Telessaúde Brasil entrega equipamentos ao Hospital Universitário da UFSC

18/06/2008 13:44

Foto: Paulo Noronha

Foto: Paulo Noronha

O projeto piloto Telessaúde, dos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, vai ser implantado terça-feira(17) em nove estados da Federação. A solenidade de lançamento aconteceu no auditório do Hospital Universitário da UFSC, quando 56 gestores de saúde dos municípios beneficiados receberam computadores para serem conectados à rede do Programa Nacional de Telessaúde.

O Telessaúde vai fazer parte de uma rede para capacitar e dar suporte a médicos e paramédicos do Programa Saúde da Família – PSF. O projeto inicialmente abrange cempontos de rede, beneficiando 50 municípios catarinenses dentro de uma política de assistência e prevenção. Profissionais dos núcleos de saúde vão participar de cursos de curta duração a distancia e os municípios envolvidos no projeto piloto vão receber um kit para exame de dermatologia.

As pessoas desses municípios terão acesso a um portal, onde profissionais poderão trocar informações e discutir diagnósticos com colegas em Florianópolis nas áreas de clínica geral, pediatria, dermatologia, odontologia e informática. Além disso, essas cidades vão ser incluídas na Rede Catarinense de Telessaúde. Segundo Harley Miguel Wagner, gerente de Operações do Setor de Informática e Telemedicina, cuja sede é no Hospital Universitário, a segunda etapa do projeto vai se concentrar na realização de palestras e cursos transmitidos na web. Os primeiros cursos serão sobre questões relacionadas à diabete e à hipertensão arterial, considerando o elevado número de portadores dessas doenças no Estado.

O projeto Telessaúde tem como estratégia a implantação de uma infra-estrutura de informática e de telecomunicação para o desenvolvimento contínuo a distância dos profissionais das equipes de Saúde da Família, a partir da utilização de multimeios (biblioteca virtual, videoconferência, canais públicos de televisão, vídeo streaming e chats). O projeto trabalha, também, na estruturação de um sistema de consultoria, segundo a opinião educacional de especialistas em Medicina de Família e Comunidade e preceptores de saúde da Família e profissionais de Atenção Básica. Dessa forma, a prioridade é ter uma segunda opinião realizada pelos profissionais mais experientes na área, ficando aberta a possibilidade de atuação dos demais especialistas.

O Sistema Único de Saúde arca, atualmente, com altos custos de tratamento fora de domicílio relacionado ao transporte de pacientes. Além disso, muitas vezes o estado grave do paciente a ser transportado coloca em risco a sua vida. A dificuldade em levar e fixar profissionais de saúde em locais remotos e isolados pode ser amenizada com a implantação do Telessaúde Brasil e poderá contribuir na melhoria do fluxo de pacientes na rede de saúde, qualificando os encaminhamentos e ampliando o acesso aos serviços especiais.

A criação de uma rede interligando importantes instituições de ensino e serviços de saúde, num processo de trabalho cooperado on-line, permite implantar uma rede colaborativa agilizando a identificação de problemas e soluções e reduzindo os custos de processos. A integração entre instituições com áreas de excelência complementares em saúde e educação permite criar um núcleo de compartilhamento de conteúdos educacionais e assistenciais. Cada centro desenvolve a sua área de excelência e a compartilha com outras instituições.

Mais informações com Harley pelo fone 3721-8158.

Por José Antônio de Souza/jornalista na Agecom