Novo programa de mobilidade estudantil é apresentado pelo coordenador do Alban Office
Um novo programa de mobilidade estudantil, o Erasmus Mundus External Cooperation Window, foi apresentado nesta segunda-feira, dia 23, pelo professor Alberto Sereno, coordenador do Alban Office, com sede em Portugal, e responsável pela implementação do Programa de Mobilidade Alban de bolsas para estudos de pós-graduação na União Européia.
Cerca de 130 alunos e professores da UFSC acompanharam a palestra “Panorama Geral de Mobilidade Estudantil: América Latina/Europa”, no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos da universidade, na qual Alberto Sereno fez um balanço geral das bolsas Alban, que serão substituídas pela futura cooperação com terceiros países.
Sereno revelou que o Erasmus Mundus beneficia estudantes de graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e professores (staff), diferente das bolsas Alban que são destinadas somente a mestrado e doutorado. “Serão 3.500 bolsas já para o período 2007/2008, e acredito que cerca de 600 venham para a América Latina”, destacou, lembrando que o início da mobilidade está previsto para o mês de setembro deste ano ou, no máximo, em abril de 2008.
Com poderes delegados pela Comissão das Comunidades Européias, a Agência Executiva para a Educação, Audiovisual e Cultura é o organismo encarregado de implementar o Erasmus Mundus External Cooperation Window, cuja mobilidade de estudantes e professores será feita através de consórcios entre universidades, instituições de educação superior e suas associações da União Européia e da América Latina, Ásia, África, Caraíbas e Pacífico. Cada consórcio receberá até 6 milhões de euros, por ano. Está prevista também a mobilidade da Europa para terceiros países em até um máximo de 30% dos fluxos totais.
O apoio financeiro já foi definido e dependerá do tipo de mobilidade. Todos receberão valores pré-fixados para gastos com viagem, subsistência, seguro e taxas. O valor da bolsa de graduação, por exemplo, será de mil euros para os que chegam à Europa, diferente dos que saem de lá, que receberão 800 euros.
Mas existe uma polêmica sobre isso. “Um aluno de graduação europeu que vem estudar no Uruguai ou Brasil, por exemplo, receberá o equivalente ao salário de seu orientador. Seus gastos serão muito menores. A bolsa, neste caso, deveria ser de acordo com a necessidade local. Por isso, ainda estamos discutindo a questão”, enfatizou o reitor da UFSC, Lúcio José Botelho, que participou hoje da apresentação e integra o grupo de gestores da América Latina que elabora o novo modelo de cooperação Erasmus Mundus.
Sobre o Alban
Alberto Sereno explicou que o Alban contempla estudantes latino-americanos na realização de estudos de pós-graduação, formação ou requalificação profissional superior na União Européia em várias áreas. Nesses cinco anos do programa, as mais procuradas são as Ciências Sociais e a Engenharia e a maioria dos ‘bolseiros’ estuda em Portugal, no Reino Unido, na França e na Espanha.
Com 16.617 candidaturas desde 2002, o Alban selecionou 2.513 inscrições, mantendo 1.060 ativas, 718 terminadas e 81 por iniciar. O Brasil e o México são os países que aparecem em primeiro lugar em número de estudantes, que recebem 75% de apoio no custo da formação. No total, estão sendo investidos cerca de 170 milhões de euros e 36% deste orçamento está na América Latina.
O resultado da quinta e última convocatória 2007-2008 será divulgado no início de junho e o Alban continuará até 2010 para acompanhar os estudantes e terminar todos os projetos ativos.





























