Laboratório de Etologia da UFSC recebe visita de dirigente da Human Society Internacional
O Laboratório de Etologia Aplicada (LETA) do Departamento de Zootecnia da UFSC recebeu, dia 25 de outubro, a visita de Susan Prolman – Diretora de campanhas internacionais da Human Society Internacional (HSI) e Marco Ciampi – Presidente da ARCA Brasil. Susan veio ao Brasil para articular o lançamento de uma campanha que visa a banir o uso de gaiolas em bateria para galinhas poedeiras e celas individuais para porcas gestantes. Para tanto,, estão buscando um profissional brasileiro que será responsável pela execução da campanha. Em Florianópolis entrevistaram candidatos para o posto. Dos cinco candidatos selecionados para entrevista em todo o Brasil, quatro passaram pelo LETA. Aproveitando a visita, Susan ainda apresentou um seminário sobre as Campanhas que a HSI realiza contra esses sistemas intensivos de confinamento de animais.
No seminário Susan destacou que gaiolas em sistema de baterias estão entre as mais cruéis práticas de confinamento intensivo na pecuária industrial. Estas gaiolas de arame são tão restritivas que as aves não conseguem abrir suas asas ou realizar muitos de seus comportamentos naturais, como subir em poleiros e ciscar. Nos EUA 95% das galinhas estão nesse sistema e no Brasil grande parte das galinhas também são criadas assim. Já para porcas as conseqüências do uso desse sistema são estresse, lesão nas juntas, agressividade, depressão e frustração. Ela ainda relatou que nos EUA, a HSI tem feito pressão junto a várias corporações como Wal-Mart e Burguer King para que exijam de seus fornecedores produtos de animais criados com bem-estar.
Uma das campanhas da HSI foi desenvolvida na Índia. Lá eles tentaram atingir a parte da população de nível econômico alto, que sai para comer em restaurantes e que poderia ser sensibilizada em não comer carne de animais que sofrem maus tratos. A campanha foi considerada positiva. Como grande parte da população é vegetariana, o ovo não galado pode ser consumido, pois este não geraria vida.
Aqui no Brasil, ainda não foram definidos os parâmetros que serão adotados nas campanhas contra esses tipo de sistemas intensivos de confinamento de animais.
Mais informações:
LETA – Laboratório de Etologia Aplicada
Site do LETA
e leta@cca.ufsc.br ou
(48) 3721-5356 e 9628-4933 (Juliana Wachholz – graduanda de Agronomia )