmo dia (na madrugada) em que é vendida

A planta dura mais na geladeira

O cultivo exige dez vezes menos água que o plantio convencional

A planta tem mais resistência a pragas e doenças

A planta recebe os elementos de que precisa sem risco de vir contaminada pelo solo

O trabalho é feito em pé e sob uma cobertura que filtra os raios solares

A distribuição pode ser feita de moto, que é mais ágil e econômica

A mão-de-obra pode ser buscada próximo à área de cultivo

As folhas descartadas podem alimentar peixes e frangos ou servir de adubo

Há maior uniformidade na produção e redução do ciclo de cultivo

A produção concentrada e maximizada reduz o impacto ambiental (desmatamento)

Por Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom

Fotos: Jones Bastos/ Agecom

Direitos humanos comemoram hoje 60 anos

10/12/2008 09:29

No ano em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU completa 60 anos, ela que foi lançada oficialmente no dia 10 de dezembro de 1948, o maio de 68 de Paris chega aos quarenta anos e a Constituição Federal de 1988 atinge os vinte anos, o livro Educação em Direitos Humanos – Discursos críticos e temas contemporâneos, de Theophilos Rifiotis e Tiago Hyra Rodrigues, publicado pela Editora da UFSC, chega num momento de efervescência, considerando o cenário histórico, as condições políticas, os desafios e limites antropológicos do próprio debate, especialmente no Brasil contemporâneo.

A obra é resultado dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do projeto “Educação em e para os Direitos Humanos em Santa Catarina”, financiado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), do MEC e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República, por meio da Subsecretaria de Promoção e Devesa dos Direitos Humanos (SPDDH), e realizado pelo LEVIS (Laboratório de Estudos das Violências) da UFSC.

O projeto é, basicamente, um conjunto de atividades prevendo a consolidação do Comitê Catarinense de Educação em Direitos Humanos. Segundo Rifiotis, todas essas atividades foram desenvolvidas dentro de uma compreensão de que a Educação em Direitos Humanos é plural e não pode ser restrita a conceitos e definições abstratas, tampouco a um conjunto de garantias jurídicas ditadas por dispositivos normativos.“No nosso projeto, a Educação em Direitos Humanos é concebida de modo dinâmico e interativo, uma dimensão da experiência social sempre passível de assumir as múltiplas configurações contextuais que são características das sociedades contemporâneas”, acrescenta.

Eduardo Bittar, do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP, e presidente da Associação Nacional de Direitos Humanos, enfatiza que o livro é um marco para a literatura da área, especialmente pela diversidade das leituras críticas e pela construção de uma visão acadêmica partilhada com as questões sociais contemporâneas.

Educação em Direitos Humanos – Discursos críticos e temas contemporâneos

Theophilos Rifiotis e Tiago Hyra Rodrigues

Editora da UFSC

R$ 48,00; 224 p.

Informações com Theophilos Rifiotis, fones 3721-9364, 3222-6055 9989-2332 e 9113-9165

Especial Pesquisa: série de matérias mostra produção do conhecimento na UFSC

10/12/2008 08:45

– Projeto ´Ilhas do Sul` revela que não há diferenças significativas entre espécies-alvo de pesca nas ilhas localizadas na Reserva do Arvoredo e em outras sem proteção

Para chegar a esta conclusão, a equipe realizou 89 mergulhos, entre dezembro de 2007 e abril de 2008, em 10 pontos localizados em cinco ilhas. Três pertencem à reserva e são protegidas por lei (Ilha da Galé, Ilha Deserta e Ilha do Arvoredo) e duas não têm restrição explícita à pesca, mas são importantes patrimônios ecológicos (Ilha do Campeche e arquipélago das Ilhas de Moleques do Sul).

