Contigo é Possível. É hora de mudar!
Superar o continuísmo e estabelecer a base para um tempo de mudança na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esses são dois marcos da proposta da chapa Contigo é Possível, articulada por um grande grupo de técnicos, docentes e estudantes que apresentam os nomes de Nildo Ouriques e Maurício Pereima, para administrar a Universidade. E tanto este grupo quanto os candidatos a reitor e vice sabem muito bem: há excelentes projetos e incontáveis talentos dentro da Instituição.
A UFSC possui um corpo técnico de elevada qualidade, que se reflete na produção acadêmica variada e com alto grau de complexidade. Por isso, mudar também significa respeitar, manter e aprimorar esses projetos, e dar às pessoas e seus talentos a oportunidade de aflorar. Para que isso aconteça o grupo que hoje constitui o corpo de apoio desta chapa acredita que é necessário se constituir uma comunidade universitária de fato, genuína, que supere as divisões e rivalidades entre setores. “Essa expressão – comunidade universitária – precisa ganhar vitalidade através de uma cultura de diálogo, e nisso o reitor tem um peso fundamental.” Daí que diálogo e participação serão pontos essenciais do trabalho desta administração.
Outro tema fundamental e que exige a tomada de posição do futuro reitor são as fundações de apoio, que foram sacudidas por graves problemas de gestão detectados pelo Ministério Público. Nildo e Maurício consideram que as fundações são um instrumento importantíssimo de custeio enquanto a Universidade não tiver autonomia plena prevista na Constituição Federal. Nildo lembra que, na eleição passada, os seus adversários diziam que, se ganhasse, ele fecharia as fundações. A verdade é que isso quase aconteceu, sim, mas na gestão atual, de Lúcio-Ariovaldo, reitor e vice que quase levaram ao fim da FEESC. Até hoje essa fundação continua sob intervenção, fato noticiado nos mais expressivos meios de comunicação do Estado. “Um dos desafios do próximo reitor é recuperar a credibilidade das fundações, que devem ter seus recursos administrados com lisura e transparência”.
Também o ensino de graduação vai passar por um forte processo de valorização. “Uma universidade de qualidade, verdadeiramente plena, deve romper a distância atualmente existente entre as exigências de qualidade nos programas de pós-graduação e aquelas existentes no ensino de graduação. Superar esta contradição é tarefa inadiável da Universidade e nosso compromisso”, afirmam os candidatos. O que não significa que a pós-graduação ficará relegada, pelo contrário. O que haverá é equilíbrio entre os níveis de ensino e muito cuidado com a formação.
E isso já pode ser visto agora. O curso de graduação de Medicina da UFSC, coordenado por Maurício Pereima, ao formar os futuros médicos, hoje recupera o papel do profissional voltado para as necessidades de saúde da população, visceralmente vinculado ao Sistema Único de Saúde, o SUS. Já na primeira fase do curso os alunos tomam contato com as comunidades de Florianópolis, onde permanecem até o final da graduação. Eles iniciam o contato com atividades de territorialização e conhecimento da comunidade e sua realidade. Depois, passam a atuar nas Unidades Locais de Saúde em atividades de promoção da saúde, que vão desde a prevenção da doença a diagnóstico e tratamento das afecções.
No caso específico do HU, Nildo e Maurício acreditam que a atuação do reitor é estratégica, porque o hospital é um dos maiores instrumentos de legitimação na UFSC na sociedade. Para os candidatos, a superação dos problemas do HU precisa de um forte protagonismo da Universidade através da Andifes, que, nos últimos 10 anos, gradualmente perdeu a capacidade de atuar como interlocutora de peso junto ao MEC e ao Ministério da Saúde. Defender o HU 100% público e melhorar as condições de trabalho no hospital é compromisso da chapa.
Por tudo isso é que Nildo e Maurício – formados pela própria UFSC e que hoje aqui atuam como docentes representando uma nova geração – são nomes cuja importância se justifica porque não representam a si mesmo. Eles são a síntese de uma longa discussão coletiva e pretendem representar uma causa que pertence a todos e que precisa urgentemente de novas energias. Para a chapa, esse sentido de representação, portanto, necessita ressurgir na Universidade rapidamente para superar o desânimo em relação à nobre função da política, a divisão interna, os conflitos desnecessários, a perda de credibilidade – junto à população e aos demais órgãos da República – que marcam a história recente da universidade.
Pela grandeza de propósitos, esta é uma tarefa coletiva para a qual a comunidade universitária está convocada e para a qual – como candidatos – Nildo e Maurício não pouparão esforços. Neste contexto, a participação de cada um é fundamental porque, afinal, Contigo é Possível!