UFSC participa do seqüenciamento do genoma do mosquito transmissor da malária

Doença causa 1,5 a 2,7 milhões de óbitos por ano
A expectativa é de que os resultados forneçam subsídios importantes para o esclarecimento da malária, permitindo a compreensão de inúmeros fatores ligados à transmissão e auxiliando no desenvolvimento de novas estratégias para o controle no Brasil. A doença atinge 500 milhões de pessoas e causa 1,5 a 2,7 milhões de óbitos por ano, sendo que aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas (34% da população mundial) vivem em áreas onde há risco de transmissão.
A malária é prevalente em mais de 100 países, porém mais de 90% dos casos ocorrem na África Sub-Saariana, composta por 47 países de extrema pobreza, entre eles África do Sul, Angola, Camarões, Cabo Verde, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, Senegal, Somália e Zimbábue. Excluindo os países africanos, 2/3 dos casos concentram-se apenas em seis países: Índia, Brasil, Sri Lanka, Afeganistão, Vietnã e Colômbia. No continente americano, Brasil, Peru e Colômbia contribuem com 70% dos registros da doença.
Outros projetos
Os primeiros projetos desenvolvidos pela Laboratório de Protozoologia na área de Genômica foram o seqüenciamento do genoma da bactéria Chromobacterium violaceum (que apresenta propriedades de interesse médico, econômico e ambiental), e do Mycoplasma sinoviae, que determina doenças em aves. O laboratório integra ainda o Programa de Seqüenciamento Genômico do Estado do Paraná (Genopar), que tem como objetivo o seqüenciamento do genoma da bactéria Herbaspirillum seropedicae, que apresenta a capacidade de fixação de nitrogênio no solo, o que pode levar a uma redução do uso de fertilizantes nitrogenados na agricultura.
A equipe participa também da Rede Sul de Análise de Genomas e Biologia Estrutural – Programa de Investigação de Genomas Sul (PIGS), que visa o seqüenciamento do genoma da Mycoplasma hyopneumoniae, que causa pneumonia em suínos. Além destes, o laboratório integra os projetos genoma EST do camarão Litopenaeus vannamei (ShEST – Shrimp Genome Project); genoma do Organismo multicelular magnetotáctico – OMM; o Projeto Transcriptoma do Trypanosoma vivax e o Projeto Transcriptoma do Trypanosoma rangeli, entre outros estudos no campo da genômica.
Para conhecer melhor o projeto de seqüenciamento do genoma do mosquito causador da malária acesse:
www.darlingi.lncc.brPor Arley Reis/Agecom, com informações da Assessoria de Imprensa do CNPq.
Mais informações na UFSC com o professor Edmundo C. Grisard
Departamento de Microbiologia e Parasitologia (MIP)
Fone: (48) 33319512
E-mail: grisard@ccb.ufsc.br
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