Crianças aprendem e se divertem na 6ª Sepex

Foto: Paulo Noronha / Agecom
“É muito divertido e interessante para elas. As crianças são cheias de curiosidade pelo mundo e a Sepex vai ao encontro dessa curiosidade.” Esta é a opinião de Gilka Girardello, professora do Departamento de Metodologia de Ensino e mãe de Nora que, aos 7 anos, já é uma veterana em Sepex. Este ano, as duas conheceram um projeto sobre tratamento de esgoto e outro sobre técnicas de ressuscitamento. “Agora a gente está procurando as minhocas, que foi o que ela mais gostou de ver ano passado.”
O minhocário do projeto Reciclagem Orgânica da Família Casca é realmente uma das atrações preferidas das crianças. A estudante de Agronomia Monica Leite explica que o projeto estimula o contato das crianças com as plantas e com os animais. De uma centopéia feita de garrafas PET, as crianças são apresentadas a uma centopéia de verdade. “Muitas delas têm medo, principalmente as que moram em apartamento e acabaram se afastando do contato direto com esses animais.”

Foto: Camila Brandalise / Ensaio UFSC
O estande do Colégio de Aplicação é um dos mais movimentados da Sepex. Ao passar por ele, o visitante é logo abordado por um dos seus animados expositores. Rebeca, 10 anos, pede licença e começa a falar de tudo o que pode ser encontrado no estande. “Tem cajuzinho, empadão, receitas, jogos, desafio em braile, fotografias, uma história sobre Tamú – que eu não sei o que é mas eu falo.” Nesse momento, intervém Vitória, 9 anos. “Eu sei: é a história de uma tartaruga!”. As duas aplicadas expositoras ainda não tiveram tempo de visitar o restante da Sepex. “Mas eu quero ver a Visão em Cores”, conta Rebeca.
Mariza Campos, professora do Colégio de Aplicação, explica que a cada ano eles vêm com uma proposta diferente. Este ano o tema são as diferentes estratégias de ensino. “O objetivo é trazer as produções das crianças e deixar que elas apresentem essa produção”, revela. Em uma das paredes do estande estão cerca de 20 receitas que os alunos pesquisaram com as suas mães e avós. Duas delas, inclusive, foram feitas e são vendidas pelas próprias crianças. Gabriele, 9 anos, diz que foi a sua turma mesmo quem preparou os cajuzinhos. “A gente fez a receita e a professora foi ajudando.”
Em um breve intervalo das suas tarefas de expositora, Gabriele contou um pouco da sua experiência em Sepex. Em 2005, a estudante participou de um projeto feito em conjunto com crianças da Escola Indígena Wherá Tupã – Poty Djá da Aldeia Guarani M’Biguaçu. Deste intercâmbio, as próprias crianças tiveram a idéia de fazer um livro, lançado na Sepex daquele ano. “A gente teve a idéia porque as brincadeiras deles eram diferentes da nossa.” Publicado em português e guarani, DJ’A NHANHEVANGA – VAMOS BRINCAR? foi elaborado em conjunto entre os alunos das duas escolas e fala das brincadeiras preferidas de cada um dos dois grupos de crianças. Das brincadeiras indígenas, a preferida de Gabriele é a Caça Abelha – uma espécie de pega-pega em volta de uma árvore. Das suas, a estudante escreveu sobre a que mais gosta: escolinha. E antes que o repórter tente encontrar nisso alguma vocação, a menina revela: “Eu prefiro ser aluna.”
Mais informações:
Colégio de Aplicação – Maria Elza – 48 3721-6701 – Estande 51
Reciclagem Orgânica da Família Casca – Antônio Augusto Alves Pereira – 48 3721-5437 – Estande 14
Por Daniel Ludwich / Bolsista de Jornalismo na Agecom






























