Engenheiro da Fórmula 1 faz palestra na UFSC

23/11/2006 17:42

Até dezembro do ano passado, Fernando Paulo Grando era apenas mais um aluno da Universidade Federal de Santa Catarina que cursava parte do doutorado fora do País. Na Inglaterra desde 2003, ele se preparava para retornar ao Brasil quando viu um anúncio de emprego e resolveu se candidatar. A vaga: engenheiro da Mercedez-Benz HighPerformance Engines, empresa que produz os motores para a equipe McLaren de Fórmula 1.

Ex-aluno do curso de Engenharia Mecânica da UFSC, Grando foi selecionado e começou a trabalhar na Mercedez em janeiro deste ano, desenvolvendo os motores utilizados pela McLaren na última temporada. Em Florianópolis para tratar do doutorado, o engenheiro fará uma palestra nesta sexta-feira, dia 24, às 17h, no auditório da Polo – Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica, na UFSC.

Na palestra, Grando falará dos desafios enfrentados por quem trabalha com automobilismo, considerado um dos ápices do desenvolvimento tecnológico criado por engenheiros mecânicos. “Vamos abordar, de forma breve, limitações e oportunidades da Fórmula 1, considerando as mudanças no regulamento previstas para o próximo ano, quando apenas um motor poderá ser utilizado do início ao fim da competição”, explica o engenheiro.

Formação – Antes de ir para a Inglaterra, Grando investia na vocação para a pesquisa. “Ingressei no mestrado logo após terminar a graduação e no doutorado logo após o mestrado. Então imaginava que seguiria carreira acadêmica. Mas na Europa percebi que há uma tendência das empresas em valorizar profissionais com bons currículos escolares”, afirma. A opção por trabalhar na Mercedez acabou atrasando a conclusão do doutorado, agora marcada para 2007.

Para Grando, o fato de ter cursado graduação e pós-graduação em uma instituição considerada referência na área de Engenharia Mecânica foi determinante para a conquista do emprego na Mercedez. “Os alunos que se esforçam ao longo do curso, aproveitando tanto o conhecimento técnico específico quanto as atividades multidisciplinares, saem da UFSC com uma grande vantagem competitiva”, diz.

Fonte: Núcleo de Comunicação do CTC/ Por Débora Horn