Pós-graduandos da UFSC são premiados por trabalhos na área de alimentos geneticamente modificados
Os estudantes de pós-graduação da UFSC Fábio C. A. Brod e Andréia Zílio Dinon foram premiados no XX Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, que ocorreu entre os dias 8 e 11 de outubro, em Curitiba. Concorrendo com mais de dois mil pôsteres expostos no evento, o trabalho de Fabio Brod, doutorando do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, ligado ao Centro de Ciências Agrárias, alcançou o primeiro lugar geral. Por seu desempenho, avaliado tanto em relação à escolha do tema, quanto ao conteúdo alcançado, ele recebeu R$ 2.500.
Com o título “Detecção de soja transgênica por nested PCR em produtos e aditivos cárneos” Brod expôs uma pesquisa de seu trabalho de mestrado, na qual analisou 32 amostras de aditivos de produtos cárneos (proteína texturizada de soja usada, por exemplo, na fabricação de empanados e salsichas). Nos resultados foi constatada a presença de soja geneticamente modificada (Roundup Ready TM) em 15 amostras. De acordo com os pesquisadores do CCA, este método poderá ser utilizado por indústrias de carnes interessadas em controlar a presença de soja transgênica em seus produtos. Neste trabalho não foi realizada a quantificação da soja transgênica, mas verificada sua presença nos alimentos.
Em trabalho anterior, apresentado na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o laboratório de Ciência e Tecnologia realizou a quantificação de 40 amostras de proteína texturizada de soja, sendo que apenas em duas a quantidade de soja transgênica superou 1%. A Legislação brasileira determina que produtos que excedam esse percentual de soja transgênica em sua constituição sejam rotulados.
Milho transgênico
A mestranda Andréia Zílio Dinon recebeu R$ 500 pelo segundo lugar na área “Microbiologia, Micotoxicologia e Biotecnologia”, mesma categoria em que estava inscrito o trabalho de Brod. Em seu poster, intitulado “Presença de milho transgênico em alimentos comercializados em Santa Catarina”, Dinon verificou, em algumas amostras coletadas na Capital, a presença de milho geneticamente modificado nos produtos do dia-a-dia, como biju, fubá e polenta. No próximo estágio do trabalho será analisado um número maior de amostras, além de se verificar aquelas que deram resultado positivo para a presença de milho geneticamente modificado.
Por Manfred Matos / Bolsista de Jornalismo na Agecom
Mais informações com a professora Ana Carolina Arisi, e-mail: arisi@cca.ufsc.br ou 3331 5388