– Estudo da UFSC comprova potencial do uso de energia solar para aquecimento de água em moradias populares

– UFSC tem duas teses premiadas em concurso de construção sustentável

– Pesquisadores da UFSC estudam ostras que podem produzir pérolas

– UFSC simula programa de telhados solares fotovoltaicos para o Brasil

– UFSC avalia qualidade de vida de portadores do HIV

– Estudo da UFSC comprova cientificamente problemas de acústica em edifícios na Avenida Beira Mar Norte

– Periódico científico internacional homenageia professora da UFSC

– UFSC desenvolve projeto pioneiro no Brasil na área de controle de tráfego em tempo real

– UFSC forma o primeiro mestre em Design Gráfico do Brasil

– Jovens pesquisadores da UFSC apresentarão trabalhos em outubro

– Estudo indica necessidade de maior orientação sobre uso de plantas medicinais no tratamento do câncer

– UFSC comprova que prejuízos no olfato precedem sintomas clássicos na doença de Parkinson

– Departamento de Nutrição colabora com avaliação da obesidade infantil em Santa Catarina

– Universidade desenvolve simuladores para Petrobras

– UFSC integra rede que avalia empreendimentos habitacionais populares em cinco estados

– UFSC implanta ´embrião` de um Museu de Ciência

– UFSC avança na busca de células-tronco em materiais alternativos

– Finep aprova 4,6 milhões para modernização da infra-estrutura de pesquisa na UFSC

– Seminários divulgam experiências do Programa Nacional de Alimentação Escolar em Santa Catarina

– Seminários divulgam experiências do Programa Nacional de Alimentação Escolar em Santa Catarina

– Inscrições para evento sobre propagandas de medicamentos e de alimentos vão até 10 de junho

– Números confirmam destaque da UFSC no trabalho cooperativo com empresas

– Estudo gera instrumento para avaliação nutricional e sensorial de bufês de café da manhã

– UFSC acompanha desinstitucionalização do Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina

– Estudo mostra que combinação morfina-medicamento contra impotência sexual pode diminuir inflamação

– Projeto da UFSC reduz pela metade uso de água potável em casa de Ratones

– UFSC aprova projeto em edital de apoio à agricultura familiar

– Estudo da UFSC recebe menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2007

– Finep aprova mais de 1,7 milhão para que UFSC execute projetos nas áreas de genômica e proteômica

– Laboratório POLO da UFSC é um dos contemplados do Pronex

– Trabalhos do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem são premiados

– UFSC inaugura Laboratório Central de Microscopia Eletrônica

– UFSC contribui para identificação de comunidades quilombolas

– Estudantes da UFSC têm dicas para sobremesas mais saudáveis

– Parceria entre UFSC e Natura resulta em desenvolvimento de novos cosméticos

– Capes eleva conceito de 11 cursos de pós-graduação da UFSC

– Pesquisa sobre traduções de obras italianas em estudo na UFSC

– Obesidade infantil em Florianópolis é tema de pesquisa na UFSC

– Estudante da UFSC busca processos limpos e econômicos para o tratamento de resíduos hospitalares

– Jovem pesquisador: Estudante de agronomia caracteriza populações de xaxim para conservar a espécie em extinção

– Acadêmica da UFSC ganha Prêmio Adelmo Genro Filho de Pesquisa em Jornalismo

– Trabalho estabelece composição nutricional do berbigão da Reserva Extrativista Marinha Pirajubaé

– Trabalho estabelece composição nutricional do berbigão da Reserva Extrativista Marinha Pirajubaé

– Doutoranda da UFSC recebe prêmio em simpósio na Alemanha

– UFSC comemora dez anos de produção solar de energia elétrica

– Estudo relaciona ansiedade, depressão e consumo de álcool entre jovens

– UFSC colabora com esforço nacional de estudo do biodiesel

– Pós-graduandos da UFSC recebem menção honrosa na Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia

– Consumo de medicamentos em comunidades indígenas é tema de dois estudos da UFSC

– Projeto do Departamento de Ecologia e Zoologia estuda pesca artesanal na Baía Norte

– UFSC estuda nanocápsulas com princípio ativo do açafrão para tratamento do câncer de pele

– Coletânea debate novos arranjos familiares e parcerias numa perspectiva transdisciplinar

– UFSC desenvolve tecnologia para recuperação de florestas degradadas

– Estudante da UFSC prepara livro sobre feijoada

– UFSC estuda células-tronco a partir de placenta e de cordão umbilical

– UFSC e Epagri lançam espécies melhoradas da goiabeira-serrana

– Fazendas marinhas diversificam produção em Santa Catarina

– Laboratório recebe financiamento para continuar pesquisas com vacina contra a AIDS

– Pesquisa comprova presença do subtipo C do vírus da AIDS em Santa Catarina

– Projeto da UFSC sobre utilização da água de coco verde ganha prêmio nacional

– Pesquisa da UFSC pode garantir a segurança no consumo de moluscos

– Laboratório da UFSC é peça-chave na pesquisa e no controle da leishmaniose em Santa Catarina

