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Uma antiga reivindicação de professores e pesquisadores catarinenses será atendida: eles receberão 50 bolsas de mestrado e 20 de doutorado a partir de março deste ano, através da Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina). O programa, chamado de Plano Sul de Pós-Graduação, é resultado de uma parceria com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). As duas entidades firmaram um convênio que totaliza R$ 2.730.000,00.

Todas as áreas de conhecimento foram igualmente tratadas no processo seletivo: Desenvolvimento Regional, Nutrição, Turismo e Hotelaria são algumas delas. Para realizar seus estudos, os mestrandos receberão aproximadamente R$ 940,00 e os doutorandos, R$ 1.394,00 (a serem reajustados conforme valores de bolsas da Capes).

Apenas cinco das 70 bolsas irão diretamente para candidatos escolhidos, no caso professores de Santa Catarina interessados em fazer doutorado fora do Estado. A maioria das cotas será destinada a programas de pós-graduação, cujos responsáveis decidirão quem merece as bolsas. Os alunos beneficiados devem estar entre os 20% mais bem classificados no processo de seleção do curso.

O pagamento das bolsas será feito pela Fapesc diretamente às instituições por dois anos consecutivos para viabilizar mestrados, e por quatro anos para doutorados, mediante comprovação da assiduidade escolar dos bolsistas. Neste mês foram anunciadas as universidades que terão apoio do Plano Sul: UFSC, Udesc, UNC, Unesc, Furb, Unisul, Univali, Univille, Unochapecó e Unoesc. Elas vão receber de uma a 13 bolsas, conforme está colocado no site www.fapesc.sc.gov.br.

Participação do Fórum de Pró-Reitores

As bolsas foram obtidas graças a uma reivindicação feita junto à Capes pela regional Sul do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, cuja presidente é a professora Thereza Christina Monteiro de Lima, pró-reitora de Pesquisa da UFSC. Neste processo, a Fapesc fica responsável pelo repasse dos recursos, a partir de edital realizado no ano de 2007.

“Com o programa Plano Sul de Pós-Graduação, a Capes ajuda a fortalecer os cursos que hoje estão com as notas 3 ou 4”, diz a professora Thereza Christina, que até o fim do mês responde pela Reitoria da UFSC, durante as férias do reitor Lúcio José Botelho e do vice-reitor Ariovaldo Bolzan. “Desta forma, é provável que na próxima avaliação da Capes esses cursos recebam notas melhores”.

As bolsas permitem que os interessados realizem o mestrado ou doutorado com dedicação exclusiva, o que pode fazer muita diferença no resultado final. Hoje, a UFSC tem um curso de pós-graduação com nota máxima (7), que é o de Química, e responde pela quase totalidade dos cursos com notas 5 e 6 em Santa Catarina.

Mais informações com a professora Thereza Christina Monteiro de Lima, pelo telefone (48) 3721-9596, ou com o professor César Zucco, diretor de Pesquisa Científica e Tecnológica da Fapesc, pelo telefone (48) 3215-1220.

Por Paulo Clovis/ jornalista na Agecom