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Os próximos representantes no Diretório Central dos Estudantes serão conhecidos nas próximas horas, quando todas as 13 urnas distribuídas nos centros da universidade forem recebidas pela Comissão Eleitoral. Depois de passarem dois anos sem votar – a eleição marcada para os dias 14 e 15 de setembro de 2005 não pôde ser realizada devido à greve estudantil e docente – os graduandos e secundaristas do Colégio de Aplicação puderam escolher entre as propostas das chapas inscritas no processo: Nossos Direitos só a Luta faz Valer (Chapa 1) e MUDE, Movimento UFSC Democrática (Chapa 2).

A campanha eleitoral realizada pelas duas chapas evidenciou algumas diferenças fundamentais. Enquanto a Chapa 1 é facilmente identificada com a Lutar quando a Regra é Vender, última gestão do DCE, a MUDE se esforça para não ser associada pura e simplesmente à oposição. Entretanto, ambas prometem lutar por causas históricas no âmbito interno da universidade. Terceira ala do Restaurante Universitário, incremento de livros na Biblioteca Central e ampliação da Moradia Estudantil são bandeiras há muito presentes no debate universitário.

É evidente porém, que também há diferenças ideológicas e de interpretação das questões estudantis. A Chapa 1, assim como a Lutar Quando a Regra é Vender” fez em sua gestão, luta contra a Reforma Universitária que atualmente tramita no congresso. A MUDE, por sua vez, já denunciou o “pragmatismo” de seus concorrentes, afirmando que a orientação política vigente na última gestão do DCE “é totalmente descolada da realidade do movimento estudantil na Universidade”.

A Comissão Eleitoral, escolhida em assembléia do CEB, mediou debates nos dias 1 e 5 de junho. Quem procurou se inteirar das propostas para o próximo ano de DCE precisou recorrer ao material impresso distribuído por ambas as chapas. O debate foi marcado pela troca de acusações, o que chegou a irritar o público. Apesar do clima tenso, as eleições transcorreram de forma tranqüila. Até a manhã do dia 8 a comissão eleitoral advertiu verbalmente estudantes que praticavam boca de urna nos pontos de votação do CTC e CDS. Dos cerca de 9.500 estudantes habilitados para votar, 1.855 efetivaram a sua escolha no primeiro dia da votação.

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis prestou apoio à Comissão Eleitoral, fornecendo faixas e cartazes para divulgação, material de expediente e alimentação dos mesários. “Para a administração da UFSC é essencial apoiar a eleição, para que o processo de escolha da Diretoria do DCE seja o mais tranqüilo e legítimo possível”, diz a Pró-Reitora Corina Espíndola.

Por Manfred Matos / Bolsista de Jornalismo da Agecom