– Laboratório de Moluscos Marinhos participa de projeto de coletores de mexilhão

– Trabalho com samambaia-preta rende Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2006 para mestranda da UFSC

– Professores da UFSC participam da assinatura do convênio entre Sebrae e Acavitis para produção de vinhos finos

– Pesquisa analisa homicídios na Região Metropolitana de Florianópolis

– UFSC assina acordos e marca implantação de seu Núcleo de Inovação Tecnológica

– Pesquisador aborda em livro a formação econômica de SC

– Núcleo que pesquisa cuidado de pessoas com doenças crônicas completa 20 anos

– Pastoreio Voisin da UFSC mostra as vantagens de um manejo racional dos pastos

– Pesquisadores da UFSC desenvolvem bala de erva-mate

– Pesquisas da UFSC constroem com as comunidades rurais conhecimentos para desenvolver usos alternativos da floresta

– Estudo mostra como funciona o mercado imobiliário em áreas de pobreza da região metropolitana de Florianópolis

– Análise de vegetais consumidos em Florianópolis é apresentada na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

– Projeto que busca proporcionar ‘status de café’ à erva-mate será mostrado na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

– Professores da UFSC se unem para construir o primeiro Museu de Ciências do Estado

UFSC completa 48 anos no dia 18 de dezembro

10/12/2008 08:36

As comemorações dos 48 anos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) serão realizadas no próximo dia 18, às 19h30min, no auditório de Centro de Cultura e Eventos. Serão homenageados os servidores que se aposentaram em 2008. Na mesma solenidade a comunidade universitária celebra a chegada do Natal e do Ano Novo.

O evento terá a seguinte programação: às 19h30m, acontece culto ecumênico oficiado pelo frei Moacir e a cantora Julie Philippe de Souza. Em seguida, homenagens aos servidores técnico-administrativos e aos docentes que se aposentaram, com o pronunciamento de um dos aposentados. Logo após, será a entrega do Prêmio Amigo da UFSC. São nove os premiados, distribuídos em três categorias: Técnico-administrativo, Docente e Organização Externa.

Na categoria Técnico-Administrativo foram contemplados Carla Cristina Dutra Búrigo, Elizabete Nunes Duarte e Joi Cletison Alves. Diva Zandomenego, Faruk José Nome Aguilera e Luciano Lazzaris Fernandes foram os premiados na categoria Docente, e para Organização Externa foram escolhidos o Grupo Gaboardi, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e A Associação Amigos do Hospital Universitário (AAHU).

Dentro da programação também serão empossados os novos diretores e vice-diretores dos Centros de Ensino. O encerramento da solenidade será marcado com o concerto de natal, com o coral Encantos e Vozes do Amanhã, tendo participação especial da cantora Julie Philippe de Souza, sob a regência do maestro Robson Medeiros Vicente.

Por José Antônio de Souza/ Jornalista da Agecom

Especial Pesquisa: UFSC desenvolve tecnologia em madeira de florestas plantadas para construção de moradias

10/12/2008 08:27

Os painéis: flexibilidade para ampliações das moradias

Os painéis: flexibilidade para ampliações das moradias

Com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está contribuindo com a modernização da indústria brasileira de construção em madeira. A estratégia adotada para oferta de produtos de qualidade é a adaptação para a realidade nacional do sistema plataforma. Essa tecnologia leve em madeira permite que uma casa saia da fábrica em partes e seja montada no canteiro de obras. Integrada ao Programa de Tecnologia de Habitação (Programa Habitare), a pesquisa busca a produção de moradias populares de qualidade, com redução de custos.

O projeto desenvolvido junto ao Grupo Interdisciplinar de Estudos de Madeira (GIEM), ligado ao Departamento de Engenharia Civil da UFSC, permitiu a concepção de três propostas para habitação de interesse social, aplicando princípios de coordenação modular e do sistema plataforma. A sistemática prevê uma trama estrutural composta por peças de madeira maciça, com enrijecimento dessa “ossatura” com painéis estruturais em compensado ou OSB. O grupo desenvolve pesquisas que visam à aplicação racional e responsável das madeiras, em especial de espécies de florestas plantadas, como os pinus e os eucaliptos.

