UFSC inaugura Laboratório de Ensino de Engenharia Biomédica

Fotos: Paulo Noronha / Agecom
O impacto imediato das pesquisas no laboratório será a redução dos custos de manutenção do aparato de saúde no Estado e no Brasil, por meio de uma gestão mais equilibrada dos recursos utilizados pelo sistema. Ele permitirá também a melhor formação de quem desenvolve tecnologias para a saúde, melhorando o conceito dos formandos em engenharia pela UFSC. “O IEB atende hoje, por meio de convênios, 11 hospitais da rede pública em Santa Catarina”, informa o professor José Marino Neto, que coordena a instalação do laboratório. “A engenharia biomédica pode proporcionar uma importante economia de dinheiro para o sistema, pelo barateamento dos custos de manutenção dos equipamentos”.
Com o laboratório, a UFSC – que já contribui para a formação de dezenas de pesquisadores e profissionais que atuam na melhoria dos processos de saúde no país – aumentará sua capacidade de desenvolver tecnologias médico-hospitalares que serão úteis para o setor. Nesta sexta-feira também serão apresentados a Plataforma de Ensino Prático de Engenharia Biomédica e o Portal Saúde+Educação, destinados a apoiar o ensino nas áreas da saúde e da engenharia biomédica, resultados de projeto recém-concluído no IEB com financiamento da Finep.
A inauguração do LEEB-UFSC marca também o início do II Minicurso de Engenharia Biomédica na Prática, organizado e ministrado por pós-graduandos do IEB e destinado a alunos da graduação das engenharias. “Com a plataforma, há condições de oferecer um ensino prático de alta qualidade para as engenharias, mas pelo seu caráter interdisciplinar será possível beneficiar outras áreas no futuro”, diz o professor Marino.
Muita pesquisa –O IEB-UFSC trabalha com quatro áreas para pesquisa, ensino e extensão em Engenharia Biomédica. Uma delas é a Instrumentação Biomédica, que desenvolve sistemas que ajudam os profissionais da área no diagnóstico, na monitoração de pacientes e na investigação de patologias, além de assistir os pacientes durante o tratamento ou em procedimentos de reabilitação. Dali já saíram dispositivos como desfibrilador, ventilador pulmonar e sistemas utilizados para investigar o fluxo vascular, por exemplo.
A área de Informática em Saúde abrange os processos de educação, prática e pesquisa no campo da saúde e os seus desenvolvimentos, podendo manipular e processar dados, informação e conhecimento. Entre os projetos de destaque estão o que auxilia no diagnóstico de hepatites virais e o que ajuda na detecção de câncer de próstata.
Outra área é a da Engenharia Clínica, que atua no gerenciamento da tecnologia médico-hospitalar, visando ao uso adequado e racional dos recursos existentes em estabelecimentos de saúde. Projetos ali realizados permitem, por exemplo, determinar o ciclo de vida dos equipamentos eletromédicos e o melhor aproveitamento dos recursos financeiros, tecnológicos e humanos nos estabelecimentos de saúde.
Por fim, a área da Bioengenharia desenvolve instrumentação e sistemas de análise de dados comportamentais e fisiológicos, como hardwares e softwares destinados ao registro e processamento de parâmetros comportamentais e bioelétricos em animais de experimentação. O sistema Neurotracker, um dos projetos em execução, facilita o rastreamento e análise de movimentos de animais em campo aberto e em labirinto, sendo também utilizado em investigações sobre o efeito de drogas ou manipulações neurais sobre a atividade geral e locomoção de cobaias.
Mais informações podem ser obtidas com o coordenador geral do Instituto de Engenharia Biomédica (UEB), Fernando Mendes de Azevedo, pelo fone (48) 3721-8750 e e-mail azevedo@ieb.ufsc.br; o professor José Marino Neto, no mesmo ramal, pelo fone 9972-5368 e e-mail marino@ieb.ufsc.br; o professor Renato Garcia Ojeda, da área de Engenharia Clínica, fone 3721-8750; e o gerente administrativo do IEB, Renato Zaniboni, também no 3721-8750. O site do IEB é www.ieb.ufsc.br.
POr Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom