Greve: novas negociações em Brasília
O reitor da UFSC, Lúcio José Botelho, participou nesta terça-feira, em Brasília, de uma rodada de negociações em busca de solução para a greve dos funcionários técnico-administrativos das universidades federais. O encontro envolveu o Ministério da Educação, os servidores e as instituições federais de ensino superior, que tentam pôr fim a uma paralisação que já dura mais de dois meses. Na segunda, dia 6, a maior parte dos acessos à Universidade Federal de Santa Catarina foi fechada pelos grevistas, inviabilizando as aulas em diversos centros no primeiro dia do semestre letivo.
“As negociações estão abertas, mas as universidades não podem atender, isoladamente, as reivindicações dos funcionários, pois esta é uma decisão que precisa vir do Governo Federal”, diz o reitor da UFSC. Por isso, as conversações continuam, ao mesmo tempo em que a Universidade tenta manter suas atividades discentes. Lúcio Botelho acredita que uma solução deve ser encontrada até o dia 15 de agosto, sob pena de inviabilizar o retorno dos servidores ao trabalho durante o resto do ano.
A Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) intermediou as primeiras reuniões entre o MEC e a Fasubra, entidade que representa os trabalhadores técnico-administrativos, na tentativa de manter as conversações em aberto. Agora, um novo encontro pode encaminhar soluções para o impasse. “Dentro de um meio como o universitário, o diálogo jamais deve ser suspenso”, afirma o reitor.
A Administração Central da UFSC já se posicionou a favor dos pleitos dos servidores, que incluem a melhoria das condições de funcionamento do Restaurante Universitário (RU), a realização de concursos públicos, a ascensão funcional, a paridade de direitos entre efetivos, aposentados e pensionistas, a inclusão dos trabalhadores técnico-administrativos em projetos de pesquisa e extensão e a necessidade de novos investimentos na segurança do campus.