Comunicação pública para melhorar a informação da Justiça
O presidente da Fundação Padre Anchieta, jornalista Paulo Markun, âncora do Roda Viva da TV Cultura (SP), traçou ontem (11), em Florianópolis, um panorama geral e histórico da tv pública no Brasil. “O desafio é manter uma programação ética, de qualidade, voltada à cidadania, diante da pressão por audiência”, resumiu. Markun proferiu a conferência de abertura do IV Congresso Brasileiro de Assessores de Comunicação da Justiça (Conbrascom), enfatizando o papel da comunicação pública do País. O evento foi aberto, às 21h, no auditório da Justiça Federal em Florianópolis.
Na solenidade, o reitor da UFSC, Alvaro Prata, foi representado pelo diretor da Agência de Comunicação (Agecom), jornalista Moacir Loth. Markun recebeu, entre outros materiais, os três últimos números do Jornal Universitário (JU), publicação que reflete um pouco da Política Pública de Comunicação implementada há quase duas décadas na instituição.
O congresso prossegue até o dia 14, sexta-feira, nos auditórios do Hotel Cecomtur, tendo como tema central Novas Tecnologias e a Democratização da Informação na Justiça. Integram também a programação o VI Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça e o VI Encontro Nacional da Rádio e TV Justiça.
Organizado pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (ENCJ) , o Conbrascom reúne na Capital catarinense os principais nomes da Justiça e da Comunicação Brasileira ligados às assessorias do Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Conta.
O evento também abriu espaço para os estudantes de Jornalismo. Marcam presença, por exemplo, alunos dos cursos da UFSC e da Unisul. Além das palestras e conferências, estão previstos minicursos, oficinas e workshops. Abarcam temas como jornalismo online, rádio, web, cerimonial, estúdio de tv, tratamento de imagem, entre outros. Um destaque é o workshop intitulado Assessoria de Comunicação da Justiça e a Política de Comunicação dos Órgãos Superiores.
Um ponto forte do Congresso é a conferência sobre os 200 anos da imprensa no Brasil, a cargo do jornalista e executivo da Editora Abril Laurentino Gomes. Ele também faz um relato dos primeiros registros da comunicação na Justiça.
O diretor da TV Cultura, Paulo Markun, apresentou uma análise da política de comunicação pública implementada no atual governo. Entende que os princípios e objetivos da TV Brasil , sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), são corretos e coerentes. “Atingi-los e cumpri-los são outros quinhentos”. A disparidade da comunicação pública é outra dificuldade apontada por Markun para a definição e execução de uma política adequada em nível nacional.
