UFSC e Udesc estão entre as melhores universidades do país
Em vez de aplicar provas, o ensino superior é que foi testado. O novo sistema de avaliação do Ministério da Educação (MEC), que criou o Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) divulgou sua lista ontem. E têm mais boas que más notícias ao Estado.
O Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (Cefet/SC) fez bonito. Alcançou nota quatro e conquistou o primeiro lugar nacional. A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão entre as 15 melhores universidades do País entre 176 avaliadas. Para o reitor da Udesc Sebastião Lopes Melo, o aumento do número de cursos de mestrado de seis para 15 ajudou muito. “Nos últimos quatro anos, também passamos a ter dois cursos de doutorado. Não tínhamos nenhum”, diz Melo.
A UFSC, que já esteve entre as dez melhores do País, manteve posição de destaque. A avaliação foi praticamente igual à da Udesc. Nota baixa tirou a Unidavi, que ficou entre as dez piores. Surpresa para Niladir Butzke, pró-reitora de Ensino da Unidavi, no Alto Vale do Itajaí. “Tivemos nota quatro em enfermagem, pelo Enade. Pode ser que a falta de cursos de pós-graduação tenha afetado a nota”, acredita a pró-reitora. Ela prometeu mudanças. “Não sabia da existência desse índice.”
Os números apontam uma velha máxima: 35,5% (ou uma em cada três) instituições públicas têm percentual quatro ou cinco, considerado bom e ótimo. Entre as privadas, o índice é de apenas 4,9%, ou uma em cada 20.
Os dados servirão de base para o recadastramento das instituições, o que deve ocorrer nos próximos 12 meses. Quem ficou em recuperação precisará correr: terá a chance de selar termo de compromisso para resolver o problema – contratar mais professores doutores, e investir em infra-estrutura. Segundo o ministro Fernando Haddad, se os problemas não tiverem solução, muitas universidades podem ser descredenciadas.
Fonte: Rodrigo Stupp / Jornal A Notícia
* Colaborou Luciana Ribeiro