Grupo aposta na pesquisa e na ciência para prevenir catástrofes naturais
Será lançado no dia 17 deste mês em Blumenau o Grupo Técnico Científico (GTC) instituído pelo governo do Estado para trabalhar na avaliação de catástrofes naturais e propor projetos preventivos de pesquisa que visem à redução dos efeitos produzidos por esses desastres em Santa Catarina. Oficializado na manhã desta segunda-feira (08/12) no Palácio do governo, o GTC é um subgrupo do Grupo de Reação criado na semana passada pelo decreto nº 1.940, assinado pelo governador Luiz Henrique da Silveira.
Universidades, secretarias de Estado, instituições e empresas públicas participam do grupo, que vai atuar nas áreas de geotécnica e solos, meteorologia e clima, hidrologia, geoprocessamento, urbanismo, monitoramento e educação ambiental, gestão florestal e tecnologia da informação, procurando estudar e diminuir o impacto de enchentes, inundações, deslizamentos, enxurradas, ciclones, tornados, furacões, ressacas, mudanças climáticas, secas e estiagens.
A coordenação geral do GTC é do professor Antônio Diomário de Queiroz, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), cabendo a coordenação técnica a Zenório Piana, também da Fapesc, e a Hugo José Braga, da Epagri/Ciram.
Completam o grupo representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Universidade da Região de Joinville (Univille), Universidade Regional de Blumenau (Furb), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Pela UFSC, participam os professores Edson Ramos Tomazzoli e Luiz Fernando Scheibe.
De acordo com o coordenador do GTC, Diomário de Queiroz, uma das ações imediatas deverá ser a realização de estudos sismológicos sobre a eventual relação dos deslizamentos com a colocação de dutos de gás natural no Vale do Itajaí. A instalação de um radar meteorológico para a análise mais acurada do clima também está nos planos do grupo. “Nosso trabalho se enquadra numa ação preventiva de avaliação de causas e efeitos, utilizando a inteligência universitária para melhorar a capacidade de antever fenômenos naturais e até mudanças climáticas importantes para o país”, diz ele.
No evento de hoje, o governador Luiz Henrique reforçou a necessidade de contar com as competências nacionais e internacionais para prevenir, na medida do possível, as catástrofes naturais que têm prejudicado o Estado nos últimos anos. Pesquisadores americanos e alemães vêm trabalhando como voluntários em estudos sobre o clima na região sul do Brasil, e organismos como o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), o Instituto Aeroespacial Brasileiro e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) estão sendo contatados para ajudar nas pesquisas. “Nossas universidades dispõem de gente competente, grupos de estudos e laboratórios qualificados para fazer um bom trabalho nesta área”, ressalta Diomário de Queiroz.
Mais informações com o presidente da Fapesc e coordenador do GTC, Antônio Diomário de Queiroz, nos fones (48) 3215-1210, 3215-1212 e 9963-2200.
Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom