UFSC participa de Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil

18/08/2008 13:45

Entre os dias 19 e 22 de agosto a UFSC estará participando da Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil. Estudantes e professores do curso de Graduação em Enfermagem irão aplicar a vacina em diversos Centros de Ensino.

O objetivo é cumprir a meta de erradicação da doença até o ano de 2010, estabelecida pelos países das Américas durante a 44ª reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em setembro de 2003.

Devem se imunizar homens e mulheres com idades entre 20 e 39 anos, ainda que tenham se vacinado há pouco tempo. “A não ser que você tenha tomado a vacina há menos de um mês, é necessário repetir a dose. Esse procedimento garante a universalidade da campanha, ou seja, que possamos imunizar ao mesmo tempo o maior número de pessoas”, explica Maria do Orto, coordenadora do curso de Enfermagem da UFSC. A coordenadora enfatiza também que todos estão convidados a comparecer nos Centros de Ensino, mesmo que não tenham vínculo com a Universidade.

Não é recomendada a aplicação a portadores de doenças imunodeficientes – como o HIV -, aos que fazem o uso de corticóides em altas doses e àqueles que já tiveram reações alérgicas à vacina.

A rubéola é uma doença viral altamente contagiosa, que dura, em média, de cinco a 10 dias e tem como principais sinais manchas avermelhadas na pele, aparecendo primeiro no pescoço e se alastrando para o tronco, pernas e braços. As manchas apresentam máxima intensidade no 2º dia e desaparecem geralmente até o 6º dia. A pessoa infectada pode apresentar também dor de cabeça, dores generalizadas, conjuntivite, coriza e tosse. Em 59% dos casos os sintomas não são visíveis. O período de transmissão é de aproximadamente cinco a sete dias antes do aparecimento das manchas e de cinco a sete dias depois.

Como em 2007 a maioria dos contaminados tinha entre 20 a 34 anos, o foco da campanha acabou englobando pessoas dos 20 até os 39 anos. No ano passado, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Governo do Estado de Santa Catarina, foram 8.156 casos, registrados em 20 Estados, principalmente os das regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste. A Dive também apurou que 70% dos contaminados eram do sexo masculino.

O contágio acontece através do contato com as gotículas de secreções que saem do nariz e da boca da pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar. Pode acontecer também a transmissão indireta, que se dá através de objetos contaminados. Mulheres grávidas infectadas transmitem o vírus ao bebê pela placenta. Uma vez contaminado, o bebê pode nascer com a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) e apresentar problemas como deficiência auditiva (surdez), lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma), problemas no coração (má formação cardíaca), problemas neurológicos ou mesmo nascer morto.

Saiba onde se vacinar:

Dias 19 a 22 de agosto

Das 9h às 17h

Centro Tecnológico (CTC)

Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM)

Centro de Comunicação e Expressão (CCE)

Centro de Desportos (CDS)

Centro de Ciências Agrárias (CCA)

Hospital Universitário (HU)

Das 17h às 19h

Centro de Ciências da Saúde (CCS)

Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)

Centro Sócio-Econômico (CSE)

Mais informações: 3721 9346 ou 3721 9480.

Por Isis Martins Dassow/ bolsista de jornalismo na Agecom