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Recorrente na agenda que cumpriu em Florianópolis na quinta-feira (15/5), a preocupação com o fechamento do escritório regional da Finep foi retomada na visita do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos, Luis Fernandes, à Universidade Federal de Santa Catarina. Recebido à tarde pelo reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata, Fernandes conversou também com pesquisadores.

Na recepção inicial, no gabinete do reitor, Prata manifestou sua preocupação com relação à interrupção do trabalho realizado pela representação da Finep em Santa Catarina. “Me preocupa muito que a Finep deixe de manter essa linha de trabalho”, sublinhou o reitor, ressaltando a importância do papel mediador do escritório regional na relação entre a universidade e a Financiadora de Estudos e Projetos, principal agência de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia.

“Não há o menor motivo de preocupação. Não haverá recuo algum. Estamos apenas redesenhando as representações nos estados para que sejam mais efetivas. Elas voltarão a operar com mais força e em um leque maior de ações”, comprometeu-se o presidente da Finep. Fernandes lembrou também que este ano a financiadora de estudos do Ministério da Ciência e Tecnologia vai operar com orçamento recorde de R$ 1,8 bilhão, mantendo o perfil de apoiar toda a cadeia de produção do conhecimento – desde a pesquisa básica até a aplicada.

Fernandes reconheceu o papel da UFSC como referência nacional no trabalho conjunto com o setor produtivo e disse que essa experiência positiva ajudou o país a quebrar a resistência cultural relacionada a esta forma de trabalho. “A UFSC é precursora da agenda de inovação no Brasil”, avaliou, destacando também que essa postura da Federal de Santa Catarina foi inspiração para diversas abordagens que atualmente orientam a política nacional de ciência e tecnologia.

O professor Alvaro Toubes Prata lembrou que nos últimos seis anos a Financiadora de Estudos e Projetos investiu 80 milhões na UFSC, em 332 projetos. Um dos exemplos é o Laboratório Central de Microscopia Eletrônica, implantado e equipado com recursos da ordem de R$ 5 milhões. Já estão funcionando quatro potentes microscópios eletrônicos e mais um foi adquirido para dar suporte às pesquisas no campo nas nanotecnologias.

Depois da conversa no gabinete, o reitor Alvaro Toubes Prata acompanhou Fernandes até a sala dos conselhos, para encontro com representantes de grupos de pesquisa da universidade. A professora Débora Peres Menezes, nova pró-reitora de pesquisa e extensão da UFSC, mostrou como foram distribuídos os recursos destinados pela Finep à UFSC nos últimos anos. Além de apoiar pesquisas e a implantação de laboratórios, os recursos beneficiaram a organização de eventos científicos e o projeto de criação de um espaço de ciências e artes na universidade.

Entre as reivindicações dos pesquisadores da UFSC, continuidade do apoio, maior abertura para as ciências sociais e maior regularidade dos editais, para que os grupos possam estar alertas e se preparem para a busca dos recursos.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom