Profissionais concordam com adoção da fraternidade nos vários campos do Direito
O princípio da fraternidade, chamado de “princípio esquecido”, pode ser aplicado diariamente nas diferentes atividades jurídicas. Essa foi uma das idéias defendidas nesta quinta-feira, no primeiro painel realizado no período da tarde durante a I Jornada Sul Brasileira Direito e Fraternidade. A mesa foi composta por pelo juiz Paulo César Filippon, pela promotora Helen Crystine Corrêa Sanches; pela advogada Maria Helena Fonseca, além da escrivã Vânia Beatriz Frank.
Os palestrantes lembraram que a fraternidade não é como a solidariedade ― é algo ainda maior. De acordo com os convidados, atuar com fraternidade é se colocar na posição do outro, buscar a melhor solução para os envolvidos e tratar as partes como pessoas, e não como letras em um processo judicial.
Segundo a promotora Helen Crystine, que atua na área da infância e juventude, até o Conselho Tutelar está mudando. Os ambientes frios e formais são substituídos por salas acolhedoras para que as crianças e adolescentes se sintam protegidas, e não intimidadas.
A importância de se estabelecer uma relação de confiança e respeito com o próximo foi enfatizada por Vânia Beatriz, que trabalha como escrivã em uma delegacia de Piçarras. O convívio diário com testemunhas ou criminosos a fez perceber que as pessoas precisam ser ouvidas com atenção e interesse.
A I Jornada Sul Brasileira Direito e Fraternidade aconteceu durante toda a quinta-feira, 11/09, no auditório da Reitoria, e discutiu uma nova visão do Direito – um Direito mais social e humano. O evento foi organizado pela UFSC e pelo Centro de Ciências Jurídicas, com o apoio da Escola Superior do Ministério Público do Estado de Santa Catarina, Ministério Público do Estado de Santa Catarina, Escola dos Magistrados de Santa Catarina, Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Ordem dos Advogados do Brasil-Seccional de SC, Corte Catarinense de Mediação e Arbitragem, Centro Operacional da Infância e da Juventude de SC e Centro Acadêmico XI de Fevereiro, entre outras entidades.
Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom