Prepesufsc mostra trabalhos de arte realizados durante o ano
Nesta quinta-feira, às 17 horas, na sede do PREPESUFSC – Programa de Educação Permanente para os Servidores da UFSC, na ala B do RU, serão apresentados trabalhos das disciplinas de arte que foram realizadas durante este ano.
Um dos trabalhos a serem apresentados são as bonecas feitas com cabaças, obra de alunos da oficina de artes visuais do programa. Elas compõem uma exposição relâmpago que deverá acontecer somente nesta quinta-feira.
Jucélia Alves, profissional de arte do DAC – Departamento Artístico Cultural da UFSC e professora da oficina de artes visuais do Prepesufsc diz que o trabalho deste ano foi pensado e desenvolvido a partir dos questionamentos dos alunos sobre a importância do ensino de arte na educação de adultos: “A partir do desafio lançado pelos alunos, priorizamos o ensino de arte com seus conteúdos específicos partindo da identidade cultural dos alunos e dos aspectos da cultura popular, mais especificamente da arte afro-brasileira”, completa.
Nesse curso do Prepesufsc, a professora diz que optaram por construir bonecas de cabaça, que é fruto da planta Lagenaria vulgaris, uma erva trepadeira e rastejante com flores amarelas, encontrada em todo o Brasil, e que é amplamente utilizada para os mais diversos fins, como vasilhames, cuias, instrumentos musicais etc. Ela comenta que vários artistas escolhem a cabaça como matéria prima para um artesanato criativo e original, e diz que a boneca, num sentido simbólico, faz parte de todas as culturas. Enfatiza que nessas bonecas construídas pelos alunos, foram abordados os conteúdos formais da arte (cor, texturas, formas, volume etc.), as experiências estéticas, a contextualização e a fruição, tendo como foco a Arte Afro-Brasileira e elementos da Arte e da Cultura Popular.
Segundo a ministrante, como reflexão para a realização dos trabalhos com as bonecas, também foi levado em conta o que diz a antropóloga brasileira Lúcia Yunes: “Somos um país tão diverso, tão grande, com tantas expressões diferentes, com tantos jeitos de ser, de brincar, de conviver e rezar, que não podemos falar em uma única cultura, mas nas várias culturas que nos formam. São muitas as nações indígenas deste país, como muitos são os povos africanos que aqui chegaram; uns e outros nos influenciaram, tanto quanto a rica diversidade de expressões européias e de outras regiões que nos marcaram. A cultura popular não é outra coisa senão isso tudo bem misturado e refletido nos muitos jeitos de ser do brasileiro”.
Fonte: [CW]DAC, apoio de divulgação