Painéis

A proposta da UFSC é baseada em painéis de 120 cm × 240 cm, podendo ser usado também meio painel de 60 cm × 240 cm. São três módulos básicos que podem ser combinados: painel cego ou fechado, painel porta e painel janela. Todos atendem a critérios estipulados pela coordenação modular, metodologia que organiza as dimensões da construção por estabelecer uma medida de referência. No Brasil a norma técnica estabelece o módulo 10 centímetros.

Levando em conta estes padrões, a tecnologia desenvolvida pela UFSC proporciona organização da construção, redução de desperdícios de materiais e, consequentemente, de custos. A aplicação dos painéis de acordo com os critérios de coordenação modular também proporciona flexibilidade à moradia, permitindo sua expansão de acordo com a necessidade das famílias. A utilização do módulo padronizado ainda permite a combinação com outros sistemas construtivos.

Controle de qualidade

“A implantação desse processo industrializado apresenta ganhos econômicos por padronizar os elementos fabricados e aumentar a produção, proporcionando simplicidade de montagem. Também promove melhor controle de qualidade”, explica a mestranda Luciana da Rosa Espíndola, que trabalha com a madeira de florestas plantadas em sua pós-graduação.

“As três propostas de habitações demonstraram a flexibilidade que os painéis modulares permitem para alterar seus posicionamentos e compor novos espaços com rearranjos e expansões da edificação”, complementa a professora Poliana Dias de Moraes, orientadora dos estudos.

Ela lembra que um dos motivos da estagnação da indústria brasileira de construção de moradias em madeira é a baixa qualidade do produto ofertado ao consumidor. “A situação da indústria brasileira de construção de habitações em madeira está defasada. Sua infra-estrutura e seus equipamentos estão obsoletos e não acompanham o progresso tecnológico apresentado pelos países mais desenvolvidos”, descrevem orientadora e mestranda em artigos apresentados no Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Entac) e no Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira (Ebramem).

Desafios

Os estudos alertam que para proporcionar a modernização do setor de construção em madeira há necessidade de revisão das técnicas, processos e sistemas construtivos oferecidos atualmente no mercado. As primeiras fases da pesquisa desenvolvida na UFSC já permitiram estudos sobre estes pontos. Nas próximas etapas será analisada a conectividade do Sistema Plataforma com os projetos elétrico e hidrosanitário. Também será avaliada sua combinação com outros sistemas construtivos e elaborado um guia com soluções de conexões. Está também previsto um estudo de viabilidade econômica, que ajudará a mensurar as vantagens de aplicação da tecnologia.

O projeto está integrado à rede de pesquisa ´Desenvolvimento e difusão de tecnologias construtivas para a habitação de interesse social/Coordenação Modular`, apoiada no sétimo Edital do Programa Habitare.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Mais informações:

Luciana da Rosa Espíndola

Grupo Interdisciplinar de Estudos em Madeira/UFSC

(48) 3721.8540 / e-mail: luciana.esp@ig.com.br

Poliana Dias de Moraes

Orientadora

Grupo Interdisciplinar de Estudos em Madeira/UFSC

(48) 3721.5175 / e-mail: ecv1pdm@ecv.ufsc.br

Leia também:

Uso da madeira de florestas plantadas pode ser direcionado à contenção do efeito estufa

Na construção Civil, a opção por trabalhar com a madeira de florestas plantadas leva em conta que esse é um material renovável – fator de peso em uma indústria responsável pela extração de grande parte das matérias-primas naturais do planeta. O uso de espécies como o pinus e o eucalipto (comercialmente mais comuns entre as madeiras de florestas plantadas) é também considerado ambientalmente correto porque ao invés de gerar gás carbônico, é capaz de colaborar com a retirada desse gás da atmosfera.

“Um metro cúbico de madeira estoca uma tonelada de carbono”, exemplifica o professor Carlos Alberto Szücs, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira (GIEM), ligado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele lembra que é na formação da madeira que se dá a captura do dióxido de carbono (CO2) – é o chamado seqüestro de carbono, conceito consagrado pela Conferência de Kyoto com a finalidade de conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera, para colaborar com a redução do efeito estufa.

“Sabemos, pelo conhecimento científico da formação do material madeira, que é no processo fisiológico de crescimento das árvores, no momento da fotossíntese, que se dá a captura do dióxido de carbono (CO2). Sabemos também que é na formação do tecido lenhoso que esse carbono fica seqüestrado”, explica o professor. Por esse motivo, é preciso encontrar maneiras de armazenar o carbono em longo prazo, fazendo tratamento adequado da madeira para produção de bens duráveis, como devem ser as moradias. Se a madeira apodrece ou queima, volta ao ciclo do carbono.

