Jovens pesquisadores: estudo revela que freqüentar academia não é sinônimo de vida saudável

22/10/2008 08:19

O símbolo da mulher moderna é definido e imposto pela mídia: jovens com corpo escultural, resultado de exercício intenso em academias. O ideal de mulher contemporânea trabalha, não tem tempo para atividades domésticas e tem que reservar um espaço na agenda para a esteira e para a bicicleta. Mas freqüentar academias de ginásticas não significa ser saudável. Este é um dos diagnósticos obtidos a partir de uma pesquisa de iniciação científica realizada por alunos do Curso de Educação Física da UFSC. Flávio Rosa Junior , Bruno Antônio Gomes e Cassya Tarachuque desenvolveram o estudo com orientação do professor Adair da Silva Lopes.

O projeto “Nível de atividade física e hábitos alimentares de mulheres jovens que freqüentam academias no município de Florianópolis” será apresentado durante 18º Seminário de Iniciação Científica da UFSC, nos dias 23 e 24 de outubro. O evento é um momento de divulgação e avaliação dos trabalhos de alunos que contam com Bolsas de Iniciação à Pesquisa (BIP/UFSC) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), do CNPq. Este ano quase 600 estudos compõem a mostra, que está também integrada à Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC – a Sepex.

Aparentemente saudáveis

Durante seis meses, os alunos coletaram dados sobre 87 mulheres entre 18 e 30 anos, em oito academias diferentes da cidade. As respostas a um questionário e uma avaliação corporal possibilitaram a análise do hábito alimentar e das práticas físicas de cada uma. A medição foi feita com os números relativos à Massa Corporal Magra, que define o peso da estrutura corporal, e à Massa Corporal Gorda, referente à quantidade de gordura acumulada no corpo.

Os dados indicam que apesar de estarem aparentemente saudáveis, e contarem com um consumo de calorias diárias aceitável, essas mulheres estão longe de serem consideradas fisicamente ativas. “Passar duas horas correndo em uma esteira e o resto do dia sentado, não é suficiente para gastar o mínimo de energia esperado”, lembra Flávio.

A prática de exercícios é importante não por questões estéticas, mas também para garantia de qualidade de vida e combate à obesidade, que está associada a doenças cardíacas, diabetes e câncer. “Para se ter uma vida saudável, o ideal é que os exercícios sejam constantes e continuados, seguidos de uma boa alimentação”, explica o estudante, destacando as caminhadas e os exercícios domésticos como práticas físicas complementares.

Mais informações: Flávio Rosa Junior – jralemao@yahoo.com.br

Contato com o orientador do trabalho: adair@cds.ufsc.br / telefone 48 3721-8532

Por Cecília Cussioli / Estudante do Curso de Jornalismo da UFSC

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