Projeto Vitrine Cultural expõe trabalhos na UFSC
Mosaicos, origamis, peças de artes aplicadas com motivos natalinos, além de trabalhos de cestaria, crivo e tear são o resultado do Programa Vitrine Cultural da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que está em exposição no Centro de Cultura e Eventos, das 9h às 18h, até o dia 22. A iniciativa é uma realização do Departamento de Cultura e Eventos da UFSC e conta com o apoio da Associação dos Amigos do Hospital Universitário (HU).
O Programa Vitrine Cultural oferece gratuitamente à comunidade minicursos voltados à arte – incluindo também capoeira – , abre novas turmas a cada semestre e em 2007 disponibilizou 220 vagas para os cerca de 550 interessados.
Mariana Lima Mendes Rinaldi fez o curso de Cestaria por indicação de conhecidos da Cooperativa de Pais e Amigos dos Deficientes (Copade). “Eu já fazia fraldas geriátricas na Cooperativa, então agora tenho conhecimentos para produzir outros produtos e gerar renda”, explica.
Marilda da Costa sentiu dificuldades no início do curso de Mosaico. “É um pouco difícil porque tem que ter uma forcinha para quebrar os azulejos, a mão fica até vermelha”. Com o tempo e a prática ela já acostumou à lida dos instrumentos, mas encontrou uma maneira mais fácil de conseguir as formas desejadas: “Agora eu chamo meu marido para cortar as peças para mim”.
Apesar de ser constantemente incentivada pela filha – “quando ela era criança vivia pedindo para eu fazer fantasias para ir a festas” – Elisiane Goedert Volkmer também se sentiu desafiada quando entrou no curso de Artes Aplicadas. “Não sei conciliar cores e tecidos diferentes. Para fazer flores, por exemplo, eu sempre usava o mesmo tecido. Minha filha, que hoje faz Artes Plásticas, me deu dicas de cores, e a professora também me incentivou a fazer as combinações, até que consegui. Para mim foi um ganho”, comemora.
Tanto Dayse Pereira Kammers – a professora de Elisiane – quanto Cristiane Padilha, que ministra as aulas de Cestaria, acreditam que uma da coisas que aprenderam com seus alunos é ter paciência. “Toda turma, no início, é alvoroçada. Os alunos acabam se unindo em torno dos trabalhos, e a paciência para passar as técnicas é fundamental”, afirma Cristiane. Dayse completa: “É muito gratificante. Parece que as pessoas procuram o artesanato como forma de terapia, de conquistarem paz, e acho que conseguem encontra-la”.
As inscrições do Programa Vitrine Cultural são gratuitas, têm como critério de seleção a ordem de chegada e ocorrem no início dos períodos letivos. Mais informações podem ser adquiridas com Cléia, pelos telefones 3721 8718 e 3721 9781.
Por Cláudia Schaun Reis
Jornalista na Agecom