Fapesc mostra impacto social da CT&I

10/05/2007 11:58

Foi lançado, em forma de livro, o Relatório de Atividades 2003-2006 da Fundação de Apoio à Pesquisa, Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Com o título “O impacto do investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação em Santa Catarina”, a obra traz os principais investimentos feitos nessas áreas durante o período.

Segundo a Fapesc, “apesar das limitações financeiras do governo, jamais este setor [econômico e social] recebeu tantos investimentos, promovidos de forma regionalizada, em projetos e programas que abrangem todas as áreas do conhecimento”.

Tendo dentre seu público universidades, órgãos do governo do Estado, entidades associativas de utilidade pública, incubadoras de empresas e parques tecnológicos, todos voltados à pesquisa científica, a Fundação incentiva o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado através de financiamento de projetos de pesquisa, concessão de bolsas, apoio, organização e participação em eventos científicos e tecnológicos, além do apoio a publicações e programas especiais na área de CT&I.

O ex-reitor da UFSC e atual presidente da Fapesc, Antônio Diomário de Queiroz, no relatório, atesta que “cabe à ciência diminuir progressivamente o sofrimento das pessoas e das nossas comunidades e construir um mundo melhor e mais justo. Ou seja, a inovação tecnológica e o acesso às novas tecnologias precisam criar impacto social. O que fez a Funcitec e o que faz a Fapesc é trabalhar para que a inovação tecnológica viabilize a eficácia social das atividades de ciência e tecnologia, integradas e associadas à educação, à cidadania e ao meio ambiente”.

Rogério Portanova, ex-presidente da Fapesc, vai ao encontro de Diomário quando se trata de unir tecnologia e meio ambiente. “Na encruzilhada civilizatória em que nos encontramos, não custa repetir que o principal desafio é o de harmonizar a produção econômica e industrial em escala global sem afetar o equilíbrio ambiental”.

O governador Luiz Henrique da Silveira, reconhecendo o papel da Fapesc, reforça: “Só com educação, ciência, tecnologia e inovação canalizadas em processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação pode-se responder à necessidade de valorização dos recursos e das pessoas. Santa Catarina, por exemplo, já exporta dois terços dos seus produtos com valor agregado, isto é, incorporou os ganhos e valores da pesquisa. O nosso Estado possui hoje mais empresas certificadas do que a Argentina e detém um PIB maior do que o Uruguai e quatro vezes o do Paraguai”. Como também destaca Carlos Pieta Filho, ex-gerente do Fundo Rotativo de Estímulo à Pesquisa Agropecuária do Estado de Santa Catarina (Fepa): “Hoje, Santa Catarina mantém um status privilegiado de desenvolvimento, graças, em grande parte, ao seu agronegócio ou complexo agroindustrial (CAI) que participa com 21% no PIB, 37% na força de trabalho e 60% nas exportações, e, ainda, sendo sempre superavitário”.

A ex-secretária de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Elisabete Anderle, complementa o governador. “A Fapesc foi uma aliada decisiva e permanente na caminhada pela conquista da cidadania, da democratização do conhecimento e da construção da educação plena para todos os catarinenses, tendo como motes comuns a interiorização, a descentralização e a regionalização, marcas que caracterizaram e diferenciaram o governo de Luiz Henrique da Silveira e de Eduardo pinho Moreira”.

Outro ex-presidente, Vladimir Álvaro Piacentini, relembra que a Fundação “aproximou universidades e empresas, preservou a autonomia política e manteve-se em fina sintonia com a prática cotidiana de transparência das ações do governo catarinense, conquistando, assim, o respeito e a legitimidade da comunidade científica”.