Exposição na Galeria de Arte da UFSC mostra o mais conhecido e criativo artesanato catarinense: a renda de bilro

04/06/2007 18:35

A Galeria de Arte da UFSC inaugura nesta terça-feira, dia 5, às 18h30, a exposição “Céu Estrelado”, com parte da coleção de rendas de bilro “Doralécio Soares”, acervo do Museu Universitário Oswaldo Rodrigues Cabral, da UFSC.

Durante o evento, a professora Anamaria Beck falará sobre as rendas de bilro e rendeiras do Centro Cultural Bento Silvério – Casarão da Lagoa, da Lagoa da Conceição, Florianópolis, demonstrarão como as rendas de bilro são feitas. As rendeiras estarão na Galeria de Arte, das 14h às 17h, nos seguintes dias: 5 (apenas no horário da abertura da exposição), 6, 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de junho.

A exposição apresenta vários tipos de toalhas de renda, em diferentes tamanhos, formatos e pontos, e parte da coleção “Doralécio Soares”, composta por 224 peças, que foi adquirida em dezembro de 2006, através do Programa de Apoio a Entidades Culturais da Caixa Econômica Federal. Serão expostos também “piques” – material usado para se desenhar o ponto –, almofada de renda de bilro, dois vestidos em rendas de bilro (que não fazem parte da Coleção Doralécio Soares) e peças da coleção em escultura de rendeiras do artista Franklin Joaquim Cascaes.

Escultura de Franklin Cascaes

Escultura de Franklin Cascaes

“Céu Estrelado” estará aberta ao público de 6 a 29 de junho, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30. A Galeria de Arte da UFSC fica no prédio do Centro de Convivência. O evento é gratuito e aberto à comunidade. A curadoria é de Cristina Castellano e Aline Carmes Krüger, que buscam adequar o conjunto das informações coletadas a uma exposição de caráter museológico e informativo. A coleção conta com o trabalho da conservadora Vanilde Rohling Ghizoni.

O evento é uma realização do Departamento Artístico Cultural e do Museu Universitário Oswaldo Rodrigues Cabral, vinculados à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFSC, e conta com o apoio da Caixa Econômica Federal e do Costão do Santinho Resort & Spa.

A renda de bilro foi, no século XIX, uma atividade feminina praticada no âmbito doméstico. Surgiu provavelmente do bordado, porém é diferente deste porque trabalha com pontos no ar, sem tecido. Tem significativa importância na economia doméstica e social da população catarinense já que “onde há redes há rendas”.

Segundo artigo de Doralécio Soares, publicado na revista da Comissão Catarinense do Folclore, em 1957, “as rendeiras da Ilha de Santa Catarina, na sua maioria, descendem de portugueses da Ilha dos Açores; tradicionalmente herdaram dos seus antepassados a arte de executar rendas que, ainda na época atual, transmitem às gerações que surgem”.

O material utilizado na confecção de rendas é composto de fios, bilros de madeira, almofada cilíndrica, alfinetes e cartões furados (piques) que, com movimentos rítmicos dos bilros, a rendeira tece a mais conhecida e criativa forma de artesanato catarinense: a renda de bilros.

SERVIÇO:

O QUÊ: Abertura da exposição “Céu Estrelado” com rendas de bilro e conversa com a professora Anamaria Beck.

QUANDO: Dia 5 de junho de 2007, terça-feira, às 18h30.

VISITAÇÃO: De 6 a 29 de junho, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30.

ONDE: Galeria de Arte da UFSC, prédio do Centro de Convivência, Campus Trindade.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO: Galeria de Arte da UFSC (48) 3721-9683 e galeriadearte@dac.ufsc.br – http://www.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC-PRCE-UFSC, com material das curadoras