Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC sedia exposição sobre a produção de farinha de mandioca

30/08/2006 14:26

Boi sendo colocado na canguinha para dar início à farinhada

Boi sendo colocado na canguinha para dar início à farinhada

Quinta-feira, dia 31 de agosto, às 18h30min, será realizaado o coquetel de lançamento da exposição fotográfica Farinhada: A Arte do Engenho, de Carolina Coral, no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA), na UFSC.

O ensaio fotográfico foi realizado em maio de 2005, no engenho Agenor J. de Andrade, no bairro de Santo Antônio de Lisboa. A exposição conta com dez fotos coloridas, todas legendadas, auxiliando o espectador a compreender as etapas da produção artesanal da farinha de mandioca.

O engenho localiza-se ao lado de uma casa colonial, ambos datados de 1860, sendo utilizado durante quase cem anos pelos Andrade como um de seus meios de subsistência.

Crianças brincando no terreno do engenho durante a Farinhada

Crianças brincando no terreno do engenho durante a Farinhada

A produção da farinha é chamada de “farinhada”, e antecede à Festa do Divino que por toda região de Santa Catarina ocorre no mês de maio ou junho. Entretanto, no bairro de Santo Antônio é realizada em setembro. Durante a festa, o engenho, com peças antiqüíssimas passa a girar e produzir uma autêntica e saborosa farinha de mandioca.

Além das fotos revelando passo a passo a produção da farinha de mandioca, a exposição conta também com objetos etnográficos do acervo do Museu Universitário “Oswaldo Rodrigues Cabral” da UFSC. Apresenta o carro de boi com sua sebe, diversos tipos de balaios, tipitins, a peneira, o seirão, a lamparina, conhecida pela denominação de pomboca e artesanatos representados por miniaturas, o carro de boi, os engenhos de fabricar farinha de mandioca movidos a tração animal.

Carolina Coral, 27, é estudante de jornalismo da Unisul, aluna de transferência da PUC-Rio. Morou no Rio de Janeiro durante quatro anos, e lá começou a desenvolver seu olhar fotográfico. Em março do ano passado desenvolveu seu primeiro projeto fotográfico em parceria com alunos da Universidade intitulado Lagoa: Composição do Olhar. E este ano produziu uma série de reportagens “Raízes Açorianas” para o Telejornal Experimental Metropolitano, da Unisul. A série também foi levada para escolas e centros comunitários da capital e para o governo dos Açores.

A exposição já está aberta e ficará até o dia 30 de setembro. Os horários de visitação são de segunda a sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sendo que, ainda neste semestre o vídeo Raízes Açorianas e as fotos da exposição irão se tornar itinerante pelo Estado.

Mais informações:

(48) 9602-8513 – Carolina Coral – lolacoral@yahoo.com.br

(48) 3331 8605 com Joi no NEA – joi@nea.ufsc.br

Fonte: NEA/UFSC