Interação de alunos de Medicina com a comunidade é exemplo para professores da região andina

17/07/2007 16:17

Foto: Jones Bastos

Foto: Jones Bastos

Durante os dias 16 e 17 de julho docentes consultores da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) da Colômbia, Equador, Bolívia, Chile, Venezuela, Peru e Brasil estarão reunidos no Centro de Ciências da Saúde (CCS) para conhecer de que forma o curso de Medicina da UFSC tem levado os alunos, já na primeira fase do curso, a interagirem com a comunidade. A UFSC está sendo indicada pelo governo federal como modelo de integração docente assistencial para toda a América Latina, devido aos resultados obtidos a partir dessa integração, prática incluída na grade curricular de 2003.

A UFSC foi uma das primeiras universidades brasileiras a propiciar o encontro dos alunos com a comunidade desde cedo. Antes, só na 10ª fase é que havia esse contato, sempre intermediado pelo convênio entre a universidade e a Secretaria Municipal de Saúde. “Os alunos acabam conhecendo como as pessoas vivem, descobrem a história de cada um, e esse convívio se dá ao mesmo tempo em que aprendem todas as outras disciplinas”, explica Elza Salema Coelho, professora do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública e uma das organizadoras do encontro.

A integração com a comunidade, nas primeiras fases, se dá longe do atendimento clínico. Primeiro, com a orientação dos professores, os alunos conhecem o bairro, o posto de saúde, fazem visitas domiciliares, para só na quarta fase atuarem junto aos Centros de Saúde.

João Paulo Silveira, aluno da sétima fase, entende que o programa é uma forma de repensar a relação entre médicos e a comunidade. “Ter esse contato nos possibilita vivenciar a realidade de quem procura o SUS, analisar onde estão os problemas, compreender quais são as políticas públicas de saúde e pensar em alternativas para que a medicina se aproxime das necessidades integrais das pessoas”.

Mais informações com a professora Elza Coelho, pelos telefones 3721 9388 ou 8414 4310.