EXTENSÃO: crianças da Serrinha usufruem espaço do Núcleo de Desenvolvimento Infantil

20/10/2006 11:40

Sábado de brincadeiras

Sábado de brincadeiras

Para otimizar o espaço do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) e proporcionar a crianças carentes novas vivências, nasceu o projeto de extensão “Um, dois, três e já, lá vamos nós! Vivenciando um projeto de educação itinerante”. Trabalhando desde 2004 com as crianças da comunidade da Serrinha, um grupo de professores e estudantes da UFSC desenvolve quinzenalmente, aos sábados, várias atividades sócio-educativas.

O projeto começou em parceria com a Associação dos Moradores da Serrinha. Primeiro o grupo subiu o morro com alguns brinquedos, como a cama-elástica, para apresentar a idéia aos moradores. “Era preciso que as crianças e os pais conhecessem a gente e o nosso trabalho”, explica a coordenadora do projeto, Margareth Feiten, professora do Núcleo de Desenvolvimento Infantil da UFSC.

Apresentada a idéia, ainda faltava o transporte das crianças até a sede. A solução do deslocamento veio de uma parceria firmada com a empresa de transportes urbanos Transol. A empresa busca as crianças no começo da tarde, quando iniciam as atividades no NDI, e depois ao anoitecer faz o retorno, tudo gratuitamente.

Fotos cedidas pelo projeto

Fotos cedidas pelo projeto

A professora Margareth Feiten Cisne divide a coordenação do projeto com o professor Gilberto Lerina, também do NDI. Para os trabalhos nos sábados Margareth conta com o apoio das professoras Sônia Maria Jordão de Castro, Regiane Parisi Freitas e Tatiana Benedet, e outros dez alunos voluntários, todos do núcleo. O aluno do curso de Educação Física, Rodrigo Lacerda, também trabalha com o grupo.

Durante os sábados em que o projeto acontece são desenvolvidas inúmeras atividades, que incluem pintura, modelagem, brincadeiras de roda, esportes e marcenaria. São também programadas idas à praia, ao teatro e ao cinema. “Muitas dessas crianças sequer conheciam um cinema ou mesmo a ilha onde moram”, afirma a coordenadora.

A criatividade é parceira dos educadores. Os recursos necessários para a manutenção do programa, como o lanche oferecido às crianças e o material utilizado, vêm de doações da comunidade em geral, e do dinheiro conseguido com a venda de latinhas de alumínio para a reciclagem. O grupo faz a arrecadação das latinhas com as crianças da creche do NDI, que são filhos de funcionários e estudantes da UFSC e freqüentam o local diariamente.

O projeto de extensão atende cerca de 40 crianças de quatro a dez anos. “Mas há uma fila querendo entrar e nós não temos mais capacidade”, diz Margareth. A coordenadora também informou a necessidade de se pensar em uma linha de atendimento para os adolescentes.

Para os coordenadores, o maior ganho com a iniciativa é justamente a possibilidade de ampliar o universo cultural das meninas e meninos, aproveitando um espaço que é público, para que eles possam, ao mesmo tempo, desfrutar a infância e fugir da violência.

Mais informações com a professora Margareth Cisne, fone 3331 9432

Por Juliana Schwartz Dal Piva / Bolsista de Jornalismo na Agecom