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“Desfiar e fiar o passado, o presente e o futuro” é a temática do 9o Congresso Internacional de Aspectos Teóricos das Pesquisas nas Línguas de Sinais. Pela primeira vez fora da América do Norte e da Europa, o congresso terá 40 apresentações de trabalhos e 75 pôsteres. O encontro será realizado no Centro de Cultura e Eventos da UFSC até sexta-feira.

Entre os 400 congressistas estão representantes de línguas de sinais de todo o mundo. A abertura na manhã de quarta-feira, no auditório do Centro de Eventos da UFSC, contou com a presença de Ted Supalla (University of Rochester). Ronice Quadros, professora da UFSC e organizadora do evento, explica que o conferencista é um dos primeiros surdos a estudar a língua dos sinais.

Ao reunir representantes de vários países, o evento pretende socializar pesquisas e estabelecer relações e comparações entre as mais variadas línguas: chinesa, holandesa, americana, entre outras. Além disso, é preciso situar a língua de sinais brasileira como ponto de referência de pesquisa internacional. Para Ronice Quadros o fato de o congresso estar acontecendo no país já é uma conquista, “é o nosso trabalho e pesquisas sendo reconhecidos ”.

O encontro que tradicionalmente acontecia nos EUA, Canadá ou Europa, abrange diversas áreas da lingüística entre estudos formais e aplicados. Essa edição conta com pesquisadores que contribuíram desde o início dos estudos em linguagem de sinais até os que têm as mais novas perspectivas de investigação. Ulrike Zeshan (Max-Planck-Institute for Psycholinguistics) e Paul Dudis (Gallaudet University) são exemplos de estudiosos dos novos métodos. A idéia, segundo a organizadora, é retomar questões e pensar novas abordagens para os estudos na língua.

As apresentações seguem até a sexta-feira, dia 8/12, no Centro de Eventos e ainda é possível se inscrever no local.

Maiores informações no site www.tislr9.ufsc.br/tislr_brasil/