Desocupação de Reitoria da UFSC é novamente adiada
Mesmo com a apresentação de uma nova proposta, na tarde de terça-feira (28), contendo 11 itens que procuravam atender à maior parte das reivindicações do grupo de estudantes, os pró-reitores de Ensino de Graduação, Marcos Laffin, e de Assuntos Estudantis, Corina Espíndola, depararam-se, hoje (29) pela manhã, com a decisão do movimento de manter a ocupação do prédio da Reitoria da UFSC. Mais que isso, a Administração Central mostra-se preocupada com a radicalização e a presença de pessoas estranhas ao movimento no campus, entendendo que isso confere um caráter eminentemente político à invasão, tirando-o do âmbito estritamente acadêmico.
Uma das exigências dos manifestantes para pôr fim à ocupação é a retirada de um processo por cárcere privado contra membros do movimento, em decorrência de uma invasão realizada em 2005, quando o reitor e conselheiros ficaram presos na sala do Conselho Universitário da UFSC durante várias horas. Este processo encontra-se na Polícia Federal e a UFSC já não tem mais ingerência sobre ele. “Não há a menor possibilidade de simplesmente retirar um processo que diz respeito à entidade suprema de uma universidade, o Conselho Universitário”, sublinha a Administração.
O reitor Lúcio José Botelho, embora decepcionado com a postura do grupo, mantém os pontos de compromissos definidos na última negociação.
Sobre a situação atual, a Reitoria enfatiza ainda que, “sem ser representação de entidade estudantil, a invasão foi feita à revelia da assembléia ocorrida, inicialmente com a presença do reitor, pois sequer foi votada”. Isso caracteriza, segundo a Administração Central, um desrespeito ao próprio processo de negociação.
Diante da intransigência do grupo de manter a ocupação, a UFSC continua analisando os próximos passos a tomar, visando a buscar uma solução que atenda aos interesses da instituição, inclusive pela via judicial, se for o caso.
























