Projeto que busca proporcionar ‘status de café’ à erva-mate será mostrado na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão
As propriedades medicinais da erva-mate e as propostas de novos produtos feitos a partir de sua exploração, serão apresentados na 6ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da UFSC.
Quem traz a novidade é o Projeto Ervanova, uma parceria entre Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, ligado ao Centro de Ciências Agrárias (CCA) e Departamento de Engenharia Mecânica, ligado ao Centro Tecnológico (CTC) da UFSC, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai de Chapecó e IEL (Instituto Euvaldo Lodi/SC).
Os trabalhos integram projeto ‘Negócios do Futuro’ lançado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em setembro de 2006, em conjunto com o Sebrae. O objetivo é apoiar as indústrias ervateiras para o desenvolvimento de produtos com características químicas e biotecnológicas próprias da erva-mate, com padrão de exportação.
Para isso, a professora Edna Amante, do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, conta que é preciso melhorar o processo de produção da erva-mate para chimarrão, reduzindo os resíduos de fumaça que provocam danos à saúde do consumidor. Com a redução da fumaça, as propriedades medicinais da erva poderão ser exploradas.
Edna revela que na 6ª Sepex serão apresentados especialmente os resultados sobre a qualidade do chimarrão. Assim, espera-se melhoria no processo de produção da erva-mate e utilização do conceito de ‘tecnologia limpa’, que consiste em reduzir ou eliminar os resíduos do processamento.
Segundo dados do Projeto Ervanova, o cultivo da erva-mate no Brasil é diretamente associado ao consumo de chimarrão. Mas os índios usavam essa planta para resistir à fadiga, reduzir fome e sede. A cultura rende diretamente aos produtores brasileiros mais de R$ 150 milhões ao ano e gera cerca de 700 mil empregos. Os principais consumidores da erva-mate são o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
Entretanto, a equipe envolvida com o projeto busca a internacionalização dos produtos. Países como Uruguai e Síria já importam a erva-mate brasileira. Edna diz que a idéia é garantir à erva-mate um ‘status de café’. A professora afirma que isto é possível, já que no momento todos estão procurando os benefícios das plantas e além de seus compostos bioativos a erva-mate cria um novo mercado de produtos naturais, gerando mais emprego e renda.
O estande do Projeto Ervanova contará com banners sobre os resultados de suas pesquisas. Além disso, a participação do grupo na Sepex tem o objetivo de reunir os estudiosos da erva-mate e também as cinco indústrias ervateiras que participam do projeto. Os visitantes poderão participar da degustação de um novo produto desenvolvido pelo grupo.
Mais informações na UFSC sobre o projeto com a professora Edna Regina Amante, fone 3721 5371 ou eamante@cca.ufsc.br






























