Biblioteca Universitária expõe livros, postais, adesivos e corpoemas de Lindolf Bell

24/10/2007 12:53

Dentro da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, vai até dia 29, segunda-feira, uma exposição de poemas, livros, adesivos e corpoemas (camisetas com poemas) de Lindolf Bell na Biblioteca Universitária da UFSC.

O material exposto pertence à Casa do Poeta Lindolf Bell, mantida pela Fundação Cultural de Timbó naquela cidade do Vale do Itajaí, onde o autor nasceu e onde morou durante muitos anos.

Além de verem os materiais expostos, os visitantes também podem adquiri-los. Estão à venda os livros O Código das Águas (R$ 27,00), As Annamárias (R$ 27,00) e Quixote Catarinense, este de Hellen Francine (R$ 30,00), os poemadesivos (R$ 2,00), os postais-poemas (R$ 1,00) e os corpoemas (camisetas a R$ 28,00 e R$ 30,00).



Lindolf Bell nasceu em Timbó em 1938 e teve o primeiro contato com a literatura dentro de casa, pois sua mãe dizia poemas com freqüência. Radicado em São Paulo, criou em 1964 o movimento Catequese Poética, que consistia em levar a poesia e a arte para as ruas, praças e viadutos. “O lugar do poema deve ser onde possa inquietar” foi um dos versos mais célebres deixados pelo autor.

Casado com a artista plástica Elke Hering, Bell criou em Blumenau, nos anos 70, a Açu-Açu, primeira galeria de arte de Santa Catarina. Também foi marchand e crítico de artes e teve poemas publicados em revistas da Itália, Bélgica, Angola, Argentina e Estados Unidos. A Casa do Poeta, em Timbó, tem biblioteca, espaço cultural e museu, mostrando objetos do autor, livros, fotografias e um centro de memória com textos escritos e recebidos ao longo de sua vida. Lindolf Bell morreu em 1998, aos 60 anos, em Blumenau.

No mesmo espaço da Biblioteca Universitária aparece uma exposição de obras do Serviço de Coleções Especiais de Obras Raras e de Coleções Especiais de Raridades Catarinenses, com volumes editados no Brasil, em Portugal e no Chile nos séculos XIX e XX.

Por Paulo Clóvis/ jornalista da Agecom