Estudantes do Centro de Ciências Agrárias participam de trote ecológico

Minigincana para coleta de entulho
Os cerca de 50 alunos que participaram do chamado “Trote ecológico” saíram da sede do CCA às oito horas da manhã e partiram para a Lagoa, acompanhados de professores responsáveis pela atividade e por alunos do Centro Acadêmico (C.A) dos dois cursos.
O trote começou com uma visita ao Laboratório de Aqüicultura, na Barra da Lagoa, onde os estudantes terão aulas e poderão fazer estágios. Depois, os acadêmicos foram divididos em dois grupos para participarem de uma “minigincana”, percorrendo cerca de 1,5 quilômetros nas margens da Lagoa da Conceição e recolhendo latas, papéis, sacos plásticos e outros entulhos encontrados no local. A equipe vencedora seria aquela que recolhesse a maior quantidade de lixo.
De acordo com Enio Luiz Pedrotti, diretor do CCA e um dos professores responsáveis pelo trote, a atividade tem como proposta fazer com que os alunos da primeira fase tenham desde cedo um contato com a água, que está ligada diretamente à área de atuação dos cursos. “O trote ecológico é uma contra-proposta ao ‘trote normal’. Dessa forma há uma possibilidade de integração entre calouros e veteranos sem que os novatos tenham que ser sujos e pedir dinheiro, o que pode ser meio degradante para eles”, explica Pedrotti.
Para o diretor do CCA, os estudantes da primeira fase têm recebido muito bem a atividade, que é voluntária. Membros do C.A. também auxiliam na organização do mutirão. A iniciativa foi tomada conjuntamente pela comissão dos chefes de departamento do Centro, pela coordenadoria dos cursos e pelos Centros Acadêmicos.
O trote ecológico já é praticado pelos cursos do CCA há seis anos, mas esta é a primeira vez que as atividades são realizadas conjuntamente entre Engenharia de Aqüicultura e Agronomia. O curso de Agronomia já recolheu entulhos em outras praias da Ilha, mas a escolha pela Lagoa da Conceição é inédita.

Trote ecológico proporcionou integração
De acordo com o estudante Pedro Henrique Hexsel, calouro da Engenharia de Aqüicultura, o trote ecológico é mais proveitoso porque possibilita maior contato com a área que vai estudar. “É mais interessante que o trote ‘normal’. A universidade deveria apoiar mais estas ações”, diz Pedro Henrique.
Já para o calouro Walter Lopes Pedro, o trote solidário é uma boa iniciativa, mas as brincadeiras e festas também têm seu lado positivo. “As festas são boas porque integram os alunos novos e os veteranos. Mas seria bom também que além de recolher lixo, os trotes solidários desenvolvessem atividades como visitar creches, arrecadar livros ou plantar árvores”.
Além de recolher resíduos na Lagoa, os calouros do CCA poderão participar de outro trote ecológico na quarta-feira, indo até a Fazenda da Ressacada para fazer o plantio de árvores nativas.
Por Jéssica Lipinski / Bolsista de Jornalismo na Agecom