EXTENSÃO: crianças da Serrinha usufruem espaço do Núcleo de Desenvolvimento Infantil

Sábado de brincadeiras
O projeto começou em parceria com a Associação dos Moradores da Serrinha. Primeiro o grupo subiu o morro com alguns brinquedos, como a cama-elástica, para apresentar a idéia aos moradores. “Era preciso que as crianças e os pais conhecessem a gente e o nosso trabalho”, explica a coordenadora do projeto, Margareth Feiten, professora do Núcleo de Desenvolvimento Infantil da UFSC.
Apresentada a idéia, ainda faltava o transporte das crianças até a sede. A solução do deslocamento veio de uma parceria firmada com a empresa de transportes urbanos Transol. A empresa busca as crianças no começo da tarde, quando iniciam as atividades no NDI, e depois ao anoitecer faz o retorno, tudo gratuitamente.

Fotos cedidas pelo projeto
Durante os sábados em que o projeto acontece são desenvolvidas inúmeras atividades, que incluem pintura, modelagem, brincadeiras de roda, esportes e marcenaria. São também programadas idas à praia, ao teatro e ao cinema. “Muitas dessas crianças sequer conheciam um cinema ou mesmo a ilha onde moram”, afirma a coordenadora.
A criatividade é parceira dos educadores. Os recursos necessários para a manutenção do programa, como o lanche oferecido às crianças e o material utilizado, vêm de doações da comunidade em geral, e do dinheiro conseguido com a venda de latinhas de alumínio para a reciclagem. O grupo faz a arrecadação das latinhas com as crianças da creche do NDI, que são filhos de funcionários e estudantes da UFSC e freqüentam o local diariamente.
O projeto de extensão atende cerca de 40 crianças de quatro a dez anos. “Mas há uma fila querendo entrar e nós não temos mais capacidade”, diz Margareth. A coordenadora também informou a necessidade de se pensar em uma linha de atendimento para os adolescentes.
Para os coordenadores, o maior ganho com a iniciativa é justamente a possibilidade de ampliar o universo cultural das meninas e meninos, aproveitando um espaço que é público, para que eles possam, ao mesmo tempo, desfrutar a infância e fugir da violência.
Mais informações com a professora Margareth Cisne, fone 3331 9432
Por Juliana Schwartz Dal Piva / Bolsista de Jornalismo na Agecom