Fapesc divulga resultados de pesquisas em saúde

10/06/2008 13:55

Um total de R$ 4,6 milhões foram investidos nos últimos 5 anos no Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS/SC), que prioriza estudos capazes de dar resposta aos problemas de saúde baseados no conhecimento científico. É o caso, por exemplo, de uma análise sobre a gestão de serviços numa instituição pública de assistência a pacientes de câncer. Este e outros 34 projetos terão seus resultados avaliados num seminário a ser realizado entre 24 e 26 de junho na Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina.

Antes disso, a Fapesc divulgará uma série de reportagens para explicar o impacto social das conclusões alcançadas com os recursos disponibilizados por chamada pública feita em 2004, a segunda do PPSUS. O programa é coordenado nacionalmente pelo Ministério da Saúde, via Decit (Departamento de Ciência e Tecnologia). Este transferiu os recursos ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) que, por sua vez, distribuiu o dinheiro às 22 Fundações de Amparo à Pesquisa do país. Em Santa Catarina, coube à Fapesc lançar os editais para seleção das propostas. Ela e sua parceira neste programa – a Secretaria Estadual de Saúde – definiram as linhas de pesquisa a serem financiadas, em consonância com a Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde do Ministério da Saúde.

Aos projetos selecionados pelo comitê gestor – com base em pareceres de uma comissão de especialistas e de dois consultores ad hoc –, foram alocados até R$ 200mil por projeto. Cada estudo foi acompanhado até o final de sua vigência, principalmente por meio de visitas in loco, relatórios técnicos parciais e finais, além de apresentações em seminários como aquele programado para este mês.

“Qualquer um pode assistir ao evento”, anuncia o Prof. César Zucco, diretor de Pesquisa Científica e Tecnológica da Fapesc. “Nós já sabemos o que está acontecendo, mas é importante expor os pesquisadores ao público e levá-los a conhecer os trabalhos dos colegas. A avaliação pelos pares é o melhor método que existe.”

O Prof. Zucco acrescenta: “De todos os nossos programas, o PPSUS é provavelmente o mais organizado, por ser o único que prevê recursos para sua avaliação”. A maioria dos seus projetos traz resultados práticos que podem ser usados em serviços públicos, por exemplo. Já há melhorias no SUS decorrentes da primeira chamada pública, feita em 2003, quando o dinheiro disponível não passava dos $600 mil. O valor pulou para R$1,5 milhão no ano seguinte e para R$ 2,5 milhões em 2006.

“Os investimentos aumentaram porque em todos os editais tivemos mais de 100 projetos e nem todos puderam ser contemplados, apesar do mérito”, diz o Prof. Miguel Pelandré Perez, gerente de Pesquisa Científica e Tecnológica da Fapesc.

Neste ano serão oferecidos R$ 5 milhões, para ampliar ainda mais o número de pesquisas voltadas à saúde pública – 419 delas já foram bancadas por chamadas públicas anteriores do PPSUS, sendo 88 em Santa Catarina. O programa aproximou o sistema estadual de saúde com o de ciência e tecnologia, mobilizou a comunidade acadêmica para o desenvolvimento de estudos sobre as necessidades reais da população brasileira em termos de saúde e beneficiou cerca de 100 instituições com verbas liberadas no passado. Como vantagem adicional, conseguiu reduzir a concentração do financiamento público em pesquisas oriundas da região sudeste.

Para saber mais sobre o PPSUS, ligue para Fernanda B. Antoniolli no 3215-1218 ou acesse www.fapesc.sc.gov.br.

Por Heloísa Dallanhol/ Assessoria de Imprensa da Fapesc