Interfaces Artísticas na UFSC: Maracatu no Projeto 12:30
Acontece nesta quinta-feira, dia 14 de setembro, no Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, a apresentação de Maracatu de Baque Virado com o Grupo Arrasta Iha, de Florianópolis. A apresentação acontece às 12h30 e faz parte da programação artística do encontro Interfaces Artísticas que acontece na UFSC de 11 a 14 deste mês.
O Grupo Arrasta Ilha existe há quatro anos em Florianópolis e tem por objetivo difundir a cultura do Maracatu de Baque Virado, além de outras manifestações populares como o boi de mamão. As apresentações acontecem geralmente na rua, em forma de arrastão, como no carnaval, mas o grupo também realiza apresentações de palco.
O Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação, é uma brincadeira popular urbana de forte cunho religioso, encontrada no Recife, Pernambuco. É uma manifestação de origem africana inserida no ciclo carnavalesco. Simboliza, entre outras coisas, a coroação dos reis do Congo, feita em forma de cortejo.
O cortejo é composto por uma orquestra de percussão, formada por alfaias, abês, ganzás, atabaques, taróis e gonguê, além de uma voz solo e o coro de vozes.
Participam ainda diversos personagens da corte real (rei, rainha, escravos, vassalos, etc.). Os Maracatus são mantidos de geração a geração pelo esforço dos integrantes das comunidades.
Atualmente, o Maracatu é pesquisado por diversos grupos e pessoas no Brasil e no mundo, que praticam principalmente a música e a dança característica deste
folguedo.
A Associação Cultural Arrasta Ilha, criada em 2006, para além das apresentações do grupo, estruturou-se a fim de auxiliar trabalhos de transformação social, através destes conhecimentos culturais. Os integrantes realizam oficinas de maracatu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), todos os domingos.
Além disso, o programa Erê da Ladêra, criado pelos integrantes da associação, tem por objetivo desenvolver um trabalho em comunidades, como a Ponta do Leal e o Morro da Caixa do Estreito, com crianças e jovens em situação de risco social, para incentivar a busca da construção da cidadania, através da música, da dança, da brincadeira, da (re)descoberta e valorização da própria cultura.
Nesse aspecto, o grupo está propondo a fusão de diferentes elementos culturais, para retratar uma miscigenação cultural tipicamente brasileira, que pode resgatar e trazer novas interpretações a manifestações locais.
Durante a interação lúdica são incentivadas ações como o uso de materiais descartados para produção de instrumentos e bonecos, apoio a movimentos populares da cidade (principalmente por espaços públicos de qualidade), motivação para a cooperação e ajuda mútua, e consciência de uma autonomia cultural.
Outra atividade da associação é o intercâmbio com os mestres e integrantes das nações de maracatu de Recife, que acontecem uma vez por semestre. Nesses encontros, os participantes aprendem não só a história, mas também a forma de tocar e de dançar de cada nação.
Mais informações sobre o trabalho da Associação Cultural Arrasta Ilha ou para contratar as apresentações do Grupo Arrasta Ilha o telefone de contato é (48) (48) 3233-5597 e 8408-0889 ou pelo e-mail: arrastailha@grupos.com.br.
CONFERÊNCIA COM ANA MAE BARBOSA
Ainda neste dia 14, quinta-feira, às 10 horas, no Auditório da Reitoria da UFSC, Ana Mae Barbosa, referência nacional e internacional em Arte-Educação, fará conferência no último dia do encontro Interfaces Artística na UFSC.
Ana Mae Barbosa nasceu no Rio de Janeiro, RJ. É professora aposentada da pós-graduação em arte-educação da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo. Foi diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e presidente do International Society of Education through Art (InSea). Professora visitante da The Ohio State University, EUA, e possui diversos livros publicados sobre Arte-Educação.
EXPOSIÇÕES DURANTE O INTERFACES:
No Hall do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, exposição Cerâmica na Educação “A Mitologia como Meio – A Caixa de Pandora”, coordenada pela arte-educadora Tânia Ramires, com alunos da EBM Albertina Madalena Dias, do bairro Ratones, Florianópolis.
No Espaço Estético – Colégio de Aplicação/UFSC, exposição “Para Além do Visível”, das artistas Jussara Maria da Silva e Fernando M. D’Acampora.
Na Galeria de Arte da UFSC – prédio do Centro de Convivência, exposição “Esculturas / Objetos” em madeira, mármore, bronze e cerâmica do artista Paulo Damé, professor de cerâmica e escultura na UFPEL, Pelotas-RS.
INTERFACES ARTÍSTICAS: NO CONTEXTO DO ENSINO DE ARTE
A programação detalhada, científica e artística, e mais informações sobre os profissionais que participam do encontro Interfaces Artísticas, que acontece na UFSC de 11 a 14 de setembro, podem ser obtidas no endereço www.interfaces.ufsc.br ou pelo site www.dac.ufsc.br, do Departamento Artístico Cultural da UFSC. O evento é uma realização em parceria com instituições educacionais e culturais de Santa Catarina e contará com a presença de professores e outros profissionais reconhecidos de vários estados do Brasil. Contato: (48) 3331-9348 ou 3331-9447 e pelo e-mail interfaces@dac.ufsc.br.
SERVIÇO:
O QUÊ: Apresentação de Maracatu e conferência com Ana Mae Barbosa no encontro Interfaces Artísticas.
QUANDO: Dia 14/09 às 10h00, no Auditório da Reitoria, conferência com Ana Mae Barbosa e às12h30 Maracatu, no Projeto 12:30, na Concha Acústica.
ONDE: Campus da UFSC
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA E CULTURAL: Veja www.interfaces.ufsc.br
QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.
CONTATO: Fone/Fax (48) 3331-9348 ou 3331-9447
E-mail: interfaces@dac.ufsc.br
Veja as fotos de alguns espetáculos em www.incuca.com.br
Fonte: [CW] DAC-PRCE-UFSC, com material dos grupos.