Com conquistas como o aprimoramento da tecnologia de Madeira Laminada Colada e estruturação de um conceituado laboratório de estudos em madeira, o professor lamenta que o uso desse material ainda seja restrito no País. Ele critica também a inexistência de incentivos fiscais às construções em madeira. “A construção em madeira de florestas plantadas deveria ser reconhecida como crédito de carbono estocado”, considera, complementando: “E deveria ser recompensado na forma de incentivos a esse sistema construtivo, pois mesmo que um dia, após ter cumprido a sua função por tempo prolongado, e de ter sido inclusive reutilizada, a madeira chegar a se decompor, e o carbono retornar à atmosfera, sabe-se que ele poderá ser capturado e seqüestrado por outra árvore, entrando em um ciclo de equilíbrio ambiental”.

Mais informações: Carlos Alberto Szücus

(48) 3721-8540 / e-mail: caszucs@gmail.com

Teatro da UFSC apresenta ´Verbais: ninho de palavras`, com a Oficina Permanente de Teatro do DAC/UFSC

09/12/2008 19:39

Oficinas recebem alunos da UFSC e comunidade

Oficinas recebem alunos da UFSC e comunidade

A Oficina permanente de Teatro do DAC/UFC apresenta o espetáculo ´Verbais: ninho de palavras` nesta terça-feira (9/12), às 21h, no Teatro da UFSC. A entrada é gratuita. O grupo pede que o público chegue com meia hora de antecedência ao teatro.

Verbais: ninho de palavras” com a OPT – Oficina Permanente de Teatro

O Poema como um Pré-Texto, o Poema como um Texto, o Poema como uma Poesia. Obras do espanhol Garcia Lorca, do Poeta Português João Jacinto, d@s brasileir@s Paulo Leminski, Cora Coralina e Luiz Islo Nantes Teixeira.

A poesia é uma das grandes possibilidades de desenvolvimento aos estudantes de teatro, porque estimula a sensorialidade e ao mesmo tempo requer ao universo cognitivo o emprego dos estudos teóricos da interpretação, resultando em encenações ágeis, de profundo teor lírico que se mesclam ao humor subjacente de alguns versos encenados.

O equilíbrio entre o significado da palavra, o significante enquanto poesia e a linguagem corporal daí suscitada, são elementos significativos ao universo da aprendizagem atoral.

O poeta e dramaturgo Garcia Lorca, o poeta curitibano Paulo Leminski, a poetisa Cora Coralina, o poeta português João Jacinto e Luiz Islo Nantes Teixeira, compõem com seus poemas a estrutura dramática de “Verbais: ninho de palavras”.

As poesias são interpretadas pontuando um trabalho corporal acentuado, bem como uma coreografia capaz de propiciar aos alunos-atores concederem uma maior profundidade aos poemas escolhidos, ou seriam colhidos? recolhidos?

Um momento certamente mágico ao público. A entrada é liberada, mas solicita-se a chegada com meia hora de antecedência ao Teatro.

Sobre a Oficina Permanente de Teatro – DAC/UFSC

A Oficina Permanente de Teatro da UFSC recebe alunos da UFSC e pessoas da comunidade. Há mais de duas décadas, é um importante laboratório do fazer teatral, que segue uma metodologia da sua coordenadora, a diretora de teatro da UFSC, Msc. Carmen L. Fossari, denominda: “De Como Ser Para Interpretar Um Outro Ser”.

Possibilitar uma experiência teatral para alunos da UFSC e pessoas da comunidade é um dos objetivos da OPT. O estudo teatral acontece concomitante às montagens cênicas seguindo o pressuposto “De Como Ser Para Interpretar Outro Ser”.

Tal metodologia tem sido empregada ademais da UFSC, junto a grupos e escolas teatrais da América Latina. Está programado para o ano de 2010 um grande encontro de escolas teatrais da América Latina para ser formalizada a Escola Latino Americana De Teatro Popular, que deverá ser vinculada a organismos nacionais e internacionais, sempre priorizando o laboratório de pesquisa e do fazer teatral com a formação do Ator-Atriz. A OPT possibilita o registro profissional como Ator/Atriz, junto ao Ministério do Trabalho, através do Sindicato da Categoria.

