Seminário apresenta novas perspectivas sobre a vivência do surdo na sociedade
O III Seminário de Estudos Surdos, que vai ocorrer nos dias 6 e 7 de outubro, tem como foco a pesquisa sobre o tema. O objetivo é debater os trabalhos de pós-graduação em Educação de diversas universidades brasileiras, na linha Educação e Processos Inclusivos. Os elementos culturais que caracterizam os surdos na sociedade e definem as particularidades de seu mundo integram a temática central do seminário. O evento será realizado no auditório do Centro de Ccomunicação e Expressão (CCE) e as inscrições estão abertas até o dia do seminário.
O evento vai iniciar com a apresentação do Hino Nacional em Língua de Sinais. As palestras serão ministradas por doutores de várias universidades do país, como a Universidade de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Gladis Perlim, coordenadora do Grupo de Estudos Surdos (GES) da UFSC, sinaliza para a intérprete Silvana Aguiar que a Universidade Federal de Santa Catarina é destaque nacional no estudo sobre o assunto. De acordo com Gladis, o diferencial é que a UFSC possui o maior número de pesquisadores surdos entre todas as universidades brasileiras. Assim, as pesquisas locais focam a questão da diferença cultural, baseada no entendimento dos próprios pesquisadores como surdos.
De acordo com as informações disponibilizadas no site do grupo (www.ges.ced.ufsc.br), os Estudos Surdos podem se conectar com diversos campos teóricos e filosofias, o que explica as produções em pós-graduação. A expansão do campo investigativo sobre o tema impulsionou a quebra de paradigmas que identificam os surdos. A equipe destaca que percebe-se, com a investigação, uma ruptura com os padrões da normalidade, deficiência, subalternidade, que caracterizam um novo modo de ser e de pensar, uma relação diferente dos surdos com os ouvintes. O seminário vai expor essas tendências, presentes nas pesquisas atuais.
Mais informações: www.ges.ced.ufsc.br ou 48 3331 8713
Por Janaina Cavalli / Bolsista de Jornalismo na Agecom
