UFSC realiza exames de maconha e cocaína para tratamento da dependência química
Por meio de um projeto de extensão, a UFSC realiza exames de maconha e cocaína para auxiliar no tratamento ambulatorial à dependência química. O objetivo é proporcionar a profissionais da saúde um suporte laboratorial para situações de tratamento continuado e comprovação da adesão. As análises são realizadas pelo Laboratório de Toxicologia da UFSC e atende instituições públicas e organizações não-governamentais, com realização do serviço a custo zero.
Como este tipo de exame não é comum no meio médico, ainda são poucas requisições. Conforme a professora Claudia Regina dos Santos, coordenadora do projeto, o objetivo é proporcionar uma ferramenta de apoio que pode atender a diferentes necessidades. “Pode ser preciso a comprovação de que a pessoa está abstêmia ou até pode ser uma forma do paciente dar retorno à família e mostrar o engajamento no tratamento”, exemplifica.
Para participar o paciente assina um termo de consentimento e responde a um questionário. A coleta da urina para realização dos exames deve ser feita na presença de um profissional.
Entre as instituições já atendidas está o ambulatório de dependência química do Hospital Universitário, o Grupo de Reinserção de Dependentes Químicos (Amadas), que funciona no bairro Vargem Grande, e o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPSad), localizado no bairro Estreito.
O Laboratório de Toxicologia é vinculado ao Departamento de Patologia, do Centro de Ciências da Saúde da UFSC. O projeto de extensão que permite a realização dos exames teve origem em uma demanda não atendida pelo Laboratório de Toxicologia de Emergência – Toxem/CCS/UFSC, também vinculado ao Departamento de Patologia.
O Toxem realiza exames toxicológicos em esquema de plantão 24 horas, atendendo casos de todo estado, no entanto, apenas em situações de emergência. O projeto de extensão contempla uma necessidade da comunidade, realizando os exames gratuitos de maconha e cocaína em amostras de urina de pacientes em tratamento ambulatorial para dependência química.
Mais informações com a professora Claudia Regina dos Santos, fone: 3721 5069 ; e-mail: claudiasantos@ccs.ufsc.br
Por Arley Reis / Jornalista da Agecom