Ficha Técnica::

Elenco: Augusto Sopran (Mímico Convidado), Mariana Lapolli, Flora Moritz Silva, Rubia Medeiros Silva, Lucia Amante, Gabriel Orcajo, Clarissa Gasko, Everton Teixeira, Carla Algeri, Viviane Cavalcante Pinto.

Técnica Vocal: Elo Dorneles

Sonoplastia: Ima D.Aranda

Professores das Turmas I e II da OPT, II SEMESTRE: Lou Hamad, Alexandre Passos, Sérgio Bessa

Maquiagem: Fernanda Finardi

Laboratórios Corpo e Poemas: ainda os alunos: Eduardo, Fernando Silva, Nicoli, Giovana e alunos da I fase.

Direção Geral e Iluminação: Carmen L. Fossari

Produção; Grupo Pesquisa Teatro Novo – DAC/UFC

Promoção: Departamento Artístico Cultural, vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC.

Serviço::

O QUE: Espetáculo teatral VERBAIS: ninho de palavras com a OPT – Oficina Permanente de Teatro do DAC/UFSC

QUANDO: Dia 9 dezembro de 2008, terça-feira, às 21h00

ONDE: Teatro da UFSC, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis.

QUANTO: Gratuito. Pede-se ao público para chegar ao teatro com meia hora de antecedência.

Fonte: [CW] DAC: SECARE: UFSC, com material da OPT.

Vestibular UFSC/2009: candidatos avaliam provas

09/12/2008 19:30

Química, Física e História foram as disciplinas que encerraram o concurso vestibular 2009 da UFSC. Logo às 17h30min, horário permitido para a saída dos locais de prova, vários candidatos deixaram o Centro de Comunicação e Expressão (CCE), localizado no campus da Trindade.

Felipe Costa, 18 anos, foi o primeiro. Disputando uma vaga no Curso de Engenharia de Materiais, considerou a prova desta terça-feira mais fácil do que a de segunda. “Matemática estava difícil, porque era muito extensa. Como o tempo era curto, acabei chutando algumas. Já as de História e Química estavam mais acessíveis”. Em relação à Redação, acredita que as diversas possibilidades de abordagem podem lhe desfavorecer. “Fico preocupado em imaginar demais e acabar saindo do enfoque”.

Natural de São José dos Campos (SP), Felipe decidiu prestar o vestibular da UFSC porque, além de gostar de Florianópolis, afirma que o curso “é bem conceituado. E aqui também tenho a possibilidade de estudar e trabalhar”.

Tairine Favreto, de 17 anos, escolheu o curso de Física. Assim como Felipe, achou a prova de Matemática a mais difícil, e, também por afinidade, considerou fácil a de Física. “Eu vim direto da escola, do terceiro ano, e caiu tudo o que a gente estudou neste período”.

Gaúcha de São Domingos do Sul, Tairine conta que chegou a Florianópolis já na quinta-feira anterior ao concurso, e pôde aproveitar a praia até sábado. “Gosto daqui pelo fato de ser uma ilha, mas também me chamou a atenção a qualidade do curso de Física”. A intenção da candidata, depois de formada, é permanecer na academia. “Quero trabalhar com física nuclear; fazer mestrado, doutorado e dar aulas”. A viagem de volta já está marcada para a noite de hoje, pois ainda precisa terminar o ano letivo em sua cidade.

Fernando Coelho, 20 anos, ainda não sabia, mas depois de sair de sua sala de prova estava tentando fazer amizade com um dos cachorros mais populares da UFSC, o Catatau. Candidato a uma vaga do Curso de Engenharia Ambiental, contou, entre um afago e outro na cabeça dos cães que marcam ponto em frente ao CCE, que sua pior prova foi a de Geografia, devido às questões relativas à Santa Catarina – já que ele é de São Paulo -, mas se saiu bem na de Literatura. “Achei a Redação fácil, porque o tema era concreto. Escrever sobre família é mais simples; podemos mencionar transformações e constituições diversas. Já fiz prova em que o tema era amizade, algo que considero subjetivo e também mais difícil”.

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve/UFSC) comunica que vai trabalhar para divulgar a lista de aprovados ainda este ano, possivelmente na semana após o Natal.

Mais informações no site www.vestibular2009.ufsc.br, fone 48 3721-9200

texto e edição de imagens: Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom