Especial pesquisa: estudo de grupo da UFSC é capa de publicação científica internacional
Um trabalho do Grupo de Física Atômica e Molecular, ligado ao Departamento de Física da UFSC, é capa de um volume especial sobre estudos em ressonâncias do Journal of Physics B – Atomic, Molecular and Optical Physics.
O artigo assinado por professores da UFSC trata dos resultados obtidos para representar os orbitais moleculares da molécula de N2O (óxido nitroso) num estado excitado final. “É uma representação numérica das densidades eletrônicas, isto é, a representação de onde estes elétrons podem ser encontrados”, explica o professor Sérgio E. Michelin, um dos pesquisadores do grupo.
Segundo ele, a figura de capa foi tratada por uma equipe de designers do próprio Journal of Physics, para demonstrar que o caráter da densidade dos elétrons é na verdade em três dimensões. A figura original era em preto e branco e mostrava as curvas de níveis projetadas num plano.
Os estudos do Grupo de Física Atômica e Molecular da UFSC estão no campo da ciência básica e entre as linhas de pesquisa desenvolvidas está a demonstrações a respeito da probabilidade de encontrar partículas que compõem átomos e moléculas.
O conhecimento sobre onde tais partículas podem ser localizadas é de grande importância pois mostra também interações fundamentais entre elas. “Quando desejamos quantificar as colisões entre partículas; ou numa reação química, ou num estudo de atmosfera, por exemplo, é interessante que se calcule quais as probabilidades de que as partículas colidam entre si. Isto é obtido na forma de um número, e nosso trabalho é calcular estas constantes fundamentais”, complementa Michelin.
Esse tratamento matemático envolve conceitos básicos de Física e de
Química Quântica. Segundo o professor, na execução deste tipo de cálculos é necessário descrever, de forma adequada, as distribuições eletrônicas nas moléculas. A figura publicada pelo Journal of Physics a partir do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores da UFSC é uma descrição visual desta distribuição.
Estudos sobre auroras boreais, efeitos atmosféricos em geral, direcionados à indústria de microeletrônica e às investigações sobre plasmas frios e quentes (que, entre suas muitas utilizações, têm também intenção de buscar energia limpa pelo método de fusão, pelo qual se poderia obter muito mais energia do que em processos convencionais, além disso sem utilização de materiais radioativos) são exemplos de áreas que podem se beneficiar com estudos como o da UFSC publicado no Journal of Physics.
Mais informações com o professor Sérgio E. Michelin, e-mail: fsc1sem@fsc.ufsc.br / fone:
Por Arley Reis / Jornalista da Agecom