Universidade Federal de Santa Catarina adere ao Reuni

27/11/2007 12:38

Fotos: Jones Bastos/Agecom

Fotos: Jones Bastos/Agecom

O Conselho Universitário da UFSC (Cun) aprovou, nesta terça-feira, dia 27, às 9h, na Sala dos Conselhos, o projeto da universidade para adesão ao Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), do MEC. Apesar do pedido do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade (Sintufsc) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) de que a votação fosse aberta, a sessão foi fechada, sob clima de protesto de cerca de 120 estudantes. Dos 41 conselheiros presentes, apenas cinco votaram contra o Reuni, sendo que 15 não compareceram à sessão.

Segundo nota da Administração Central da UFSC , “é importante lembrar que o Reuni foi criado para dotar as universidades federais de condições ideais para ampliar o acesso e propiciar a permanência na educação superior, aumentar a qualidade dos cursos e melhorar o aproveitamento da estrutura física e dos recursos humanos disponíveis”.

A apresentação do Reuni à comunidade universitária da UFSC foi feita em meados de junho e cada centro de ensino da Universidade manifestou-se, resguardados os seus mecanismos de discussão. Nove dos 11 centros apresentaram projetos concretos de adesão, sendo um dos nove com condicionantes.

Sendo a 38ª universidade a aderir ao programa, a UFSC tem como meta a abertura de novos cursos de graduação, a ampliação de vagas em cursos diurnos e noturnos e a expansão do projeto de interiorização no Estado de Santa Catarina.

Durante o debate organizado pelas entidades representativas da UFSC (Apufsc, Sintufsc, DCE), no dia 20 de novembro, José de Assis, representando o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, Sintufsc, disse que ninguém é contra a expansão das universidades no país. “Somos contra é a mercantilização do ensino na forma proposta pelo governo”. Para Assis, a reforma tem que iniciar com aumento do investimento do PIB em educação e na reposição das vagas dos trabalhadores nas universidades, que carecem de 25 mil servidores técnico-administrativos e 15 mil docentes.

Representando o DCE, Rodrigo Ribeiro chamou de mercenários aqueles que defendem o Reuni. Diz que é necessário desfazer os mitos do projeto, tais como o curso de bacharelado interdisciplinar e as metas de 90% de aprovação previstas pelo MEC.

Margareth Rossi/Jornalista da Agecom