7ª Sepex: estudo da Pós-Graduação em Arquitetura mostra que data de origem da Catedral Metropolitana é indefinida
A história das intervenções arquitetônicas na Catedral Metropolitana de Florianópolis é tema de um dos 20 estudos que estão expostos no estande do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFSC na sétima edição da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC. Segundo a autora, a artista plástica Márcia Regina Laner, a história da Catedral começa com a construção de uma capelinha de pau-a-pique dedicada a Nossa Senhora do Desterro, após a chegada do bandeirante Fernando Dias Velho, porém sem data definida. Documentos levantados apontam para os anos de 1651, 1672 e 1679. Mas o estudo indica que não é possível saber qual deles é o ano exato.
A capelinha, provavelmente em 1721 (outra data não comprovada), deu lugar a uma outra, de pedra e barro, sendo que em 1753 teve início a construção de uma igreja Matriz. Concluída em 1773, permaneceu sem alterações estruturais até 1922, quando começaram as obras que a transformaram em Catedral anos mais tarde. Desde 2004, o cartão-postal de Florianópolis está interditado para visitas e sofre obras de recuperação.
O estudo foi desenvolvido a partir da dissertação de mestrado defendida por Márcia no Pós-Arq em julho de 2007, intitulada “Catedral Metropolitana de Florianópolis: retrospectiva histórica das intervenções arquitetônicas”. A dissertação foi orientada pela professora Ângela do Valle, do Departamento de Engenharia Civil da UFSC e integrante do corpo docente do programa.
Os outros trabalhos expostos também mostram pesquisas desenvolvidas nas quatro linhas de pesquisa do Pós-Arq, que deram origem a dissertações, todas defendidas entre 2007 e 2008. Em mais uma destas, a arquiteta Cíntia de Queiroz, sob orientação da professora Elvira Viveiros, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, mostra que nos últimos 50 anos a proteção sonora oferecida pelos valorizados prédios residenciais da Avenida Beira Mar Norte deteriorou-se em torno de 3 decibéis, e o ruído urbano aumentou, pelo menos, 6 decibéis. Segundo a autora, o aprimoramento das técnicas empregadas na construção civil, nesse caso, não se refletiu no conforto acústico.
Esta é a primeira vez que o Pós-Arq participa da Sepex. Segundo a coordenadora, professora Carolina Palermo, o objetivo é divulgar o conhecimento produzido no programa, que conta hoje com 58 alunos.
Mais informações sobre a Pós-Arq: www.posarq.ufsc.br/index2.htm / (48) 3721-9797
Por Júlio Ettore Suriano / Estudante do Curso de Jornalismo na UFSC
A Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC
A sétima edição da Sepex será realizada de 22 a 25 de outubro, em frente à Reitoria. O “grande circo” da Sepex terá quase seis mil metros quadrados, está sendo montado na Praça da Cidadania da UFSC, para uma mostra de trabalhos em mais de 100 estandes interativos e 1.300 painéis. Outros 600 projetos serão apresentados no Seminário de Iniciação Científica, evento paralelo à Sepex.
No período serão também oferecidos mais de 200 cursos gratuitos de curta duração, que já tiveram as inscrições encerradas com quase seis mil participantes. Será ainda realizada durante a semana a inauguração de oito equipamentos interativos que dão início à construção de um parque de ciência no campus universitário.
Este ano a Sepex está integrada à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Os objetivos são os mesmos: ressaltar a importância da produção do conhecimento na vida da população e no desenvolvimento do País.
Mais informações sobre a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão com a pró-reitora de Pesquisa e Extensão, Débora Peres (debora@reitoria.ufsc.br / Fone: 3721-9716) ou com a diretora do Departamento de Projetos de Extensão, Mônica Aparecida Aguiar dos Santos (monica@cca.ufsc.br / Fone: 48 3721-8305)