Estudo sobre Lagoa Pequena, no Rio Tavares, é apresentado na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC
A situação ambiental da Lagoa Pequena, no Rio Tavares, em Florianópolis, é tema do banner `Diagnóstico Ambiental da Área Verde de Lazer da Lagoa Pequena`, das alunas do curso de Biologia Ana Luiza Arraes e Mônica Ulysséa. O projeto busca chamar atenção das autoridades ambientais para a preservação da Lagoa Pequena.
Segundo Ana Luiza e Mônica, a área da Lagoa Pequena possui vários problemas, não só ambientais, mas também de comportamento da comunidade. O local é de afloramento do lençol freático e a terra é arenosa. Como muitas casas foram construídas sem rede de esgoto e muito próximas da lagoa, as características do local facilitam a contaminação do lençol freático.
Além disso, o local fica alagado quando chove, pois uma parte da lagoa foi aterrada para virar uma estrada que dá acesso à praia e casas. As coletas de água feitas pelas estudantes durante as pesquisas confirmam a presença de coliformes fecais na lagoa, mas em taxas aceitáveis. Portanto, a água é própria para banho, mas a presença dos coliformes indica que em algum ponto da lagoa são despejados esgotos residenciais.
A vegetação em volta da lagoa está devastada, pois os moradores a utilizam como pasto. Além disso, os seus arredores servem para passeio de animais domésticos e poucos donos recolhem as fezes dos animais. Assim, as alunas de Biologia esclarecem que a comunidade local precisa se conscientizar para utilizar de forma responsável a área.
A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) possui um projeto para criar uma área de lazer na Lagoa Pequena. Mas as estudantes afirmam que não houve participação da comunidade no projeto e muitos moradores questionam a idéia da fundação.
Assim, o trabalho continua e o próximo passo de Ana Luiza e Mônica é entrevistar os moradores da Lagoa Pequena. As estudantes querem saber o que a comunidade espera da área de lazer e, em parceria com a Associação dos Moradores, divulgar em panfletos as condições ambientais do local e propostas de conscientização para a comunidade.
O resultado das entrevistas com os moradores resultará em um relatório que será entregue pelas alunas a Fundação Municipal do Meio Ambiente. A
s estudantes ainda não conseguiram aprovação do projeto no Departamento de Apoio à Extensão – DAEx da UFSC e nem no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC. Mesmo assim, continuam suas pesquisas e apresentam na 6ª Sepex os resultados de um ano de estudos. O banner 520 está na área de Meio Ambiente.
Mais informações com Ana Luiza Arraes de Assis, fone 8803 8801, e-mail: buxexinh@hotmail.com
Por Fernanda Rebelo / Bolsista de Jornalismo na Agecom