Pesquisas na área de farmacologia são reconhecidas na reunião anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental

10/12/2006 15:58

O Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC (PPGF) recebeu seis prêmios na última edição da reunião anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe). A Fesbe tem por objetivos promover e difundir a atividade científica das áreas da biologia e defender temas relevantes para o desenvolvimento da ciência. A 21ª reunião anual da federação ocorreu em Águas de Lindóia, São Paulo, em agosto desse ano.

Das seis pesquisas premiadas, cinco receberam menção honrosa e a do aluno do PPGF, Filipe Duarte, foi a primeira colocada do Prêmio Juarez Aranha Ricardo. Duarte trabalhou em busca de novas potencialidades terapêuticas para a redução da ansiedade e da depressão. Para isso pesquisou os efeitos de propriedades da planta Polygala sabulosa (popularmente conhecida por Timuto pinheirinho) em camundongos.

As pesquisas provaram que a planta tem propriedades que diminuem a ansiedade e convulsões nos animais. Mais que isso: o pesquisador identificou como essas propriedades agem no cérebro dos ratos, formulando assim um “mecanismo de ações”.

Outra aluna do PPGF, Juliana Amorim Pádua, representou a pesquisa dos laboratórios dos professores Antônio de Pádua Carobres e Reinaldo Takahashi na reunião. A pesquisa “Prejuízos olfatórios não afetam a resposta defensiva de ratos idosos frente ao odor de gato” observou ratos idosos e adultos em dois comportamentos: discriminação de cheiros e reconhecimento social – nos camundongos as duas atividades dependem do olfato.

Nessa comparação ficou claro que os ratos idosos têm prejuízos olfativos. A partir dessa constatação os pequisadores avaliaram a reação defensiva dos ratos, expondo-os ao odor de gato. Concluiu-se que a deficiência olfativa dos ratos idosos não afeta o instinto de defesa dos mesmos, uma vez que suas reações defensivas foram semelhantes a dos ratos adultos.

Outros quatro trabalhos receberam menção honrosa da Fesbe: “Redução das respostas defensivas de ratos expostos ao odor de gato após a microinjeção de AP-5 na substância cinzenta periaquedutal dorsolateral”, de Rimenez Rodrigues de Sousa; “Bloqueio central do receptor canabinóide CB1 reduz as concentrações plasmáticas de etanol sem interferir no prejuízo motor promovido pelo álcool”, de José Inácio; “Administração diária de cafeína previne prejuízos cognitivos induzidos pela administração intranasal de mptp em ratos”, de Meigy Tadaiesky; “A cafeína reverte prejuízos na discriminação de objetos em modelo animal do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade”, de Vanessa Pires.

Para mais informações acesse o site www.farmaco.ufsc.br ou ligue (48) 3331-9813.

Por João Gustavo Munhoz / Bolsista de Jornalismo na Agecom