Saúde para os nossos profissionais
Nildo Ouriques e Maurício Pereima
Diferentes estudos, depoimentos e entrevistas circularam na UFSC ao longo dos últimos dez anos sobre as condições de vida e saúde de nossos quadros docente e técnico. Em quase todos eles transparecem duas vertentes de compreensão: a de que vemos um grau crescente de estresse profissional e pessoal, em decorrência do aumento da carga de trabalho da instituição sem o devido aumento do grupo de trabalhadores dedicados à realização desse trabalho. Claro, não somente cresceu a carga de trabalho, mas também a sofisticação com que precisam ser prestadas contas sobre as atividades realizadas.
A outra vertente de vários depoimentos aponta para um tipo de descaso da instituição para com a saúde e as condições de trabalho e de vida de seus profissionais. Há dez anos já estava indicada a desatenção da instituição para com o apoio a seus docentes e técnicos para que estabeleçam rotinas de combate ao estresse. Quando em situação crítica, os profissionais precisam dar conta de forma individual e isolada de quaisquer necessidades de que sejam acometidos.
A impressão é de verdadeiro abandono por parte da instituição em relação ao seu maior patrimônio (para usar um termo em voga): homens e mulheres sobre os quais se pretende que ocorra um investimento cotidiano em busca de sua qualificação profissional. Pois a falta de cuidados com esse verdadeiro tesouro, construído ao longo de tantos anos e com tanto cuidado, ameaça a possibilidade de que a sociedade brasileira e catarinense possa usufruir dos resultados de profissionais precocemente afastados da produção intelectual e administrativa.
Essa desatenção contrasta com os cuidados dispensados por outras instituições a seu quadro de trabalhadores. Em muitas delas acontecem programas sistemáticos de envolvimento de seus profissionais com programas de enfrentamento do estresse e busca de adesão a tratamentos por parte daqueles que apresentem moléstias crônicas.
Os mecanismos de apoio aos profissionais que vivam alguma situação de crise ganham conotação de inverossímeis, se comparados à situação de abandono que vive a enorme maioria dos profissionais da UFSC nessas mesmas condições.
Pois, apesar de tanta informação, quase nada foi feito ao longo de toda a década. Quando na reitoria, vamos estabelecer programas de defesa da saúde profissional e pessoal de nossos trabalhadores. Vamos proteger os interesses de nossos profissionais e os interesses da UFSC, zelando pelo bem-estar de nossos profissionais. Claro, a forma de fazer isso será desenvolvida de maneira compatível com as características de nossa instituição. Não se pode simplesmente copiar modelos de outras organizações.
Queremos acabar com essa situação e garantir aos nossos profissionais, professores e técnicos, condições de longevidade em sua produção em benefício da Universidade, da sociedade catarinense e deles próprios. E é por isso e por todo esse desejo de mudança que se expressa no campus da UFSC, que pedimos o seu voto nesta terça-feira. Vote 3. Nildo e Maurício!
Nildo e Maurício
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