Seminário nesta sexta apresenta resultados de pesquisas com a piracanjuba
Resultados de 12 anos de investigações científicas serão apresentados no Seminário Ações de Conservação e Manejo dos Peixes do Alto Uruguai, marcado para 10h desta sexta-feira (21/9), na sala AQI 206 do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, no Itacorubi. Entre os casos de sucesso, destaca-se uma estratégia que pode evitar o desaparecimento de uma espécie de alto valor comercial, também muito apreciada pelos praticantes de pesca esportiva: a piracanjuba.
“Ela está na lista vermelha em grau máximo”, diz o professor Evoy Zaniboni Filho, um dos membros do Grupo de Pesquisa em Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce. A piracanjuba existia em abundância no Rio Uruguai, que divide Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Passou a aparecer raramente nas últimas décadas por causa de fatores como o desmatamento e conseqüente escassez dos frutos e das sementes que lhe serviam de alimento. Também foi vítima da poluição gerada pela indústria do papel, pelos curtumes etc. Isso tudo sem falar no impacto negativo das barragens e do assoreamento do rio: quanto mais terra vai para o rio, menos comida sobra para a piracanjuba.
Para garantir a manutenção da espécie, o grupo que envolve quase 40 pesquisadores se desdobrou em esforços, com o apoio de entidades como a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc). “Conseguimos a reprodução da piracanjuba em cativeiro, e chegamos a fazer um projeto de reintrodução dela na bacia do Rio Uruguai”, acrescenta Zaniboni.
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