Lévi-Strauss faz 100 anos nesta sexta 28 de novembro

27/11/2008 14:22

Claude Lévi-Strauss

Claude Lévi-Strauss

O antropólogo Claude Lévi-Strauss completa 100 anos em 2008. Nasceu em Bruxelas, Bélgica, em 28 de novembro, mas viveu quase toda sua vida na França.

Também professor e filósofo, é considerado o pai da Antropologia Estrutural e um dos mais importantes intelectuais do século XX. É doutor honoris causa por várias universidades do mundo, incluindo a USP, onde lecionou na década de 1930. Ele continua em atividade.

Sua influência sobre a formação de antropólogos no mundo inteiro é incontestável. Eventos em todas as partes marcam e celebram a data.

A UFSC promoverá vários eventos com a marca de “Lévi-Strauss faz 100 anos” que se iniciarão em dezembro e se estenderão pelo ano de 2009.

Algumas obras

Um dos seus livros mais consagrados é Estruturas Elementares de Parentesco (1949), até hoje referência para estudos sobre família.Seu texto Raça e História (1952), encomendado pela Unesco (órgão da ONU), foi um libelo definitivo contra o racismo ao desmontar o conceito de raça e a idéia da superioridade de culturas humanas, questionando também a noção de progresso. Elucidou o conceito de etnocentrismo que mostra que o olhar sobre o outro, outras culturas, outras sociedades é construído, geralmente, a partir de nossos próprios valores.

A relação com o Brasil foi eternizada no livro Tristes Trópicos (1955), sobre a estadia no país entre 1935 e 1938, quando lecionou na recém-fundada USP, colaborando na sua implantação. No livro registra seu “batismo etnográfico” feito com os grupos indígenas da região centro-oeste como os Bororo, os Caduveo, os Nambikwara, os Tupi-Kawahib Nos anos 1990, publicou um importante depoimento sobre a cidade de São Paulo, tendo como base sua vivência ali nos 1930.

Atividades

Lévi-Strauss foi ligado à administração do CNRS (Centre Nacional de la Recherche Scientifique ) – Centro Nacional da Pesquisa Científica, fundado em 1939; à administração do Museu do Homem (Paris); ocupou cadeira na École Pratique des Hautes Études e no Collège de France. Foi um entusiasta e um dos grandes apoiadores do Museu de Quai de Branly (Paris), inaugurado em 2006 e que tem como chamada “o local onde as culturas dialogam”, reunindo um gigantesco acervo antropológico de coleções de todos os continentes e tendo recebido grande parte do acervo do Museu do Homem. O museu nesta sexta, dia 28, promove uma Jornada Especial “Claude Lévi-Strauss a 100 ans”, com acesso livre das 11h às 21h.

Por Alita Diana/jornalista da Agecom

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