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Um grande número de candidatos considerou fácil a primeira prova do Vestibular 2008 da Universidade Federal de Santa Catarina – Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Língua Estrangeira e Redação –, tanto que às 17h30, hora em que poderiam começar a sair, muitos vestibulandos deixaram as salas onde prestavam os exames. A maioria dos candidatos que fizeram a prova no campus da Trindade era de fora da Capital, o que podia ser comprovado pela placa dos ônibus e veículos de passeio estacionados nas ruas internas da UFSC. Havia carros de cidades de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e da região da Grande Florianópolis.

Uma das candidatas animadas com o desempenho do primeiro dia era Laís Miotto, que é de Tapejara (RS) e tenta entrar no curso de Oceanografia, uma das novas opções que a UFSC oferece a partir deste ano (ao lado de Zootecnia e Artes Cênicas). “As questões estão no nível que se espera de uma universidade federal”, disse ela, que mesmo tendo mais afinidade com a área de exatas leu a maioria dos livros indicados para o Vestibular e disse ter gostado muito de “Dois irmãos”, de Milton Hatoum. Laís considerou os assuntos da redação – ética e moral, exploração indígena no Brasil e “o que eu quero é…” – bem variados e capazes de refletir “o que está sendo discutido pela sociedade brasileira”. Ela optou pelo tema dos índios, abordando os preconceitos de que são vítimas os povos indígenas no País.

O mesmo tema foi escolhido por Arthur Viana, que é de Porto Alegre (RS) e quer fazer Jornalismo na UFSC. Na redação, ele falou sobre o caráter tendencioso da mídia no tratamento das questões de interesse das nações indígenas. Vestindo uma camisa do Grêmio e com um braço enfaixado, Arthur acha que foi bem na primeira prova e espera ter melhor sorte aqui do que na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde não foi aprovado no Vestibular de 2007.

De poucas palavras, a paranaense Thaís Stump, de Maringá, considerou a prova “fácil e não muito extensa”. Ela tenta passar para o curso de Letras e abordou, na redação, o tema “o que eu quero é…”. Thaís optou pela UFSC depois de não ter conseguido aprovação na USP, em São Paulo, no ano passado.

Outro candidato que achou as questões fáceis foi o paulistano Felipe Martins, que está tentando passar em Economia. Ele gostou de ver mais questões interpretativas do que gramática na prova de Português e também fez questão de ler todos os livros indicados pela Coperve.

De modo geral, os candidatos que fizeram a prova no prédio do Centro de Comunicação e Expressão, na Trindade, não se queixaram do calor, graças ao ar condicionado, que deixou o ambiente aprazível durante toda a tarde de domingo.

Por Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom

Fotos: Jones Bastos