Laboratório de Anatomia volta a funcionar em dezembro

10/09/2008 13:36

Foto: Paulo Noronha

Foto: Paulo Noronha

O reitor Alvaro Prata, o pró-reitor de Infra-Estrutura , João Batista Furtuoso, e a pró-reitora de Ensino de Graduação, Yara Maria Rauh Müller, estiveram reunidos na tarde desta terça (09/09) com a direção e os professores do Departamento de Ciências Morfológicas da UFSC, em busca de um consenso para viabilizar a abertura do Laboratório de Anatomia o mais rápido possível. Interditado desde o mês de agosto, o espaço de estudos precisa se adequar a determinações da Vigilância Sanitária para voltar a funcionar. O setor reivindica a contratação de funcionários, reforma do telhado e instalação de uma ventilação correta.

Munido de idéias e projetos, o Reitor deixou claro o comprometimento da Instituição em resolver o problema e devolver o laboratório aos estudantes dos sete cursos que utilizam o ambiente – Psicologia, Educação Física, Biologia, Medicina, Odontologia, Enfermagem e Farmácia. Para atender às exigências da Vigilância Sanitária ficou assegurada a instalação de sistemas de exaustão em todas as salas. Em relação à contratação de funcionários e reforma de telhado, levando em consideração a exigência de concurso público e licitação, o reitor apresentou a possibilidade de optar emergencialmente por terceirizados, e para a reforma do telhado, solicitar licitação em regime de urgência ao procurador da UFSC, o que irá permitir iniciar as obras em menos de um mês e garantir seu término até dezembro de 2008. O pró-reitor de Infra-Estrutura trouxe para a reunião algumas plantas com propostas de um novo layout para o Departamento de Ciências Morfológicas. Esclareceu que uma reforma maior não se justifica, pois está previsto para 2010 o início da construção do novo prédio da Morfologia.

Preocupado com as condições de insalubridade, atestadas pela alta incidência de doenças em servidores que atuam no setor, o reitor indagou aos professores sobre a possibilidade de usar bonecos, modelos, filmes e vídeos em substituição aos cadáveres. A idéia não foi descartada, mas o chefe do Departamento, Gilberto Souto, esclareceu que para os cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem a substituição é inviável, e que a peça cadavérica é tida como imprescindível. Como recurso para conservação dos cadáveres em substituição ao formol, foi sugerido o uso de glicerina, substância que facilita o trabalho, é menos tóxico e permite a conservação do cadáver fora do tanque por um tempo maior.

Sensibilizado com a situação precária com que encontrou o departamento, Prata questionou as causas que permitiram chegar a um estado tão decadente. Em resposta, os professores informaram que o laboratório ficou anos sem receber a atenção necessária, inclusive materiais essenciais como o formol. Também foi destacado o aumento nos últimos anos da demanda de alunos usuários do laboratório na ordem de 200%, sem a devida contrapartida em obras de infra-estrutura.

Por Mara Paiva/ Jornalista na Agecom