Núcleo de Mediação Comunitária resolve conflitos com economia de tempo e custo
Quem quiser conhecer e tirar dúvidas sobre o processo de mediação pode visitar o estande do Núcleo de Mediação Comunitária, do Centro de Ciências Jurídicas, na 6ª Sepex – Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão. Atuando desde o ano passado, o Núcleo tem como objetivos principais não só a formação profissional dos estudantes de Direito nessa área, mas também o atendimento à comunidade da Grande Florianópolis que não possui condições financeiras. Os interessados, geralmente encaminhados pelo EMAJ – Escritório Modelo de Assistência Jurídica, passam por uma triagem que avalia as condições sócio-econômicas. O setor, que ainda conta com dois bolsistas, recebe entre 5 a 10 casos por semana.
O professor Ildemar Egger é coordenador do núcleo e esclarece que o local é aberto a outros cursos. Estudantes de Psicologia e Serviço Social também buscam a mediação. Mas Egger observa que é essencial conhecimento na área para atuar no grupo. Por isso, os alunos do curso de Direito fazem disciplinas preparatórias no 6º semestre.
Egger diz que a mediação é um método antigo, mas ainda pouco conhecido pelas pessoas. O procedimento alia rapidez, sigilo e menor custo para as partes envolvidas. Embora não tenha um prazo fixo de término, a resolução dos casos não ultrapassa 60 dias. O coordenador do núcleo compara este prazo com a duração de alguns processos de divórcio que chegam a oito anos. Com a mediação, alguns casais entraram em consenso e assinaram um acordo em menos de dois meses.
Além da rapidez, o ambiente informal e a comunicação direta entre o mediador e as pessoas facilitam a resolução dos casos. Quem procura o procedimento decide quantas vezes na semana quer os encontros e quais regras devem ser seguidas. “Esse tipo de comunicação, diferenciada dos processos judiciais, tende a manter um bom relacionamento entre as partes”, avalia Ildemar Egger.
Grandes empresas utilizam a mediação para resolver desde conflitos internos entre funcionários até problemas com negociações. Egger lembra que a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil está incentivando o uso do procedimento nas companhias nacionais.Mas revela que nem sempre a mediação é eficaz. Muitas vezes as pessoas envolvidas não conseguem um acordo ou acabam quebrando algumas regras do procedimento como o sigilo ou o bom relacionamento.
Quem define os rumos do procedimento é o mediador. Para obter resultado positivo no procedimento, quem faz a mediação precisa ter domínio, ser imparcial, dando espaço igual às partes envolvidas. Além disso, é o mediador que facilita a resolução do conflito e que sabe a hora de encaminhar o caso para um tribunal ou para outra forma de resolução.
Fernanda Rebelo / Bolsista de Jornalismo da Agecom
Mais informações pelo telefone 3721 6743/3721 9292 ou 9983 1330, com o professor Ildemar Egger






























