Governador de Santa Catarina formaliza grupo para pesquisar causas de desastres ambientais

17/12/2008 16:39

Definir onde é seguro reerguer as casas destruídas por enchentes ou soterramentos é uma das tarefas imediatas do Grupo Técnico Científico (GTC), idealizado para avaliar causas e efeitos de catástrofes naturais, bem como ações para preveni-las. O governador de Santa Catarina Luiz Henrique da Silveira oficializou o GTC hoje de manhã, dia 17, no Salão Nobre da Prefeitura de Blumenau. Os resultados preliminares devem ser entregues em seis meses. Pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participam os professores Edson Ramos Tomazzoli e Luiz Fernando Scheibe.

Universidades, secretarias de Estado, instituições e empresas públicas participam do grupo, que vai atuar nas áreas de geotécnica e solos, meteorologia e clima, hidrologia, geoprocessamento, urbanismo, monitoramento e educação ambiental, gestão florestal e tecnologia da informação, procurando estudar e diminuir o impacto de enchentes, inundações, deslizamentos, enxurradas, ciclones, tornados, furacões, ressacas, mudanças climáticas, secas e estiagens.

Estiveram presentes ao evento, o presidente da Fapesc, Diomário Queiroz; o reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata; o presidente do CREA-SC, Raul Zucatto; o diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Luna; o reitor da Unisul, Gerson L.J. da Silveira; o diretor executivo da SATC, Ruy Hülse; o reitor da Univille, Paulo Ivo Koehntopp; o reitor da Furb, Eduardo Deschamps; o reitor da Univali, José Roberto Proves; o reitor da Udesc, Sebastião Iberes Lopes Melo; o reitor da Uniplac, Gilberto Borges de Sá.

“Imediatamente vamos fazer um estudo dos solos onde as prefeituras pretendem construir novas residências e ver se estão mesmo fora de áreas de risco”, disse o professor Zenório Piana, diretor de Pesquisa Agropecuária e Meio Ambiente da Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina). Ele é responsável pela coordenação técnica do GTC, em parceria com Hugo José Braga, da Epagri/Ciram (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina/Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina).

Em paralelo, o Grupo vai investigar com exatidão como as águas da chuva e dos rios provocam enchentes no Vale do Itajaí. “Blumenau é suscetível a cheias e é importante saber quando o rio vai transbordar e onde o nível da água vai chegar se houver inundação”, ilustrou Piana, acrescentando que outro ponto a ser definido é a capacidade que o solo tem de reter água da chuva, por infiltração. “Ainda vamos analisar estudos já existentes sobre a possibilidade de fazer canais extravazores para que a água escoe por um caminho que afete pouco a cidade, semelhante ao que foi feito em Brusque”.

Além dos aspectos ligados à hidrologia e à cartografia do Vale, o governo se preocupa em melhorar a previsão do tempo. Para tanto, Luiz Henrique negocia com o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, a compra de um radar meteorológico para Santa Catarina. O equipamento custa cerca de US$ 2 milhões.

A coordenação geral do GTC é do professor Antônio Diomário de Queiroz, presidente da Fapesc. Já Zenório Piana, também da Fapesc, Hugo José Braga, da Epagri/Ciram, são da coordenação técnica.

Completam o grupo, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Universidade da Região de Joinville (Univille), Universidade Regional de Blumenau (Furb), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

Outras informações pelos telefones (48) 3215-1208 e 8418-1180, com Heloisa Dallanhol, assessora de comunicação da Fapesc ou com o presidente da Fapesc e coordenador do GTC, Antônio Diomário de Queiroz, pelo fone (48) 9963-2200.

Fonte: Fapesc