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Os berbigões produzidos na Reserva Extrativista Marinha de Pirajubaé, em Florianópolis, são boas fontes de minerais, como sódio, potássio, cálcio e magnésio. São também fontes de proteína e apresentam baixo valor calórico e teores de gordura. A avaliação contou com a colaboração da estudante de Nutrição Stella Lemke, bolsista de iniciação científica da UFSC. Ela participou das análises e das coletas das amostras usadas na dissertação de Mariana Vincenzi Aveiro, direcionada ao estudo da composição nutricional do molusco. Stella apresenta sua colaboração na pesquisa durante o XVII Seminário de Iniciação Científica da UFSC (painel 548, área de Ciências da Vida). O evento acontece nesta quarta e quinta, em uma estrutura de mais de mil metros quadrados montada em frente à Reitoria.

O trabalho orientado pela professora Vera Lúcia Tramonte, do Departamento de Nutrição da UFSC, comprova que o berbigão é um alimento nutritivo e pode fazer parte de uma dieta saudável, desde que seja adequada a quantidade e a forma de preparo – evitando preparações com frituras, por exemplo. Segundo Stella, quando os resultados do estudo são comparados com outras fontes alimentares de origem animal (filé de pescada, coxão mole, sobrecoxa de galinha sem pele, ovo de galinha, por exemplo), os berbigões da reserva, da espécie Anomalocardia brasiliana, são uma boa opção alimentar, podendo ser indicados também para dietas com restrições calóricas e de gorduras totais.

De acordo com os integrantes da pesquisa, muitos dados de tabelas nutricionais brasileiras, ou mesmo do exterior, são pouco confiáveis por falta de descrição dos procedimentos analíticos e dos critérios e forma de amostragem. O grupo ressalta que dados atualizados sobre composição dos alimentos, construídos de forma confiável e condizentes à realidade da região e espécie de cultivo são de grande importância.

A escassez de informações sobre o valor nutritivo do berbigão coletado na região de Florianópolis e de sua importância como fonte alimentar e renda para pescadores artesanais e produtores da região de Santa Catarina mostram a importância do estudo. Até então, eram utilizados valores referentes a berbigões de diferentes espécies e áreas, ainda que a composição nutricional possa variar conforme fatores como local de extração e temperatura da água, por exemplo.

O XVII Seminário de Iniciação Científica é aberto a todos os interessados e não necessita de inscrição.

Mais informações sobre o projeto: 3721 9737, e-mail: stellalemke@yahoo.com.br

Por Mayara Schmidt Vieira (Bolsista de Jornalismo) e Arley Reis (Jornalista da Agecom)